OS CUIDADOS DE ENFERMAGEM A PESSOA COM ESQUIZOFRENIA: REVISÃO DA LITERATURA
Por: Evandro.2016 • 12/12/2018 • 4.860 Palavras (20 Páginas) • 441 Visualizações
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Até o início do século XX, a esquizofrenia era reconhecida como demência precoce. No entanto, foi o cientista Eugen Bleuler (1857-1939) que criou o termo “esquizofrenia”, adotando novo conceito e definição. Assim, o ensaísta define o distúrbio como um conjunto de psicopatias as quais a direção é capaz de ser arraigada ou descontínua, conseguindo impedir ou declinar em qualquer uma das fases, porém que não possibilita uma integral restituição. A enfermidade se distingue por um fator particular de variação de raciocínio, das emoções e do relacionamento com o meio extrínseco.
Ainda sobre o conceito, Tostes (1989) entende que é um distúrbio de profunda extensão, no tempo o qual o sujeito vivencia momentos de conflitos e absolvições que acabam em degradação do andamento do enfermo e dos seus íntimos, provocando inúmeros prejuízos e lesões nas competências de todo o coletivo. Bem como, redução da capacidade de responsabilizar por si mesmo, correlacionar particularmente e socialmente, além da permanência de raciocínios integrais.
Indivíduos esquizofrênicos apresenta como individualidade a ausência na junção de pensamentos, devaneios, emoções debilitadas, alegria infundada ou inadequada, incoerências, degeneração geral do desempenho, ligações soltas, desarranjo na construção de ideias e raciocínio incoerente. A Classificação Internacional de Doenças (1993) caracteriza os distúrbios esquizofrênicos como:
[...] uma perturbação fundamental, com distorções dos pensamentos e da percepção, e por afetos que são inadequados ou embotados: (...) Na perturbação característica do pensamento esquizofrênico, aspectos periféricos e irrelevantes de uma conduta total, que estão inibidos na atividade mental normalmente dirigida, são trazidas para o primeiro plano e utilizados no lugar daqueles que são relevantes e adequados à situação. Assim, o pensamento se torna vago, elíptico e obscuro, e sua expressão em palavras fica algumas vezes incompreensível (CID-10; 1993, p. 85).
Não podemos cravar uma direção padrão do desenvolvimento do distúrbio esquizofrênico, visto que, as inúmeras manifestações expostas, que altera de sujeito para sujeito. Em pesquisa da Organização Mundial de Saúde, aponta que apenas cinco por cento dos enfermos exibem um surto ao longo da vida. Já, a grande maioria conhece múltiplos surtos, sobretudo no começo da enfermidade (OMS, 2000).
2.1 Primeiros sintomas do paciente esquizofrênico
A esquizofrenia pode revelar primícias intensas ou enganosas, as quais apresentam aspectos divergentes progredindo para um prognóstico particular e único. O princípio enérgico é identificado pela manifestação dos indícios de maneira súbita, avançando para uma degradação caso não cuidados rapidamente. Para Vallada Filho e Busatto Filho (1996), os principais sintomas do paciente esquizofrênico são: o retrocesso, a desordem e a inquietude que desenvolvem para a condição de desespero, fatos ambíguos de alucinações, agitação motriz, insônia e comportamentos catatônicos.
Já, o começo enganoso caracteriza-se por um progresso de psicopatia de maneira mais pacífica, aonde a evolução das funções psíquicas e motoras acontece de maneira natural, contudo nas questões emocionais e racionais apresentam-se impactos acentuados. Expõem manifestações separativas nos âmbitos da afetividade e da língua, intensas alterações de temperamento, excitabilidade, ações obstinadas e coercitivas e agressividade. Nesse contexto, Vallada Filho e Busatto Filho (1996), apontam que se não ocorrer correta interferência neste começo, ele progride para a degradação do desempenho integral e agravamento profundo da psicopatia em uma próxima situação.
De acordo com o Manual de Diagnósticos Estatísticos de Transtornos Mentais (2000), os indícios peculiares abrangem uma sequência de perturbações intelectivas e afetivas que prejudicam a compreensão, a reflexão coesa, fala e a interlocução, o domínio das condutas, a estima, habilidade e eficiência do raciocínio, o ímpeto e a concentração. Ainda sobre a esquizofrenia, o Manual relaciona os sintomas do paciente com a enfermidade como positivos e negativos que se individualiza através do quadro médico.
Falando dos sintomas positivos graves é apontado como primeiro indicio a paranóide, essa indicação é caracterizada pela existência de incoerências mentais e devaneios óticos eminentes no cenário de uma alusiva conservação do desempenho intelectual e de afetividade. As incoerências mentais são capazes de serem copiosas, porém comumente são ordenadas ao redor de uma temática coesa (CID-10, 1993).
Outro sintoma enumerado é o desarranjo, por meio de linguagem e condutas confusas, insensibilidade ou afetividade desajustada. A linguagem confusa pode ser seguida por comportamentos ineptos e alegrias sem associação apropriada com o assunto da sentença. O seguinte indício é a catatonia, distinguida pela excessiva inquietação das funções psíquicas e motoras, o qual pode abarcar estagnação motriz e movimentação motriz intensa (DSM-IV, 2014).
A anedonia ou redução da habilidade de satisfação compreende a redução dos prazeres como observar a perfeição das coisas e/ou envolve a diminuição na satisfação como relacionar com familiares e amigos (STAHL, 2011).
Por fim, a basilar demonstração das modificações da vida afetuosa do paciente com distúrbio esquizofrênico se exprime na ambivalência, em que expõe integralmente nas convivências coletivas. Logo, a ambivalência é fundamentada na prática de uma divergência coexistente ou consecutiva de duas situações.
2.2 Diagnóstico de Enfermagem para pessoas com Esquizofrenia
Cada vez mais, a aplicação dos diagnósticos de enfermagem proporciona a elucidação de práticas que irão interceder no andamento da vida dos pacientes, quando são atingidas as deliberações pelas quais o profissional de saúde é incumbido. Além do mais, possibilita a utilização de uma língua singular e uniforme, colaborando para a metodologia de interação, organização das práticas, concepção de preceitos e tratamentos, avanço dos estudos e a sequência de instrução técnica.
Segundo a North American Nursing Diagnosis Association (NANDA, 2012-2014), análise de enfermagem é um juízo sobre as elucidações do sujeito, dos íntimos ou do conjunto de adversidades de saúde existentes ou latentes. Esta apreciação averigua o alicerce para que o profissional conclua os preceitos de enfermagem e, por conseguinte, para as decisões dos zelos
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