Exercicio profissionalizante fisioterapia

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Com tais afirmações, não é forçoso perceber o quão abrangente são as formas de trabalho do fisioterapeuta, que é o profissional da área de saúde, com formação acadêmica superior, habilitado à construção do diagnóstico dos distúrbios cinéticos funcionais (diagnóstico fisioterapêutico), a prescrição de condutas fisioterapêuticas, a sua ordenação e indução no paciente, bem como o acompanhamento do quadro clínico funcional e as condições para a alta do serviço. Como visto, a fisioterapia possui muitas áreas de atuação com a utilização de inúmeras técnicas, caracterizadas pela utilização das mãos do terapeuta, e por diversos recursos fisioterapêuticos, que são constituídos por meios naturais e não invasivos, provenientes ou não de aparelhos elétricos e/ou eletrônicos, podendo ser dividida em vários ramos de trabalho, como, por exemplo, a neurologia, a oncologia, a dermato-funcional, a gerontologia, a pediatria, a cardiorrespiratória, a ortopédica, que é o objeto principal deste trabalho, dentre outros.

Diante deste contexto, buscar-se-á por meio da revisão de literatura, realizar um levantamento bibliográfico, a fim de identificar e analisar escritos científicos, localizados em bancos de dados confiáveis, para delinear como é caracterizada a fisioterapia ortopédica. É importante destacar que a ela constitui um processo de busca, análise e descrição de um corpo do conhecimento objetivando a resposta sobre uma pergunta específica ou a solução de uma questão levantada, mesmo que latu senso, englobando todo tipo de material, como, por exemplo, livros, artigos de periódicos, artigos de jornais, teses e dissertações, dentre outros escritos, podendo ser realizada sob a forma narrativa, sistemática ou integrativa. A escolha da metodologia apontada está relacionada coma maior liberdade na pesquisa, permitindo, inclusive, a subjetividade do autor na seleção e interpretação do material colhido (revisão narrativa), sem perder o rigor metodológico da revisão, além de permitir o levantamento de dados empíricos, a fim de preencher lacunas no material encontrado, que pode ser insuficiente quanto aos dados necessários para a composição deste trabalho (revisão integrativa) (UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO, [2013?], p. 2).

Depois da avaliação do material colhido e revisto, bem como da interpretação de seus dados e resultados, será realizado um relatório parcial da revisão executada, por meio de uma síntese dos saberes encontrados, alcançando-se à finalidade proposta, qual seja, a explanação dos diversos matizes da fisioterapia ortopédica. Para tanto, esta ATPS será apresentada em cinco capítulos. No primeiro capítulo será feita uma abordagem sobre os conceitos e definições mais importantes utilizados na fisioterapia ortopédica. No segundo capítulo, abordar-se-ão as principais patologias tratadas de da área em questão. No terceiro, verificar-se-ão quais são as tecnologias utilizadas nos tratamentos, sejam eles preventivos ou curativos. No quarto, serão analisadas quais as possibilidades de atuação do fisioterapeuta dentro da fisioterapia em ortopedia. No quinto e último capítulo, serão estruturados alguns conhecimentos necessários acerca da educação em saúde, a fim de alcançar o que se propõe neste trabalho.

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CONCEITOS E DEFINIÇÕES IMPORTANTES SOBRE A FISIOTERAPIA EM ORTOPEDIA

Neste capítulo será realizada uma abordagem geral sobre os variados conceitos e definições utilizadas na fisioterapia ortopédica, para, em seguida, dar-se continuidade à temática lançada, abordando as principais patologias nesse ramo de atuação, bem como algumas tecnologias, das mais simples até as mais sofisticadas utilizadas durante os tratamentos, sejam eles preventivos ou curativos.

2.1 Introdução à fisioterapia em ortopedia

Em seu cotidiano, o ser humano realiza inúmeras atividades no local onde mora, durante o trajeto para seu trabalho, em seu ambiente laboral, durante a prática de atividades físicas, quando está descansando e em qualquer outro momento de sua vida, desde o seu nascimento até o seu último dia de existência.

Tais atividades são executadas naturalmente e de forma automática, muitas vezes sem consciência das fases ou etapas necessárias à sua realização, por meio de movimentos que sempre terão um começo, um meio e um fim.

Alguns movimentos são involuntários, realizados a partir de comandos oriundos do Sistema Nervoso Visceral (SNVi), mais especificamente pelo Sistema Nervoso Visceral Eferente (SNViEf), também conhecido como Sistema Nervoso Autônomo (SNA), que se divide em Sistema Nervoso Autônomo Simpático (SNAS) e Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático (SNAPa), sendo que as ações daí decorrentes mantêm as funções vitais básicas à sobrevivência.

Outros movimentos são voluntários, executados a partir de comandos conscientes do ser humano, provenientes do Sistema Nervoso Somático (SNSo), com ações que também auxiliam a sobrevivência, mas por ordens diretas do indivíduo que a executa.

Como visto alhures, tanto o SNSo quanto o SNVi possuem funções próprias, específicas e independentes, mas harmônicas entre si, integradas de forma que uma complementa a outra, ou seja, apesar de separadas são interdependentes, e injúrias ocorridas em um sistema influenciam direta ou indiretamente outro sistema, mesmo que estejam localizados em locais distantes um do outro.

A fisioterapia ortopédica pode ser definida sob variadas formas, mas existe um ponto convergente entre todas elas, que é o fato da terapêutica utilizada de forma geral estar, direta ou indiretamente, relacionada com o movimento, ou como denominado pelo COFFITO, relacionada à cinesia, que de acordo com o léxico médico “É a aptidão ou habilidade para executar movimentos de origem física” e com o léxico comum “É a terapia da movimentação e/ou do movimento”.

Novamente utilizando-se do poder esclarecedor do léxico comum, o movimento “É a ação de deslocar ou deslocar-se”, ou seja, é levar algo ou a si mesmo de um ponto a outro, que em se tratando da biomecânica é deslocar um segmento corporal de um ponto inicial até um ponto final, por meio de um trajeto localizado no espaço.

Quanto a isso, devem ser levados em consideração os planos e eixos, exaustivamente estudados em anatomia humana, quais sejam:

a. Planos: sagital, frontal e transversal;