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DST/AIDS

Por:   •  6/2/2018  •  3.830 Palavras (16 Páginas)  •  341 Visualizações

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no início era predominantemente entre homossexuais, suspeitou-se que houvesse relação entre a doença e este estilo de vida, mas não tardaram a surgir casos entre heterossexuais e crianças recém-nascidas, e tais características definiam que a doença era infecciosa e transmitida por via sexual, parental e vertical (BRASIL, 2003). Neste contexto, foram levantadas pelos cientistas hipóteses de que a nova doença poderia ser causada pelo Citomegalovírus, o Epstein-Barr ou Hepatite B que prontamente foi descartado e percebido a força do novo vírus (FERREIRA, 2003).

No ano de 1984 o retrovírus, agente etiológico da AIDS, foi descoberto e em 1985 chegou ao mercado um teste do soro imunoenzimática, para diagnóstico da infecção pelo HIV que podia ser utilizado em triagem em bancos de sangue, que com o passar do tempo foi sendo usado em todo mundo diminui-se de maneira considerável o risco de transmissão transfusional do HIV (BRASIL, 2003). Em seguida, no ano de 1986, na segunda Conferência Internacional de AIDS, ocorrida em Paris, foi reportada experiências iniciais do uso da primeira droga antirretroviral fabricada, o AZT (BRASIL, 2003). Posteriormente, no ano de 1994 um conjunto de drogas denominadas “coquetel” levaram a diminuição da mortalidade, melhora dos indicadores da imunidade e recuperação de infecções oportunistas, tal tratamento não eliminava o vírus do organismo bem como tinha custo bastante elevado e efeitos colaterais severos aos usuários desta droga (SADOCK. J.B, e SADOCK.A.V., 2007).

3 PRINCIPAIS TEÓRICOS

Os primeiros casos de uma doença imunocontagiosa foram registrados nos EUA, Haiti e África Central ainda por volta de 1977/1978, mas apenas em 1982 pôde-se classificar a AIDS como uma síndrome.

Até hoje há certa ambiguidade quanto a real autoria da descoberta do fator etiológico do vírus, entretanto dois estudiosos reclamam o título para si: Dr. Luc Montagnier, do Instituto Pasteur na França, e Dr. Robert Gallo, do National Cancer Institute (NCI), nos EUA. Já no final da década de 70, e início da década de 80 esses dois cientistas desenvolviam estudos direcionados ao descobrimento do agente causador da doença, que desde então já sabiam que era transmitida sexualmente e também por contato com sangue contaminado. Era do conhecimento de ambos que possivelmente estavam lidando com um retrovírus, e chegaram até a trocar amostras analisadas. Porem em maio de 1983, foi Montagnier e seu grupo que publicaram o que hoje é considerado o primeiro relato sobre o isolamento do HIV do mundo (BRASIL, 2003).

Um dos maiores estudiosos sobre a AIDS, o cientista holandês Dr. Joep Lange, que se tornou notável nesta área defendendo a melhora e a acessibilidade ao tratamento da Aids aos países e localidades menos favorecidas, ele estava envolvido em pesquisas a cerca desse tema desde o princípio da epidemia, na década de 80, foi presidente em uma imortalíssima instituição sobre o tema, a Sociedade Internacional de Aids (IAS). Lange faleceu em 2014, aos 60 anos, em um acidente aéreo na Ucrânia, acidente ao qual foi responsável pela morte de pelo menos mais 100 estudiosos e pesquisadores do HIV/AIDS. David Margolis, da Universidade de Carolina do Norte, nos Estados Unidos, também tem tomado destaque em estudos envolvendo medicamento contra o câncer no combate ao vírus HIV nas células de pacientes infectados, ele submete esses pacientes a quimioterapia, na intenção desse medicamento atingir ao agente, também dando continuidade ao tratamento antirretroviral, para impedir a multiplicação do vírus. (CECCATO, 2004).

4 ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO

As denominadas doenças sexualmente transmissíveis geram forte estigma social, mas os indivíduos portadores do HIV ou acometidos pela AIDS são os que mais sofrem psicologicamente, os pacientes convivem com uma situação de angústias sobre a morte, preconceitos sofridos pela sociedade e principalmente pelos familiares, as questões ligadas aos relacionamentos afetivos e sexuais, demandando assim estudos psicoterápicos mais voltados para estes pacientes.

No que diz respeito a pratica profissional do psicólogo no âmbito das DST/Aids, segundo o Conselho Federal de Psicologia (CFP):

É responsabilidade ética do (a) psicólogo (a) e dos demais profissionais de saúde respeitar o direito da PVHA de ter acesso a informações sobre sua saúde, no que se refere, por exemplo, a opções de tratamento com os antirretrovirais e demais medicações, a síndrome metabólica/síndrome lipodistrófica do HIV e a reprodução assistida. Dar acesso a informações é criar possibilidades para o exercício de cidadania, e, dessa forma, considerar quem vive com HIV um sujeito de direitos e estimular a autonomia e a participação ativa no cuidado de si mesmo e, em consequência, nas decisões a serem tomadas durante o seu acompanhamento. (CFP, 2008. p. 24).

Segundo o psicólogo Fernando Flabella Tavares de Lima profissional do Núcleo de Estudos e Temas de Psicologia – Netpsi e especialista em AIDS, em entrevista a Cooperativa Médica do Estado de Goiás (COMEGO, 2000) afirma que as características do paciente com HIV-Aids, não são exclusivos destes doentes, mas também se encontram presentes em outros pacientes. Deste modo apesar da escassez dos estudos nesta área psicológica, não se verifica procedimentos específicos para o tratamento terapêutico destas pessoas, mesmo porque esta questão é trazida no set terapêutico pelo paciente e não pelo profissional, Sodelli explica:

É o paciente que delimita a importância do HIV na sua vida, e o papel do terapeuta é ampliar as suas perspectivas, de modo que ele perceba que há muito mais do que apenas Aids para ser vivido (SODELLI, 2000).

Assim, o atendimento psicológico pretende ampliar as consciências para os múltiplos aspectos de suas vidas ao tempo que atua na perspectiva de dar suporte ao paciente e seus familiares, bem como apontar a importância do tratamento e da sua a adesão. Busca deste modo colaborar em manter o bem-estar psicológico durante o processo de tratamento que se configura em uma infinidade, pois não haverá suspensão. Fica claro que o tratamento psicológico propiciará ao paciente ajustamento à doença, caracterizando-se como diminuição de distúrbios emocionais, tipo a ansiedade e a depressão, bem como a adesão ao tratamento propiciando ampliação no tempo de vida (SODELLI, 2000).

Na sociedade contemporânea verifica-se as mudanças ocorridas no conceito de saúde e, este passa a ser entendido como um fenômeno Biopsicossocial e assim pode a Psicologia

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