Cromatografia em camada delgada
Por: Salezio.Francisco • 19/12/2017 • 3.003 Palavras (13 Páginas) • 534 Visualizações
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parâmetro muito usado na CCD é o fator de retenção de um composto (Rf). Este é função do tipo de suporte empregado, do eluente, da espessura da camada do suporte e da quantidade relativa do material aplicado na placa cromatográfica. É definido como a razão entre a distância percorrida pela mancha do componente e a distância percorrida pelo eluente. Portanto:
Rf = dc / de
Onde,
dc = distância percorrida pelo componente da mistura;
de = distância percorrida pelo eluente.
Quando as condições forem completamente específicas, o valor de Rf é constante para qualquer composto dado e correspondente a uma propriedade física. No entanto, este valor deve apenas ser tomado como guia, já que existem vários compostos com o mesmo Rf. [2]
Imagem 1 – Etapas da cromatografia de camada delgada [3]
3. MATERIAIS E REAGENTES
Cromatoplacas;
Equipamento para a preparação de placas de CCD (carrinho);
Estufa (100 ºC);
Capilar de vidro (médio diâmetro);
Sílica em gel;
Hexano (30 mL)
Solução de hexano e acetato 10%;
Cubas de eluição (copo de vidro c/ uma tampa);
Lâmpada de luz UV/visível;
Cristais de Iodo.
4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
4.1. Preparação Mecânica de Cromatoplacas (0,5 mm de espessura)
Antes de iniciar a prática, as placas de vidro foram lavadas com detergente e bastante água corrente, e colocadas em um suporte na posição vertical, deixando a água escorrer e as colocadas na estufa para secar;
Após secagem, as placas de vidro foram distribuídas uniformemente no aparelho e a superfície das mesmas foi limpa com um algodão embebido em hexano;
Em um erlenmeyer de 125 mL contendo 7,5 g de sílica gel 60 PF254 contendo gesso foi adicione 21 mL de água destilada. Com auxílio de um bastão de vidro obtivemos uma suspensão homogênea;
A suspensão foi colocada no espalhador mecânico (posicionado na primeira placa do lado direito), tomando-se o cuidado de verificar se a espessura desejada está correta (0,5 mm para baixo e do lado externo do carrinho);
O espalhador mecânico contendo a suspensão foi deslizado suavemente e com velocidade constante sobre as placas de vidro;
As cromatoplacas foram deixadas para secar a temperatura ambiente e depois as coloque para ativar em estufa a 100 ºC durante 1 hora.
4.2. Preparação das amostras, aplicação e desenvolvimento das cromatoplacas
Foi dissolvido individualmente alguns miligramas de quatro amostras desconhecidas em solvente apropriado e volátei. Neste experimento foi utilizado metanol.
A cuba de eluição com o eluente adequado foi preparada. Neste experimento foi utilizado uma cuba contendo uma solução de hexano e acetato de etila a 10%.
Com a ajuda de um capilar de vidro de médio diâmetro, foi aplicado as soluções de cada amostra, a 1 cm da base da placa, de modo a aplicar as amostras em uma mesma placa lado a lado ( 1 cm);
As cromatoplacas foram colocadas nas cubas de eluição. Lembrando que o nível de eluente deverá estar abaixo do nível da mancha na placa.
A eluição atingiu até 1,5 cm do topo da mesma e a distância percorrida pelo eluente foi marcada na placa. Após a eluição, o solvente foi deixado evapora.
As placa foram reveladas com luz UV/visível e por revelação com vapores de iodo.
5. RESULTADO E DISCUSSÕES
5.1. Preparação Mecânica de Cromatoplacas
A preparação mecânica das cromatoplacas ocorreu como esperado. Na preparação utilizou-se sílica gel 60 PF254. A sílica ( SiO2) é empregada na separação de compostos lipofílicos como aldeídos, cetonas, fenóis, ácidos graxos, aminoácidos, alcalóides, terpenóides e esteróides, usando o mecanismo de adsorção.
Após uma semana da preparação das cromatoplacas, as mesmas foram utilizadas para CCD de quatros amostras distintas e desconhecidas.
Inicialmente as amostras foram diluídas em clorofórmio (figura 1). A dissolução ocorre em um solvente volátil para a aplicação na placa, pois tais solventes podem ser facilmente eliminados após a aplicação, a evaporação do solvente ajuda a manter as manchas formadas menores, e quanto menores as manchas melhor poderá ser a separação. É importante ressaltar que a solução não deve ser muito diluída, pois exige um grande volume de amostra, aumentando assim as manchas na placa.
Figura 1: Fonte Autor, 2016
Em seguida o sistema de eluição das cromatoplacas foi preparado em cuba de eluição. Um solução de 30 mL de hexano e acetato de etila 10% e não eluiu e não separou as amostras como esperado, foi necessário aumentar a polaridade do sistema. Para isso foi utilizado um novo sistema de eluição: hexano e acetato de etila 20%
Esse sistema de eluição é chamado de fase móvel, e é um solvente ou uma mistura de solventes que é usado para eluir uma mistura e promover a separação dos seus componentes. A eluição é a separação dos componentes de uma mistura causada por um fluxo de eluente. A escolha do solvente depende dos materiais a serem separados. Um solvente que faz com que todo o material aplicado se mova totalmente com a frente do solvente é muito polar, já um que não movimenta o material através da placa não é suficientemente polar. Às vezes, um único solvente é capaz de separar todos os componentes da mistura, porém melhores resultados são obtidos com misturas de solventes, pois obtém-se uma polaridade média em relação à polaridade dos componentes da mistura.
O nível do solvente colocado na cuba deverá ficar abaixo dos pontos de aplicação das amostras. Durante a ascensão do solvente o sistema fica fechado para que a atmosfera esteja saturada pelo vapor do solvente, isso é importante, pois se aberto o sistema o
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