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Laboratório de Análises Clínicas: Implantação e Gestão

Por:   •  14/3/2018  •  7.840 Palavras (32 Páginas)  •  328 Visualizações

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Entre as ferramentas utilizadas, o planejamento estratégico parece ser bem aplicável a este ramo de negócio, extremamente sensível às mínimas flutuações mercadológicas, sujeito a limitações nas margens de lucro, impostas pelos compradores de serviços, bem como a concorrência.

Conforme Oliveira (2001, p.46), “o planejamento estratégico é conceituado como um processo gerencial que possibilita ao executivo estabelecer o rumo a ser seguido pela empresa, com vistas a obter um nível de otimização na relação da empresa com o seu ambiente”.

As medidas financeiras são inadequadas para ordenar e avaliar a trajetória organizacional em ambientes competitivos. Elas apenas contam parte, mas não todas, da história das ações passadas e não fornecem orientações adequadas para as ações que devem ser realizadas hoje e amanhã para criar valores financeiros futuros (KAPLAN & NORTON, 1997, p. 24).

Quando o enfoque de uma organização é orientado essencialmente para as variáveis financeiras, há o perigo de que os sistemas de medição do desempenho motivem os gerentes a concentrar esforços quase exclusivamente no lucro em curto prazo e na redução de custos, ignorando muitas vezes fatores críticos que determinam o sucesso em longo prazo dos negócios (CAMPOS, 1998, p.21).

Esta condição levou Kaplan & Norton (1997, p. VII) a comentar a razão pela qual montaram um grupo de estudo para analisar formas de medir o desempenho empresarial. “O estudo foi motivado pela crença de que os métodos existentes para a avaliação de desempenho empresarial, em geral apoiados nos indicadores contábeis e financeiros, estavam se tornando obsoletos. Os participantes do estudo acreditavam que depender de medidas de desempenho consolidadas, baseadas em dados financeiros, estavam prejudicando a capacidade das empresas de criar valor econômico para o futuro”.

Na trajetória administrativa dos laboratórios clínicos este quadro não é diferente. Esta empresa, normalmente gerida por profissionais técnicos, prescinde de qualquer forma de avaliação-medição do seu negócio de forma integral. Conforme Campos (1998, p. 27), “as empresas que pretendem perpetuar-se e competir com sucesso no mercado do futuro, precisam explorar continuamente novas formas de fazer negócio e oportunidades de crescer”. Neste sentido, os laboratórios clínicos necessitam desatrelar a qualidade intrínseca de seu objetivo principal, pois estas organizações de prestação de serviços, assim como todas as outras deste setor, têm a qualidade como premissa. Na ótica de Kaplan & Norton (1997, p. 21), “se quiserem sobreviver e prosperar na era da informação, as empresas devem utilizar sistemas de gestão e medição de desempenho derivados de suas estratégias e capacidades”. Continuando este raciocínio, parece natural que o diferencial que os laboratórios clínicos poderão apresentar, basear-se-ão na forma que serão gerenciados, na era da informação, os processos ligados à qualidade, principalmente as ações administrativas que nortearão a empresa para o futuro. Então é necessária alguma forma de planejamento, conforme enfatizado por Oliveira (2001, p.46):

“o planejamento estratégico é, normalmente, de responsabilidade dos níveis mais altos da empresa, e diz respeito tanto à formulação de objetivos quanto à seleção de cursos de ação a serem seguidos para a sua consecução, levando em conta as condições externas e internas à empresa e sua evolução esperada”.

Torna-se urgente que os laboratórios clínicos despertem para uma condução organizada, planejada e constantemente avaliada, das suas empresas para que o fruto do trabalho não se transforme, apenas, no binômio contas a pagar e contas a receber, e que o foco da organização não seja apenas a qualidade intrínseca. O controle de qualidade, tanto interno como externo, monitora apenas resultados de procedimentos técnicos. Contudo, há necessidade do dirigente do laboratório ter controle de todas as dimensões do serviço prestado, que inexoravelmente afetarão a qualidade intrínseca do seu produto, independente do nível tecnológico que disponha. Assim, Chiavenato (2000, p. 16), define controle como:

“o acompanhamento, monitoração e avaliação do desempenho organizacional para verificar se as coisas estão acontecendo de acordo com o que foi planejado, organizado e dirigido e a função administrativa relacionada com a monitoração das atividades a fim de manter a organização no caminho adequado para o alcance dos objetivos e permitir as correções necessárias para atenuar os desvios”.

Assim, por tudo explicado anteriormente, parece importante introduzir uma mentalidade mais abrangente e dinâmica para os laboratórios clínicos, uma vez que suas ações administrativas não acompanharam a evolução que as empresas necessitam para manter-se no mercado turbulento e altamente competitivo.

5 METODOLOGIA

A revisão bibliográfica é um dos assuntos que integram o trabalho. Será composto inicialmente pela gestão em serviços, seguido da gestão de laboratórios de análises clínicas, indicadores de desempenho e planejamento estratégico.

Segundo Loureiro e Campos (1999, p.57), referências bibliográficas.

“são essenciais nos trabalhos científicos, pois apresentam a documentação consultada para a sua realização. Essa documentação assume formas extremamente variadas, desde livros, revistas, documentos legislativos e material cartográfico até fontes audiovisuais, eletrônicas e informação verbal, sendo suas referências regulamentadas na sua maioria pela 6023 da ABNT”.

Conforme Solomon (1978, p. 136), “o trabalho científico consiste na investigação e no tratamento por escrito de questões abordadas metodologicamente”.

Para Thiollent (1994, p. 26), “a metodologia da pesquisa desempenha um papel de bússola na atividade dos pesquisadores, esclarecendo cada uma de suas decisões por meio de alguns princípios de cientificidade”.

Sob o ponto de vista dos procedimentos, GIL (1991) indica que a pesquisa pode ser classificada em vários tipos: “a pesquisa-ação fica caracterizada quando o trabalho é concebido e realizado em estreita relação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo, os pesquisadores e participantes representativos da situação ou do problema estão envolvidos de modo cooperativo ou participativo”.

Este trabalho irá seguir os preceitos da pesquisa-ação, pois propõem uma atividade, que envolve o planejamento, implantação e discussão de um método de

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