Livro “Território & Desenvolvimento: As múltiplas escalas entre o local e o global”
Por: SonSolimar • 17/4/2018 • 3.578 Palavras (15 Páginas) • 380 Visualizações
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Existe um processo de busca e seleção de pontos do espaço que apropriem mais valor.
A medida que as fronteiras são redesenhadas, alguns autores afirmam que o capital universal acentua particularidades locais. A escala local – regional varia constantemente.
Este capitulo mostra uma visão dual: ou o mundo se estrutura em redes poderosas em grandes empresas, ou em um ambiente fragmentador.
Final do capítulo 1: “Nesse contexto, apresentaremos a seguir um esboço de interpretação alternativa a essas visões hegemônicas que listamos neste primeiro capítulo”.
Capítulo 2 - A desigualdade na distribuição espacial foram analisadas por mainstream, no qual mostra a diferença na colocação de recursos tomando decisoes otimizadores e irregulares, acabando vencendo a "fricção espacial" (ou custos de interação espacial).
Neste capitulo mostra a diferença de igualdade nas localizações, nas escalas, e problemas tambem nas mobilidades com grande distancia entre pessoas e mercados. Tendo em vista um local não construido, mas colocado naturalmente.
A má colocação de recursos, mobilidades dão origem ao problema economico regional, no entando nessa área de conhecimento define “estudo do ponto de vista economico da diferença e interrelação de áreas em um universo com recursos desiagual e distribuidos incorretamente”.
É necessario investigar e observar formas historicas para a execução das leis, para que seja construido, hierarquizando as determizações necessarias. Esse processo homogeneizador deve ser encarado da acomulação capitalista em busca da valorização unificada.
As divisoes do capital, em sua luta pela reprodução tentam criar espaços privilegiados de acumulação, agregando conteudo e dando formas a natureza interna e seu movimento de criação. Se o processo de integração nos dá uma ideia de enquadramento consequentemente ha uma hierarquia, gerando polaridade, fundando uma assimetria, e centralidade.
Por fim, ressaltado que a abordagem territorial crítica sé tem sentido de indagar as causas da perpetuação das estruturas. Somente a partir da colocação das questões territoriais que se desvendariam as causas mais profundas estruturais.
Capítulo 3: heterogeneidades estruturais e a construção da unidade nacional: integração do mercado nacional e a construção social de uma "economia urbana complexa".
3.1: Este capítulo procura mapear as marcas históricas, a força dos processos de formação, integração e consolidação do mercado nacional em suas diversificações estruturais. Traz à tona discuções sobre a formação urbano-regional brasileira para demonstrar a importância do nosso legado histórico no desenvolvimento captalista no Brasil.
Qualquer análise da realidade regional e urbana brasileira deve estar atenta aos fatores de continuidade, inércia, rigidez das desigualdades sociais e econômicas presentes no país, assim como a persistência de desigualdades estruturais presentes entre as diversas classes sociais. São essencial para esse estudo termos como ponto de partida as heranças deixadas através de uma história complexa de ação de forças dispersivas, próprias de um país continental.
O pouco interesse inicial pela ocupação de nosso vasto território, determinaram o estabelecimento de habitantes, certas atividades econômicas e algumas vias de comunicação, exigidas momentâneamente. Dessa forma o país será "cicatrizado" por ter construído instituições de âmbito nacional com enormes descontinuidades e defasagens, estabeleceu posteriormente um mercado de trabalho nacional (primeiro escravista, depois capitalista), deixando sempre para depois a construção da nação.
Apesar dos impecilhos postos pela lógica colonial, a extensividade do amplo território permitiu a multiplicação de atividades produtivas importantes, que estabeleceram núcleos urbanos e rurais.
3.2: A imensidão territorial apresentava muitas descontinuidades geográficas, dificultanto o avanço do progresso material. As formas mercantis mais estruturadas se encontravam separadas pelo território, com pouca conexão entre si. Surgem alguns núcleos urbanos, com simplicidade material e funcional, consolidam-se aos poucos feitorias marítimas e militares.
A atividade econômica, em grande parte do interior brasileiro era a criação de gado. A agropecuária desempenhou papel de grande importância para acumulação de capitais mercantis interiorizados, preservação de grandes latifúndios, na ocupação dos sertões e na fixação de contingentes populacionais.
O movimento dos tropeiros desempenhou papel importante, foi a melhor articulação mercantil entre áreas pouco exploradas.O arranjo espacial das cidades brasileiras seguiram determinações próprias, por outro lado, houve certa insuficiência em relação às interpretações aos modelos de ação planejadora internacional.
3.3: O Brasil era composto de economias confinadas, com estreitos horizontes. Não existia necessidades para suas vinculações, e os meios para determinada articulação eram escassos, dessa forma, uma grande quantidade de desprovidos de bens materiais vai sendo depositada nas cidades. A partir dessas condições, foram estruturando-se diversos subespaços, onde muitos não tinham conexão com a economia do mercado interno, "um sistema autônomo de autoridade e de distribuição de recursos."
O processo histórico de organização regional e urbana no Brasil, ocorreu através de uma grande dispersão de população e de atividades econômicas espalhadas pelo vasto território. Assim, as desigualdades e as diversidades regionais se deram antes mesmo do período de industrialização, possuindo determinações históricas profundas.
Através do complexo cafeeiro capitalista, temos a urbanização do estado de São Paulo, que irá articular o processo de urbanização do país. A profunda articulação de diversas frações do capital garantiu a reprodução e o aprofundamento da divisão social do trabalho.
Houve acumulação de capital formado através do desdobramento do sistema cafeeiro, que irá formar uma potente sobredeterminação sobre as outras economias regionais, mais capacitadas para enfrentar concorrentes em todo território nacional. A ampliação do complexo cafeeiro paulista passa a estruturar um "novo urbano", teremos a ampliação de toda a extensão da refe ferroviária e o anvanço de do suporte de energia.
3.4: As economias regionais periféricas foram
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