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DETERMINAÇÃO DE CLORETO EM SORO FISIOLÓGICO

Por:   •  27/4/2018  •  1.541 Palavras (7 Páginas)  •  1.274 Visualizações

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Em uma bureta de 50 ml adicionou-se 50 ml de solução padrão de AgNO3 0,085M, após certificar-se de que ela estivesse limpa, sem vazamento e ambientada. Observou-se que a parte inferior da bureta estava completamente cheia e sem bolha.

Com a bureta “zerada” e em presa ao suporte, titulou-se a amostra com agitação circular, observando a formação de um precipitado branco; nas proximidades do ponto final (cerca de ¾ do volume total esperado), algumas manchas de cor marrom começam a aparecer, e sumir com a agitação, sendo, cada uma mais persistente que a anterior. Reduziu-se, então, a frequência, passando a titular gota-a-gota, até que uma gota torne a cor marrom definitiva (persistente por mais de 30 segundos). Este foi o ponto final. Repetiu-se novamente a titulação, o foi feita uma titulação em branco para descontar as outras.

`Por fim, recolheu-se o conteúdo do erlenmeyer em recipiente próprio (RESÍDUOS DE PRATA) e observou-se os resultados finais (como o volume gasto na titulação).

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RESULTADO E DISCUSSÃO

O método de padronização pelo método de Mohr se aplica à determinação de cloreto (ou brometo) utilizando cromato de potássio como indicador. O cloreto é titulado com solução padrão de nitrato de prata. Um sal solúvel de cromato é adicionado como indicador. No ponto final da titulação, os íons cromato reagem com os íons prata para formar cromato de prata pouco solúvel, de cor vermelha, de acordo com a reação:

2Ag+(aq) + CrO42-(aq) → Ag2CrO4(s)

A concentração do indicador é importante e o Ag2CrO4 deve justamente começar a precipitar no ponto de equivalência, quando se tem uma solução saturada de AgCl. A titulação de Mohr deve ser efetuada em pH ao redor de 8,0. Se a solução for muito ácida (pH 4- e mais Ag+ será necessário para formar o precipitado. Acima de pH 8,0 pode precipitar hidróxido de prata (pH 10,0). O pH pode ser convenientemente mantido pela adição de carbonato de cálcio sólido à solução.

Primeiramente, foi necessário encontrar a molaridade da solução de cloreto de sódio presente no frasco, através do cálculo da sua concentração em 1L (1000ml). E posteriormente, comparar com a molaridade contida na solução após a titulação.

0,9g → 100 ml

C → 1000 ml

C = 9g/L

C = M x μ

9 = 58,5 x μ

μ= 0,154 mol/L

Como o cloreto de sódio (NaCl) é monoprótico, subentende-se que a molaridade do íon Cl- é igual a 0,15 mol/L.

NaCl → Na+ + Cl-

0,154M 0,154M 0,154M

Foi retirada uma amostra da solução preparada, sendo seu volume determinado da maneira mais precisa possível. Em seguida, essa amostra foi titulada, utilizando-se uma solução padronizada de nitrato de prata (AgNO3) 0,10 mol/L. Nessa titulação, ocorre a seguinte reação:

NaCl(aq) + AgNO3(aq) → AgCl(s) + NaNO3(aq)

Pela equação percebemos que ocorre a precipitação do cloreto de prata [AgCl(s)] devido a prata ter reagido totalmente com os íons cloreto. A primeira gota de nitrato de prata obtida após a precipitação total do cloreto presente na amostra do soro reage com um indicador apropriado, produzindo uma solução de cor vermelho tijolo. O volume gasto de AgNO3 foi de 10,4ml.

Reação de titulação:

AgNO3(aq) + NaCl(aq) NaNO3(aq) + AgCl(s) (precipitado branco)[pic 3]

Reação do indicador:

2Ag+ + CrO42- Ag2CrO4(s) (precipitado vermelho tijolo)[pic 4]

Logo em seguida, preparou-se uma titulação em branco com uma solução de água destilada, indicador (cromato de potássio) e um pó branco (carbonato de cálcio) para ser titulada com o mesmo titulante de AgNO3. O objetivo do procedimento é descontar o volume gasto para reagir AgNO3 com o indicador, assim subtrai-se o volume da primeira titulação (18,5ml) pelo volume gasto da titulação em branco (0,4ml).

Vfinal = 10,4 – 0,4

vfinal = 10,0 mL= 0,0100 L

Para descobrir a molaridade da titulação foi feito o seguinte cálculo:

Ne nacl = Ne AgNO3

N x V = N, x V,

N x 0,005 = 0,062 x 0,0100

N = 0,124

O cloreto de sódio é monoprótico, logo:

N=μ= 0,124 mol/L

NaCl → Na+ + Cl-

0,124M 0,124M 0,124M

O teor de NaCl encontrado no experimento tem que ser abaixo do especificado no soro fisiológico, já que não houve acréscimo de nenhum sal. Como representado abaixo:

1 mol NaCl 58,45g[pic 5]

0, 124 mol X[pic 6]

X = 7,2478 g de NaCl

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CONCLUSÃO

Conclui-se que, utilizando-se o método de Mohr neste experimento, é conveniente afirmar que o objetivo de determinar a porcentagem de NaCl no soro fisiológico foi atingido, sendo encontrado 7,248 g de NaCl por litro de solução, observando um resultado um pouco abaixo do esperado, ou seja, abaixo do padrão determinado pelos fabricantes de soro fisiológico (9g de NaCl por litro de solução).

QUESTIONÁRIO

- Os valores de Kps do cloreto de prata e do cromato de prata são 1,56x10-10 e 1,2x10-12, respectivamente. Então, por que o cromato de prata não se precipita antes do cloreto de prata, inviabilizando este procedimento?

A solubilidade molar do Ag2CrO4 (Kps = 1,1 x 10-12) é cerca de 5 vezes maior do que a do AgCl (Kps = 1,75 x 10-10), consequentemente o AgCl precipita primeiro. Imediatamente após o ponto

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