Ação educativa de prevenção de DST
Por: Rodrigo.Claudino • 14/11/2018 • 4.118 Palavras (17 Páginas) • 414 Visualizações
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O atendimento é muitas vezes inadequado, resultando em segregação e exposição a situações de constrangimento. Tal fato se dá, por exemplo, quando usuários tem que expor suas queixas em locais sem privacidade, ou funcionários despreparados. Essas situações contribuem para afastá-los dos serviços de saúde. E irregularidade na disponibilização de medicamentos específicos, contribui para que desacreditem os indivíduos com DST, dos serviços de saúde, pouquíssimas unidades são capazes de oferecer resultados de testes conclusivos, no momento da consulta. (BRASIL, 2006).
A consequência mais evidente dessa situação de baixa resolutividade dos serviços é a busca de atendimento em locais nos quais não seja necessário se expor, nem esperar em longas filas. (BRASIL, 2006).
A assistência ás DST deve ser realizada de forma integrada, pelo Programa de Saúde da Família, Unidades Básicas de Saúde (UBS) e serviços de referências regionalizados. O primeiro, pela suas características, pode facilitar o acesso ao cuidado e a busca de parceiros sexuais, enquanto as UBS e os últimos devem exercer um papel fundamental no tratamento adequando e seguimento clínico. (BRASIL,2006)
HIV-AIDS
O HIV/AIDS já se encontra entre as 10 principais causas de morte no mundo e o seu impacto virá a ser ainda maior. em primeiro lugar, porque o HIV/AIDS está a alastrar muito depressa. Em segundo, porque pode levar muitos anos a se desenvolver uma vacina eficaz e mais ainda descobrir uma cura. (UNICEF, 1998). Ter o HIV não é a mesma coisa que ter o AIDS. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença. Mas, podem transmitir o vírus a outros pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).
A AIDS é o estágio mais avançado da doença que ataca o sistema imunológico. A Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, como também é chamada, é causa pelo HIV. Como esse vírus ataca as células de defesa do nosso corpo, o organismo fica mais vulnerável a diversas doenças, de um simples resfriado a infecções mais graves como tuberculose ou câncer. O próprio tratamento dessas doenças fica prejudicado. Há alguns anos, receber o diagnóstico de AIDS era uma sentença de morte. Mas, hoje em dia, é possível ser soropositivo e viver com qualidade de vida. Basta tomar os medicamentos indicados e seguir corretamente as recomendações médicas. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2013).
Saber precocemente da doença é fundamental para aumentar ainda mais a sobrevida da pessoa. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda fazer o teste sempre que passar por alguma situação de risco e usar sempre o preservativo.
SIFILIS
A sífilis ou lues é uma doença infecciosa sistêmica, de evolução crônica, que ocupa uma importância significativa entre os problema mas mais frequentes de saúde pública em todo o mundo. O agente causador da sífilis foi denominado em 1905, como sendo o Treponema Pallidum, um espiroqueta adquirido na maioria dos casos durante relações sexuais. Acomete praticamente todos os órgãos e sistemas, e, apesar de ter tratamento eficaz e de baixo custo, vem se mantendo como problema de saúde pública até os dias atuais. (AVELLEIRA JCR, BOTTINI G. - 2006)
A doença é classificada, de acordo com suas diferentes vias de transmissão, em sífilis adquirida e sífilis congênita. Na sífilis adquirida a transmissão é sexual, sendo o contágio extragenital raro. A transmissão sexual da sífilis é excepcional, havendo poucos casos por transfusões de sangue e por inoculação acidental. Já a sífilis congênita é o resultado da disseminação hematogênica do T. pallidum da gestante infectada não tratada ou inadequadamente tratada para o concepto por via transplacentária (transmissão vertical). (AVELLEIRA JCR, BOTTINI G. - 2006)
Quando não tratada adequadamente, a doença pode evoluir atingindo diferentes fases: primária, secundária e terciária, com o advento da penicilina e sua eficácia no tratamento da doença, pensou-se que a mesma esta- va controlada, porém com as mudanças no comportamento sexual da população após a utilização da pílula anticoncepcional houve o aumento dos casos de sífilis, envolvendo homens, recém-nascidos e, principalmente, mulheres. (AVELLEIRA JCR, BOTTINI G. - 2006)
Segundo normas do Ministério da Saúde, para tratamento da sífilis primária indica-se penicilina benzatina 2,4 milhões UI, intra- muscular, em dose única (1,2 milhão UI em cada glúteo). Na sífilis recente secundária e latente, prescreve-se penicilina benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular, que deve ser repetida após 1 semana, totalizando 4,8 milhões UI. Já na sífilis tardia, a indicação é de pe- nicilina benzatina 2,4 milhões UI, intramuscular, semanal, durante 3 semanas, totalizando 7,2 milhões UI. (: MINISTERIO DA SAÚDE - 2008)
HPV
O papiloma vírus humano, conhecido também como HPV, é um vírus que se instala na pele ou em mucosas e afeta tanto homens quanto mulheres. Atualmente, a infecção por HPV é a doença sexualmente transmissível (DST) mais frequente, ou seja, é a principal infecção viral transmitida pelo sexo. (GUIA DO HPV-2013)
Na maioria dos casos, o HPV não apresenta sintomas e é eliminado pelo organismo espontaneamente. Entretanto, entre os mais de 100 tipos diferentes de HPV existentes, 30 a 40 po- dem afetar as áreas genitais de ambos os sexos, provocando diversas doenças, como as verrugas genitais, os cânceres de colo do útero, vagina, vulva, ânus e pênis. Além disso, provocam tumores na parte interna da boca e na garganta (orofaringe), tanto benignos (como a papilomatose respiratória recorrente) quanto malignos, como os cânceres de orofaringe. (MINISTÉRIO DA SAÚDE- 2014)
Quatro tipos de HPV são mais frequentes e causam a grande maioria das doenças relacionadas à infecção. Os HPV tipos 16 e 18 causam a maioria dos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo (cerca de 70%). Eles são responsáveis também por até 90% dos casos de câncer de ânus, até 60% dos cânceres de vagina e até 50% dos casos de câncer vulvar. Já os tipos 6 e 11 causam aproximadamente 90% das verrugas genitais, um dos problemas de saúde mais comuns e com taxas crescentes em todo o planeta, e cerca de 10% das lesões de baixo grau do colo do útero. (MINISTÉRIO DA SAÚDE- 2014)
Devido ao fato de o HPV comumente
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