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Cromatografia em camada delgada

Por:   •  19/12/2017  •  3.003 Palavras (13 Páginas)  •  520 Visualizações

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parâmetro muito usado na CCD é o fator de retenção de um composto (Rf). Este é função do tipo de suporte empregado, do eluente, da espessura da camada do suporte e da quantidade relativa do material aplicado na placa cromatográfica. É definido como a razão entre a distância percorrida pela mancha do componente e a distância percorrida pelo eluente. Portanto:

Rf = dc / de

Onde,

dc = distância percorrida pelo componente da mistura;

de = distância percorrida pelo eluente.

Quando as condições forem completamente específicas, o valor de Rf é constante para qualquer composto dado e correspondente a uma propriedade física. No entanto, este valor deve apenas ser tomado como guia, já que existem vários compostos com o mesmo Rf. [2]

Imagem 1 – Etapas da cromatografia de camada delgada [3]

3. MATERIAIS E REAGENTES

Cromatoplacas;

Equipamento para a preparação de placas de CCD (carrinho);

Estufa (100 ºC);

Capilar de vidro (médio diâmetro);

Sílica em gel;

Hexano (30 mL)

Solução de hexano e acetato 10%;

Cubas de eluição (copo de vidro c/ uma tampa);

Lâmpada de luz UV/visível;

Cristais de Iodo.

4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

4.1. Preparação Mecânica de Cromatoplacas (0,5 mm de espessura)

Antes de iniciar a prática, as placas de vidro foram lavadas com detergente e bastante água corrente, e colocadas em um suporte na posição vertical, deixando a água escorrer e as colocadas na estufa para secar;

Após secagem, as placas de vidro foram distribuídas uniformemente no aparelho e a superfície das mesmas foi limpa com um algodão embebido em hexano;

Em um erlenmeyer de 125 mL contendo 7,5 g de sílica gel 60 PF254 contendo gesso foi adicione 21 mL de água destilada. Com auxílio de um bastão de vidro obtivemos uma suspensão homogênea;

A suspensão foi colocada no espalhador mecânico (posicionado na primeira placa do lado direito), tomando-se o cuidado de verificar se a espessura desejada está correta (0,5 mm para baixo e do lado externo do carrinho);

O espalhador mecânico contendo a suspensão foi deslizado suavemente e com velocidade constante sobre as placas de vidro;

As cromatoplacas foram deixadas para secar a temperatura ambiente e depois as coloque para ativar em estufa a 100 ºC durante 1 hora.

4.2. Preparação das amostras, aplicação e desenvolvimento das cromatoplacas

Foi dissolvido individualmente alguns miligramas de quatro amostras desconhecidas em solvente apropriado e volátei. Neste experimento foi utilizado metanol.

A cuba de eluição com o eluente adequado foi preparada. Neste experimento foi utilizado uma cuba contendo uma solução de hexano e acetato de etila a 10%.

Com a ajuda de um capilar de vidro de médio diâmetro, foi aplicado as soluções de cada amostra, a 1 cm da base da placa, de modo a aplicar as amostras em uma mesma placa lado a lado ( 1 cm);

As cromatoplacas foram colocadas nas cubas de eluição. Lembrando que o nível de eluente deverá estar abaixo do nível da mancha na placa.

A eluição atingiu até 1,5 cm do topo da mesma e a distância percorrida pelo eluente foi marcada na placa. Após a eluição, o solvente foi deixado evapora.

As placa foram reveladas com luz UV/visível e por revelação com vapores de iodo.

5. RESULTADO E DISCUSSÕES

5.1. Preparação Mecânica de Cromatoplacas

A preparação mecânica das cromatoplacas ocorreu como esperado. Na preparação utilizou-se sílica gel 60 PF254. A sílica ( SiO2) é empregada na separação de compostos lipofílicos como aldeídos, cetonas, fenóis, ácidos graxos, aminoácidos, alcalóides, terpenóides e esteróides, usando o mecanismo de adsorção.

Após uma semana da preparação das cromatoplacas, as mesmas foram utilizadas para CCD de quatros amostras distintas e desconhecidas.

Inicialmente as amostras foram diluídas em clorofórmio (figura 1). A dissolução ocorre em um solvente volátil para a aplicação na placa, pois tais solventes podem ser facilmente eliminados após a aplicação, a evaporação do solvente ajuda a manter as manchas formadas menores, e quanto menores as manchas melhor poderá ser a separação. É importante ressaltar que a solução não deve ser muito diluída, pois exige um grande volume de amostra, aumentando assim as manchas na placa.

Figura 1: Fonte Autor, 2016

Em seguida o sistema de eluição das cromatoplacas foi preparado em cuba de eluição. Um solução de 30 mL de hexano e acetato de etila 10% e não eluiu e não separou as amostras como esperado, foi necessário aumentar a polaridade do sistema. Para isso foi utilizado um novo sistema de eluição: hexano e acetato de etila 20%

Esse sistema de eluição é chamado de fase móvel, e é um solvente ou uma mistura de solventes que é usado para eluir uma mistura e promover a separação dos seus componentes. A eluição é a separação dos componentes de uma mistura causada por um fluxo de eluente. A escolha do solvente depende dos materiais a serem separados. Um solvente que faz com que todo o material aplicado se mova totalmente com a frente do solvente é muito polar, já um que não movimenta o material através da placa não é suficientemente polar. Às vezes, um único solvente é capaz de separar todos os componentes da mistura, porém melhores resultados são obtidos com misturas de solventes, pois obtém-se uma polaridade média em relação à polaridade dos componentes da mistura.

O nível do solvente colocado na cuba deverá ficar abaixo dos pontos de aplicação das amostras. Durante a ascensão do solvente o sistema fica fechado para que a atmosfera esteja saturada pelo vapor do solvente, isso é importante, pois se aberto o sistema o

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