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As Queimadura, intoxicação, choque e afogamento

Por:   •  27/11/2018  •  2.665 Palavras (11 Páginas)  •  322 Visualizações

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A avaliação da extensão da queimadura, em conjunto com a profundidade, a eventual lesão inalatória, o politrauma e outros fatores determinarão a gravidade do paciente.

Tais agravos podem ser classificados como queimaduras de primeiro grau, de segundo grau, de terceiro grau e quarto grau.

Esta classificação é feita tendo-se em vista a profundidade do local atingido. Por sua vez, o cálculo da extensão do agravo é classificado de acordo com a idade. Nestes casos, normalmente utiliza-se a conhecida regra dos nove, criada por Wallace e Pulaski, que leva em conta a extensão atingida, a chamada superfície corporal queimada (SCQ). Para superfícies corporais de pouca extensão ou que atinjam apenas partes dos segmentos corporais, utiliza-se para o cálculo da área queimada o tamanho da palma da mão (incluindo os dedos) do paciente, o que é tido como o equivalente a 1% da SCQ.

1.1. Quadro dos 9

[pic 1]

Áreas nobres/queimaduras especiais: Olhos, orelhas, face, pescoço, mão, pé, região inguinal, grandes articulações (ombro, axila, cotovelo, punho, articulação coxofemural, joelho e tornozelo) e órgãos genitais, bem como queimaduras profundas que atinjam estruturas profundas como ossos, músculos, nervos e/ou vasos desvitalizados.

1.2. Queimaduras de Primeiro grau

Causa leve vermelhidão na pele, dor à palpação; se parece com a maioria das queimaduras de sol. São aquelas que envolvem apenas a epiderme, a camada mais superficial da pele.

Os sintomas da queimadura de primeiro grau são intensa dor e vermelhidão local, mas com palidez na pele quando se toca. Os sintomas são formigamento, hiperestesia (aumento da sensibilidade), dor que é suavizada com o resfriamento. A lesão da queimadura de 1º grau é seca e nem sempre caracterizada por bolhas. Geralmente melhoram em uma semana, podendo descamar e não deixam sequelas.

1.3. Queimaduras de Segundo grau

Sintomas são bolhas, dor e edema. A queimadura de 2º grau é aquela que envolve a epiderme e a porção mais superficial da derme.

A cicatrização demora mais que 3 semanas e costuma deixas cicatrizes. Afeta a epiderme e parte da derme, forma bolhas ou flictenas.

1.4. Queimaduras de Terceiro grau

São as queimaduras profundas que acometem toda a derme e atinge tecidos subcutâneos, com destruição total de nervos, folículos pilosos, glândulas sudoríparas e capilares sanguíneos, podendo inclusive atingir músculos e estruturas ósseas. São lesões esbranquiçadas/acinzentadas, secas, indolores e deformantes que não curam sem apoio cirúrgico, necessitando de enxertos.

Geralmente é indolor, forma uma placa esbranquiçada ou enegrecida de textura coreácea.

1.5. Queimaduras de Quarto grau

Envolvem pele, músculo e osso. Elas freqüentemente ocorrem com queimaduras elétricas e podem ser mais graves do que aparentam. Podem causar complicações graves e necessitam de atendimento de saúde imediatamente.

1.6. Complicações

A pele é o maior órgão do nosso corpo, serve de barreira contra a invasão de germes do exterior e contra a perda de calor e líquidos, sendo essencial para o controle da temperatura corporal. Qualquer paciente com critérios para queimaduras moderadas ou graves deve ser internado para receber tratamento imediato, pois há sério risco de complicações.

O primeiro problema das queimaduras é a quebra da barreira de proteção contra germes do ambiente, favorecendo a infecção das feridas por bactérias da pele e o desenvolvimento da sepse.

Outra complicação é a grande perda de líquidos dos tecidos queimados. Quando a queimadura é extensa, a saída de água dos vasos é tão intensa que o paciente pode entrar em choque circulatório. A insuficiência renal aguda também é uma complicação grave nos grandes queimados assim como a hipotermia por incapacidade do corpo em reter calor devido a granes áreas de pele queimada.

Quando a área do tórax e do pescoço são acometidas por queimaduras mais profundas, a cicatrização torna a pele muito rígida e retraída, o que pode atrapalhar os movimentos da respiração. Neste caso é necessária a escarotomia, uma incisão cirúrgica da pele de modo a impedir a que a falta de elasticidade da mesma cause compressão das estruturas internas. Como as mãos são áreas de intensa articulação e movimento, cicatrizações de queimaduras podem ser muito limitantes.

Queimaduras circunferenciais são perigosas, pois há risco de compressão de estruturas internadas devido ao inchaço que qualquer queimadura provoca. Nos membros, podem comprimir nervos e vasos. No pescoço podem comprimir as vias aéreas.

Outra grave complicação é a queimadura por inalação de ar quente que pode impedir o paciente de conseguir respirar adequadamente, seja por lesão direta dos pulmões ou por edema e obstrução das vias aéreas.

1.7. Tratamento

- Suporte respiratório: vias aéreas - Avaliar presença de corpos estranhos, verificar e retirar qualquer tipo de obstrução; Respiração- Administrar O2 a 100%, EOT quando necessário.

- Controle da dor: medicamentos analgésicos, opióides.

- Hidratação: reposição hidroeletrolítica

- Curativos;

- Escarotomia: São incisões de descompressão para liberar artérias e veias da pressão causada pela constrição e edema.

- Enxerto;

- Prevenção/ tratamento de infecções.

1.8. Intervenções de Enfermagem

- Monitorar padrão respiratório;

- Fornecer o2 a 100% umidificado;

- Cabeceira elevada;

- Manter AVP calibroso;

- SVD para controle de diurese nas queimaduras de área corporal atingida de 20%em adultos e 10% em crianças;

- Curativo nas feridas (É universalmente aceito que o tópico mais eficaz para o controle da infecção local é a sulfadiazina de prata, alguns laboratórios associam a lidocaína

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