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EPES: VIVENCIANDO O PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO NO CURSO DE QUALIDADE E SEGURANÇA NO CUIDADO AO PACIENTE.

Por:   •  12/11/2018  •  7.234 Palavras (29 Páginas)  •  385 Visualizações

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conhecimento, mas compartilhando o mesmo com o auxilio de uma pessoa que assume o papel de facilitar esse processo.

Ainda segundo Mitre et al (2008), a formação dos profissionais de saúde historicamente se baseou em métodos tradicionais, transformando os alunos em meros expectadores sem nenhuma critica reflexiva. Para tanto no uso das metodologias ativas o aluno recebe autonomia na construção do seu novo conhecimento, partindo do principio que já existe uma teorização previa.

O facilitador, portanto, é a pessoa que regula o ritmo do grupo, oferecendo uma variedade de possibilidades para resolução dos problemas; mantém a equipe focada, assegurando a participação de todos de forma construtiva. Trata-se de um especialista que não tem por foco principal fornecer as respostas aos problemas, mas gerenciar a dinâmica do grupo, assumindo diversos papéis conforme a necessidade. Ainda, adapta as novas tecnologias de trabalho em equipe, buscando facilitar à aprendizagem, assim como, a produção compartilhada de ideias e soluções.

Durante a minha vida acadêmica e profissional sempre estive em contato com o método tradicional de ensino-aprendizagem, onde estava como aluno receptivo a novas informações de um professor que dispunha de todo conhecimento, ou era professor com a carga de ser o possuidor deste conhecimento.

No inicio deste curso pude perceber como a metodologia que me parecia tão clara, é na verdade nebulosa e autoritarista, fazendo que me desloca-se de minha zona de conforto buscando entender as metodologias ativas e em muitos momentos retornando a meu ponto inicial. Ao finalizar a especialização em processos de ensino na saúde pude perceber que o método sempre utilizado por mim tornara-se turbulento e que é necessidade estabelecer um alicerce nas metodologias ativas e que a utilização dos métodos tradicionais passa a ser desconfortável.

Posto isso, este trabalho relata os principais momentos vivenciados durante o curso, os quais foram estimuladores e formuladores de conhecimento nos diversos movimentos realizados durante os encontros da EPES e principalmente na facilitação do curso de Qualidade e Segurança no Cuidado ao Paciente.

2 ENCONTRO I - Abertura e Acolhimento

No dia 25 de novembro de 2015, realizamos a aula inaugural dos cursos de QSCP, Regulação e Gestão da Clinica, sendo o evento realizado na Faculdade Campo Real. Os cursos iniciaram com a presença de 120 facilitandos que estavam em busca do aprimoramento de seus conhecimentos no campo da assistência ou controle dos serviços de saúde da região,

Saupe, Cutolo e Sandri (2007), acreditam que diante da complexidade da atenção à saúde da população, há a necessidade cada vez maior de competência técnica e científica do profissional de saúde.

Diante disso, a educação em saúde é um processo que busca proporcionar ao profissional a aquisição de conhecimentos para que se alcance uma assistência de qualidade, buscando a integralidade do cliente (SOUZA et al., 2010).

No segundo dia do primeiro encontro foram realizadas dinâmicas para que pudéssemos interagir e dessa forma conhecer um pouquinho mais de cada especializando, e proporcionar que os mesmos pudessem interagir , inicialmente pelas suas diferenças, formando assim os Grupos Diversidade (GD).

De acordo com Damiani (2008), o desenvolvimento de atividades em grupo cria um ambiente rico em aprendizagens acadêmicas e sociais. Além disso, o trabalho em grupo possibilita o resgate de valores com o compartilhamento e a solidariedade.

Após a formação dos grupos os mesmos fora m orientados para atribuírem um nome que os identificaria, isso possibilitou uma fixação da identidade que estava sento formada pelo grupo. Os mesmos se intitularam: ATITUDE, EF7, TÃO TÃO DISTANTE e TOTALMENTE DE MAIS.

Ao findar o encontro os especializandos puderam expressar através de targetas os sentimentos com relação ao curso.

2.1 Síntese reflexiva de Aprendizagem

Este primeiro encontro foi um misto de grandes emoções, a expectativa de conhecer os especializandos, a necessidade de que tudo estivesse certo, tudo funcionando, a emoção de ser apresentado como facilitador junto com os demais colegas, e a responsabilidade que se seguiria nos demais encontros.

A formação dos grupos foi um momento marcante, ficando clara a necessidade que os especializandos possuíam de receber ordens e a expectativa de um curso utilizando os métodos tradicionais.

Controlar minha ansiedade foi o ponto mais difícil para mim, a presença do gestor de aprendizado me deixava tranquilo, mas o fato de imaginar que os próximos encontros seriam por nossa responsabilidade me deixava inquieto.

3 ENCONTRO II - Conhecendo o curso e seu método

Iniciamos com situação problema que se intitulava “Somente eu”- Alicia em suas atividades com metodologia ativa,mostrava-se preocupada com a sensação de insegurança causada pela metodologia utilizada nas aulas,isso levou os alunos a discussão sobre o novo método que seria utilizado.

Mitre et al. (2008), acreditam que o uso da metodologia conservadora ou (tradicional) sofre forte influencia da fragmentação, onde o corpo é separado da mente, a razão do sentimento e a ciência da ética. Já na metodologia ativa o que a conduz é a autonomia, onde o ensinar exige respeito à autonomia e à dignidade de cada sujeito, especialmente no âmago de uma abordagem progressiva, alicerce para uma educação que leva em consideração o indivíduo como um ser que constrói a sua própria história.

Entre as principais características, os métodos inovadores de ensino-aprendizagem mostram claramente o movimento de migração do “ensinar” para o “aprender”, o desvio do foco do docente para o aluno, que assume a corresponsabilidade pelo seu aprendizado, a valorização do aprender a aprender e o desenvolvimento da autonomia individual e das habilidades de comunicação (SILVA e SCAPIN, 2011).

Como segundo movimento do encontro foi realizado a OT Fazer e receber criticas.

Fazer e receber críticas são um dos mais significativos métodos para o acompanhamento do crescimento pessoal. Por ser uma ferramenta poderosa, aquelas que recebem críticas podem em determinadas situações sentirem-se injustiçados e até

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