Trabalho de patologia de enfermagem
Por: Jose.Nascimento • 12/12/2017 • 1.629 Palavras (7 Páginas) • 469 Visualizações
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_ Afirmar a vida e encarar a morte como processo natural: o paciente deve ser orientado a dar mais sentido à vida que ainda lhe resta, ajudando-o na compreensão de sua doença, através do debate sobre o processo de sua finitude.
_ Não antecipar nem adiar a morte: este princípio visa melhorar a qualidade de vida do paciente, dando-lhe assistência contínua e reabilitadora, com a consciência de que o tratamento não lhe causará maior desconforto do que a sua própria doença.
_ Aplicar os aspectos psicossociais e espirituais: a qualidade de vida envolve problemas sociais, dificuldades de acesso aos serviços de saúde, medicamentos e outros recursos que podem ser causas de sofrimento que devem ser levados à equipe multiprofissional, atuando de forma integrada, a fim de identificar os problemas para a tomada de decisões.
_ Oferecer suporte que possibilite a vivência ativa do paciente até o momento da morte: viver ativamente é preservar a sobrevida do paciente incessantemente, sendo função do enfermeiro atuar como facilitador para a resolução de seus problemas.
_ Oferecer suporte para auxiliar os familiares durante a doença e o luto: a família é tão importante quanto o doente e a inserção dos cuidados paliativos, já que as complicações que podem ocorrer no período de luto devem ser identificadas e trabalhadas.
_ Dar início aos cuidados paliativos desde o diagnóstico da doença.
Os cuidados paliativos devem ser iniciados precocemente, aliados a outras medidas para prolongar a vida, como radioterapia, quimioterapia, incluindo todas as investigações necessárias para o alívio e controle dos sintomas. O paciente não deve ser privado dos recursos terapêuticos e diagnósticos que a medicina oferece. É indispensável que o paciente esteja no centro das atenções, sendo tratado de forma holística e tendo o acompanhamento de todos os familiares, durante seu tratamento. Estes cuidados são essenciais nesta fase da vida (ANCP, 2009).
Por conta do sofrimento que os pacientes oncológicos enfrentam, pois o câncer causa muita dor e sofrimento espiritual, muitos pacientes tem dificuldade em suportar a vida. Por isso os cuidados paliativos para pacientes com câncer terminal, visam priorizar a dignidade e cuidar dos doentes de uma forma holística (ARAÚJO et. al., 2009).
Para Girond e Waterkemper (2006), a situação de terminalidade, onde as possibilidades de tratamento chegaram ao fim, a progressão da doença e a finitude humana são inevitáveis e caracterizadas pela morte, surgindo os cuidados paliativos como um novo tipo de cuidado voltado para uma abordagem mais humana de tratamento. Para Pessini (2003), a qualidade de vida é a maior preocupação dos profissionais de saúde, levando em consideração que os pacientes oncológicos terminais sentem muito mais medo do fim da vida, do que da morte em si.
Os cuidados paliativos presa os valores morais, sociais, éticos, crenças, conhecimentos, direitos, deveres e capacidades. Todos os profissionais deve respeitar as limitações dos pacientes, mas ao mesmo tempo proporcionando autonomia para o desempenho de ações. Estimular a capacidade do auto cuidado; envolver o paciente e a família nas decisões e cuidados até a sua finitude; controlar e planejar sua vida e doença; e f, aliviar e fiscalizar os sintomas, como a dor e o desconforto (MOHALLEM; RODRIGUES, 2007).
A dor limita o estilo de vida do paciente oncológico, as experiências dolorosas, os aspectos sensitivos emocionais e culturais devem ser analisados. Pois, para avaliar a dor é necessário reconhecer as manifestações do paciente, para que haja o controle da dor deve-se ver a intensidade da mesma, com isso administrando medicamentos de forma adequada, como as vias de administração, fazendo a reavaliação contínua e observando os efeitos colaterais dos medicamentos administrados. (ARANTES; MACIEL, 2008).
A qualidade no cuidar é de extrema importância, para que assim as necessidades do paciente sejam atendidas. Compreender o paciente, ouvi-lo e ajuda-lo nas dificuldades de expressar seus sentimentos, nesse contexto o enfermeiro deve sempre aperfeiçoar suas habilidades em relação ao conhecimento técnico, científico para que assim haja percepção das necessidades do paciente. É necessário que o enfermeiro faça um planejamento na assistência humanizada, pois é este que está mais próximo do paciente (MOHALLEM; RODRIGUES, 2007).
O Cuidado com o paciente é mais amplo do uma simples atenção, dedicação, compromisso, afeto e respeito pelo paciente. (BOFF, 2003). A certeza de uma doença incurável, permite que a morte possa ser planejada, assim podendo diminuir o sofrimento do doente. Os familiares dos pacientes oncológicos também sofrem, pois acham que não fazem o suficiente para atender as necessidades do paciente (KOVASC, 2008).
Os pacientes depressivos preferem a morte, por isso há necessidade de cuidados paliativos, para que os profissionais de enfermagem, juntamente com todos os outros profissionais da área da saúde possam ampara-los. Com o agravo da doença os doentes possuem sua autonomia desgastada, todos os seus valores e dignidade ameaçados. No entanto dignidade em cuidados paliativos, significa qualidade de vida durante toda sua existência, com o mínimo de sofrimento possível (KOVACS, 2008)
O paciente sempre deve saber de tudo, por meio de comunicação clara e aberta, vindo dos profissionais de enfermagem e também dos familiares. Pois a autonomia
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