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IMPORTÂNCIA DO ENFERMEIRO NA EVOLUÇÃO DO ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR NO BRASIL

Por:   •  3/9/2018  •  3.136 Palavras (13 Páginas)  •  377 Visualizações

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METODOLOGIA

Trata-se de uma revisão integrativa da literatura com abordagem qualitativa. Esse tipo de pesquisa mostra um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito, e não pode ser traduzido em números. A coleta de dados foi realizada nas bases de dados da Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs) e da Scientific Eletronic Library Online (SciELO), por meio de leitura exploratória de resumos e títulos, na qual foi verificada a relevância das obras em relação a importância do enfermeiro na evolução do atendimento pré-hospitalar. Como critérios de inclusão foram incluídos artigos científicos publicados no Brasil na língua portuguesa, no espaço de tempo compreendido entre 1990 a 2016, preferencialmente. Os critérios de exclusão foram artigos científicos não disponibilizados na íntegra, em língua estrangeira, e materiais que não correspondem à temática de estudo. A coleta nos bancos de dados foi realizada entre os meses de outubro a novembro de 2016, utilizando os descritores: enfermagem; atendimento pré-hospitalar; evolução. Após a busca nos bancos de dados, obteve-se um total de 51 trabalhos científicos, que foram filtrados mediante leitura preliminar de títulos e resumos, sendo descartados 45 obras irrelevantes para estudo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

O atendimento pré-hospitalar (APH) pode ser compreendido como a assistência realizada fora do âmbito hospitalar, com a utilização de diversas metodologias disponíveis: direta, na qual o profissional vai até a vítima, ou indireta, como por meio da orientação médica por telefone, ou mista, quando em casos de necessidade, após o atendimento pelo telefone há necessidade de envio de viatura ao local da ocorrência (1, 2).

As principais modalidades de APH são: suporte básico à vida, caracterizado pela realização das manobras não invasivas, o qual é realizado por profissionais treinados em primeiros socorros, não obrigatoriamente graduados, e que atuam sob supervisão de um médico; suporte avançado de vida, que consiste no atendimento que pode realizar procedimentos invasivos de suporte ventilatório ou circulatório, sendo executados exclusivamente por médicos ou enfermeiros (3).

O serviço de APH móvel é um meio utilizado tanto por usuário do sistema público de saúde, quanto por usuário do sistema privado, e por ser associada à sua facilidade de acesso, telefonema permite a chegada de uma equipe treinada que atua antes do agravamento do quadro do paciente, promovendo chances maiores de sobrevida à vítima, mantendo suas condições estáveis até o tratamento hospitalar efetivo (4).

Uma assistência qualificada no local da ocorrência, bem como o transporte adequado e uma entrada rápida ao hospital, são cruciais para que a vítima tenha a vida preservada. Desse modo o atendimento mais veloz e preciso, proporcionaria uma diminuição nas taxas de morbidade e mortalidade em casos de trauma (5).

Os profissionais que se envolvem no atendimento, devem ser qualificados de maneira a prestar um APH eficiente, enquanto a enfermagem precisa ser munida de conhecimentos mais profundos acerca de protocolos de atendimento específicos para cada tipo de situação emergencial, além de receber o devido treinamento para realizar avaliações rápidas, definir prioridades, tomar decisões assertivas e velozes e intervir na saúde do paciente de maneira adequada(5).

“O Atendimento Pré-Hospitalar Móvel (APH) é uma modalidade de assistência especializada, fora do âmbito hospitalar, cuja finalidade de atendimento visa à manutenção da vida e/ou a minimização das sequelas. Procura chegar à vítima nos primeiros minutos após ter ocorrido o agravo à sua saúde, sendo necessária, a prestação de atendimento adequado e transporte a um hospital devidamente hierarquizado e integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS)” (6).

A atuação dos serviços prestados pelo APH tem importância crescente, já que a cada ano o número de acidentes com trauma aumenta, entretanto os resultados dos avanços científicos e tecnológicos, que por um lado ofertam inúmeros benefícios ao tratamento do paciente, por outro, agregam um ônus importante no que tange os aspectos de ordem social e econômica, gerando aumento nas despesas previdenciárias e o estresse pós-traumático em pacientes e familiares. Neste sentido, implementar o APH é uma necessidade eminente e crescente no país, sobretudo nas últimas décadas, em que os índices brasileiros de acidentes de trânsito são alarmantes (6).

O enfermeiro no atendimento pré-hospitalar

A prestação de serviços de saúde caracteriza a base da profissão “enfermeiro”, principalmente no setor terciário da economia brasileira. O que diferencia o tipo de serviço é a forma de lidar com o ser humano, a responsabilidade desse profissional consiste em atender a sociedade que busca em seus serviços a solução dos problemas relacionados a situações de saúde-doença ou relacionados ao seu bem estar (7).

Sendo assim, “o trabalho em enfermagem é constituído por atividades relativas ao cuidado e administração do espaço assistencial, organizado sob a égide da divisão parcelar ou pormenorizada do trabalho”. Deste modo, entende-se que o procedimento que contempla o trabalho do enfermeiro parte da premissa de diversos subprocessos destinados a assistir, zelar, administrar ou gerenciar, pesquisar e ensinar (8).

A enfermagem possui um contingente significante de profissionais inseridos nas mais diversas áreas do mercado desempenhando diversas funções relacionadas à saúde. Alguns estudos enfatizam que para um profissional de enfermagem ser notado e reconhecido é importante destacar suas habilidades e competências, demonstrando-as no seu nível de conhecimento técnico, científico e relacional, ao possibilitar assim que este indivíduo consiga representar socialmente sua profissão (9).

O fato é que a não aquisição dessas habilidades e competências podem afetar diretamente os usuários, visto que os agravos clínicos em algumas situações decorridas de uma intervenção deficiente desequilibram sua condição vital e demandam intervenção precoce e qualificada, entre eles o atendimento pré-hospitalar móvel. Segundo Marques e colaboradores, o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) de urgência é aquele que oferece toda a assistência no exterior do ambiente hospitalar, objetivando que a população tenha as melhores respostas em atendimentos de urgência e emergência, especialmente usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) (10).

“No

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