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OS EFEITOS NA SAÚDE DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM DA ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Por:   •  24/5/2018  •  4.148 Palavras (17 Páginas)  •  373 Visualizações

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Dessa forma, objetiva-se analisar o efeito das condições trabalho na saúde dos profissionais de enfermagem da Estratégia de Saúde da Família, como também refletir sobre o uso da ergonomia como instrumento metodológico de análise no processo de trabalho descrevendo sua importância para eliminar ou minimizar fatores sofríveis e desvelar como a ergonomia pode ajudar no trabalho dos profissionais de Enfermagem. Para tanto, descreveremos sua importância para eliminar ou minimizar fatores sofríveis e assim desvelar como a ergonomia pode ajudar no trabalho dos profissionais de Enfermagem.

A metodologia utilizada neste estudo tem caráter bibliográfico, cuja a trajetória fundamentou-se em leitura exploratória e seletiva, bem como em sua revisão integrativa visando criar um corpo de literatura compreensível e atualizado para o processo de conhecimento e análise dos resultados de vários estudos, contribuindo para a estratégia saúde da família.

Como subsídio para abordagem do tema foram definidas etapas para nortear o caminho do pesquisador. Em um primeiro momento a pesquisa bibliográfica foi organizada a partir de uma revisão de livros da literatura nacional no período de janeiro de 2011 a março de 2011. Em no segundo momento, visando enriquecimento desta trajetória metodológica, realizou-se uma revisão de literatura de artigos científicos publicados anterior ao ano de 1994, através do sistema informatizado de busca BVS (Biblioteca Virtual de Saúde), LILACS (Literatura Latino Americana de Ciências da Saúde), SCIELO (Revista Latino-Americana de Enfermagem), utilizando os seguintes indexadores: Estratégia Saúde da Família, Programa Saúde da Família, Promoção da Saúde, Ambiente, Condições de Trabalho, Enfermagem, Ergonomia.

2 REVISÃO DE LITERATURA

2.1 O ambiente laboral e a saúde do trabalhador

As condições de trabalho influenciam os profissionais de enfermagem, que como qualquer ser humano encontra-se em constante adaptação com o meio ambiente e tudo aquilo que o compõe. De acordo com Santos (1999), o que se observa é a adaptação do homem ao trabalho, no entanto, nem sempre o ser humano é adaptável devido às capacidades e limitações humanas o que compromete não só a qualidade de vida como também a saúde e o resultado do próprio trabalho do profissional que necessita realizar suas atribuições diárias.

As reestruturações produtivas e as mudanças que as mulheres acarretam no mercado e na organização do trabalho, no contexto atual da globalização e da economia, pouco são analisadas do ponto de vista das diferenças de gênero. Entretanto, os impactos das reestruturações produtivas sobre as condições de trabalho e a saúde sofrem variações segundo o sexo e a mão-de-obra (CARLOTO, 2003).

Com relação ao gênero Carloto (2003), afirma que os processos de adoecimento têm sido mais graves devido às condições precárias de trabalho que atingem principalmente as mulheres. Isso em decorrência da maioria das atividades exercidas estarem concentradas em ações que exigem passar muitas horas em posturas imóveis, com movimentos rápidos, precisos e repetitivos, o que produz um grande desgaste do sistema músculo-esquelético.

Medeiros (2006), afirma que a organização do trabalho atua na gênese do sofrimento físico e psíquico através de alguns elementos facilmente identificáveis, quais sejam: as jornadas prolongadas de trabalho, os ritmos acelerados de produção, a pressão claramente repressora e autoritária instalada numa hierarquia rígida e vertical, a inexistência ou exigüidade de pausas para descanso ao longo das jornadas de trabalho, a alienação de trabalho e do trabalhador, a fragmentação de tarefas e a desqualificação do trabalho realizado e, por conseguinte, de quem o realiza.

Uma boa postura é a atitude que uma pessoa assume utilizando a menor quantidade de esforço muscular e, ao mesmo tempo, protegendo as estruturas de suporte contra traumas. Manter posturas “erradas” (não confortáveis) por tempo prolongado pode acarretar alterações posturais ocasionando enrijecimento das articulações vertebrais e encurtamento dos músculos. Esses defeitos estruturais causam alterações das curvaturas normais da coluna vertebral, tornando-a mais vulnerável as tensões mecânicas e traumas (KAUFFMAN, 2001). Esta situação pode acarretar uma baixa produtividade devido ao desconforto que entre as suas várias causas que está diretamente ligada à adequação do corpo frente a um determinado equipamento ou tarefa (COUTO, 2000).

Segundo Iida (1998), ao estudo do relacionamento entre o homem e seu trabalho, equipamento e ambiente dá-se o nome de Ergonomia. Seu objetivo é investigar aspectos do trabalho que possam causar desconforto e propor modificações nas condições de trabalho para torná-las confortáveis e saudáveis bem como aplicar os conhecimentos de anatomia, fisiologia e psicologia na solução dos problemas surgidos deste relacionamento entre a equipe de enfermagem e seu trabalho.

Dessa forma, a ergonomia congrega conhecimentos produzidos em diversas áreas e contribui aos trabalhadores na compreensão do seu processo de trabalho e nas possibilidades de transformação das suas condições de trabalho (VILLAR, 2002).

De acordo com o exposto para o estudo das condições de trabalho da equipe de enfermagem e conseqüentes efeitos das mesmas, é necessário um estudo enfocando a ergonomia. Com esse foco, é importante o conhecimento das características do homem (aspectos físicos, fisiológicos, psicológicos, sociais, assim como idade, sexo, treinamento e motivação); da máquina (equipamentos, ferramentas mobiliários e instalações); do ambiente físico do trabalhador (temperatura, ruídos, vibrações, luz, cores, gases, etc.), além de conseqüências do trabalho, entre outros (PINHEIRO & MARZIALE, 2000).

Além disso, é necessária uma divulgação dos aspectos ergonômicos e de segurança do trabalho com a finalidade de incentivar o desenvolvimento de uma consciência crítica em relação aos efeitos do ambiente de trabalho sobre a vida, o que pode ser feito através de estudos que criem possibilidades de proposição de mudanças no processo das condições do trabalho da enfermagem (SILVA; ROCHA; TAVARES, 2007).

A Saúde do Trabalhador contribui para a compreensão dos processos de trabalho particulares de forma articulada com o consumo de bens e serviços e o conjunto de valores, crenças, idéias e representações sociais (MENDES, 1999). As relações entre trabalho e saúde do trabalhador conformam um mosaico que se caracteriza por diferentes formas

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