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CESIO 137 APS

Por:   •  23/4/2018  •  4.896 Palavras (20 Páginas)  •  387 Visualizações

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A biossegurança surgiu devido a uma preocupação dos especialistas com os possíveis riscos de transmissões de doenças infecciosas, contaminação laboratorial, roubos ou alterações de pesquisas biológicas e outros fatores dentro do âmbito biológico.

A biossegurança se preocupa em combater qualquer forma de ameaça que pode prejudicar um sistema biológico e dentro desse ramo estão inseridos cientistas, pesquisadores, agentes de segurança biológica, ambos treinados e especializados no assunto.

A biossegurança trabalha mantendo seguros os desenvolvimentos dos estudos e

das pesquisas biológicas, atuando principalmente contra todo procedimento hostil que visa danificar esses desenvolvimentos.

- Manipulação de Agentes Biológicos

Foi a partir dos anos 80, que o número de guias e regulações que afetam a segurança para trabalho em laboratórios clínicos, de pesquisa e industriais, nos quais os agentes infecciosos são manipulados, aumentou gradativamente. Estes guias e regulações envolvem tudo que se relaciona a operação do laboratório, como podemos citar: licença para trabalhar com diversos agentes infectantes, descarte de lixo contaminado e também prevenção contra exposição dos manipuladores aos

patógenos. A prevenção contra infecções em laboratórios e unidades de saúde se faz necessária, para garantir que os riscos ocupacionais e as consequências de uma infecção, sejam compreendidos por todos os envolvidos.

Para reduzir os riscos relacionados à manipulação de agentes microbiológicos, é importante saber as suas características peculiares, as quais se destacam o grau de patogenicidade, o poder de invasão, a resistência a processos de esterilização, a virulência e a capacidade mutagênica.

O Ministério da Saúde, através da Comissão de Biossegurança em Saúde (CBS), classificou os agentes biológicos que afetam o homem, os animais e as plantas. Os critérios desta classificação têm como base diversos aspectos, dos quais podemos destacar: virulência, modo de transmissão, estabilidade do agente, concentração e volume, origem do material potencialmente infeccioso, disponibilidade de medidas profiláticas eficazes, disponibilidade de tratamento eficaz, dose infectante, tipo de ensaio e fatores referentes ao trabalhador. Os agentes biológicos foram classificados de 1 a 4, incluindo a classe de risco especial.

- Classe de Risco 1

Agentes biológicos que oferecem baixo risco individual e para a coletividade, não patogênico para pessoas ou animais adultos sadios. Exemplos: Lactobacillus sp., Bacillus.

- Classe de Risco 2

Agentes biológicos que oferecem moderado risco individual e limitado risco para a comunidade, que provocam infecções no homem ou nos animais, cujo potencial de propagação na comunidade e de disseminação no meio ambiente seja limitado, e para os quais existem medidas terapêuticas e profiláticas eficazes. Alguns exemplos: Actinomadura madurae, Bartonella bacilliformis, henselae, quintana.

- Classe de Risco 3

Agentes biológicos que oferecem alto risco individual e moderado risco para a comunidade, que possuem capacidade de transmissão por via respiratória e que causam patologias humanas ou animais, potencialmente letais, para as quais existem usualmente medidas de tratamento ou prevenção. Só representam risco se disseminados na comunidade e no meio ambiente, podendo se propagar de pessoa a pessoa. Alguns exemplos: Bacillus anthracis, Brucella sp, Chlamydia psittaci (cepasaviárias).

- Classe de Risco 4

Agentes biológicos que oferecem alto risco individual e para a comunidade, com grande poder de transmissibilidade por via respiratória ou de transmissão desconhecida. Nem sempre há tratamento eficaz disponível ou medidas de prevenção contra estes agentes. Causam doenças humanas e animais de alta gravidade, com alta capacidade de disseminação na comunidade e no meio ambiente. Esta classe inclui principalmente os vírus. Exemplo: Cowdria ruminatium.

- Classe de Risco Especial

Agentes biológicos que oferecem alto risco de causar doença animal grave e de disseminação no meio ambiente de doença animal não existente no país, embora não sejam obrigatoriamente patógenos de importância para o homem, podem gerar graves perdas econômicas ou na produção de alimentos. Alguns exemplos: Vírus da cólera suína, Vírus da doença de Borna, Vírus da influenza A aviaria (amostras de epizootias).

- Medidas de contenção e níveis de biossegurança dos laboratórios

Todo laboratório deve fornecer barreiras de contenção e um programa de segurança que visem a proteção dos profissionais de laboratório e outros que atuem na área, a proteção do meio ambiente, a eficiência das operações laboratoriais e garantia do controle de qualidade do trabalho executado. As barreiras primarias (equipamentos de segurança e equipamentos de proteção individual e coletiva) e as barreiras secundarias (facilidades de salvaguardas) são agora consideradas como elementos vitais de medidas de contenção. Os EPIs (equipamentos de proteção individual) são para minimizar a exposição aos riscos ocupacionais e prevenir possíveis acidentes em laboratório. Os EPCs (equipamentos de proteção coletiva) tem finalidade de

minimizar a exposição dos trabalhadores aos riscos e, em caso de acidentes, reduzir as suas consequências. As barreiras secundarias dizem a respeito da construção do laboratório, localização e instalações físicas. As instalações físicas são importantes para proporcionar uma barreira de proteção para as pessoas dentro e principalmente fora do laboratório, bem como para o meio ambiente.

Os laboratórios são divididos respeitando o nível de biossegurança (NB) em que se enquadram, denominados NB-1, NB-2, NB-3 e NB-4. Estes níveis estão relacionados aos requisitos crescentes de segurança para o manuseio dos agentes biológicos, terminando no maior grau de contenção e de complexidade do nível de proteção. O NB exigido para um ensaio será determinado pelo agente biológico de maior classe de risco envolvido no ensaio. As classificações são as seguintes:

- Nível de Biossegurança 1 (NB-1): Necessário ao trabalho que envolva agentes biológicos da classe de risco 1. Representa um nível básico de contenção, que se fundamenta

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