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O Afogamento

Por:   •  24/1/2018  •  1.652 Palavras (7 Páginas)  •  356 Visualizações

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do que os casos em água do mar, ficando a questão ainda em aberto. A reversibilidade total das lesões com a terapia apropriada é o usual. Em seres humanos parece que aspirações tão pequenas quanto 1 a 3ml/kg resultam em grande alteração na troca gasosa pulmonar e redução de 10% a 40% na complacência pulmonar. Fuller39 demonstrou que em 70% dos óbitos há evidências de aspiração de partículas de natureza diversa, como areia, algas e lama, e em 24% há presença de restos de vômito.

- PRIMEIROS SOCORROS

Resgate da água

O resgatador deve estar sempre atento à sua segurança pessoal, diminuindo os riscos para ele e para a vítima. Deve-se chegar o quanto antes à vítima, preferivelmente com um meio conveniente (barco, canoa, prancha, etc). Sempre que possível tentar salvar a vítima sem entrar na água. Se for essencial entrar, usar uma boia ou outro dispositivo de flutuação. Remover as vítimas de afogamento da água da maneira mais rápida e segura possível, e iniciar a reanimação o mais rápido possível. A imobilização rotineira da coluna cervical não é necessária (a incidência de fratura de coluna em afogamentos é de 0,5%), a menos que as circunstâncias que levaram à submersão incluam uma história de mergulho, sinais de trauma ou sinais de intoxicação alcoólica, ou sinais neurológicos focais. Na ausência destas condições, é improvável que haja lesão espinhal. A estabilização cervical manual e a imobilização por equipamento podem impedir uma adequada abertura de via aérea e complicam e podem retardar as respirações de resgate. Sempre que possível, remover a vítima da água em uma posição horizontal para minimizar os riscos de hipotensão pós-imersão colapso cardiovascular.

Respiração de resgate

O primeiro e mais importante tratamento da vítima de afogamento é a provisão imediata da

ventilação/oxigenação. O início de imediato da respiração de resgate ou a ventilação por pressão

positiva aumenta a chance de sobrevivência da vítima. Na vítima apnéica, iniciar a ventilação de

resgate abrindo a sua via aérea e o resgatador estando em posição segura. Normalmente é feita quando a vítima não responsiva está em água rasa ou fora da água. O resgatador deve apoiar a cabeça da vítima e abrir a via aérea, fazendo ventilação boca-nariz, em alternativa à boca-a-boca. Se a vítima estiver em água profunda, iniciar a ventilação de resgate se houver treinamento para isso, idealmente com um suporte flutuador. Resgatadores não treinados não devem prover qualquer tipo de cuidado enquanto a vítima estiver em água profunda. O manuseio da via aérea e ventilação da vítima de afogamento são semelhantes ao que é recomendado para qualquer vítima de parada cárdiocirculatória. Não há necessidade de se desobstruir a via aérea de água aspirada. Apenas uma pequena quantidade de água é aspirada pela maioria das vítimas de afogamento e ela é rapidamente absorvida para a circulação central, não agindo como obstrução na traquéia. Algumas vítimas não aspiram, porque desenvolvem laringoepasmo ou seguram a respiração. Tentativas de se remover água das vias de passagem da respiração por qualquer meio que não a sucção (ex: compressões abdominais) são desnecessárias e potencialmente perigosas. Não é recomendado o uso rotineiro de compressões abdominais, pois podem causar regurgitação e aspiração, e estão associadas a lesões fatais, devendo ser usadas apenas em casos de sinais claros de obstrução de vias aéreas por corpo estranho

Compressões Torácicas

Tão logo a vítima seja removida da água, o resgatador deve abrir a via aérea e checar se está

respirando. Se não estiver, dar duas respirações de resgate que façam o tórax subir (se isto não foi feito na água). Depois de duas respirações de resgate efetivas, o leigo deve imediatamente iniciar as compressões torácicas e prover ciclos de compressões e ventilações; até um profissional de saúde chegar e checar pulso central. O pulso pode ser difícil de avaliar em vítima de afogamento, particularmente se ela estiver fria. Se o profissional de saúde treinado não encontrou pulso central em dez segundos, ele deve iniciar ciclos de compressões e ventilações. Apenas resgatadores treinados devem tentar prover compressões torácicas na água.

Passo a passo

- Garanta condições de segurança e retire a vítima da água na posição deitada (o socorrista só deve retirar a vítima da água se não puser em causa a própria vida);

- Verifique o estado de consciência, abanando os ombros da vítima com cuidado e perguntando se está bem. Se a vítima não reagir, procure ajuda;

- Abra as vias aéreas. Uma vítima inconsciente tem os músculos relaxados, isto faz com que a língua obstrua a via aérea. O risco pode ser eliminado ao inclinar cuidadosamente a cabeça para trás e levantar o queixo;

- Verifique a ventilação (ver, ouvir e sentir durante dez segundos). Verifique se o tórax se move para cima e para baixo, tente ouvir e sentir a ventilação da vítima na sua face;

- Se a vítima não responder e não estiver a ventilar normalmente, inicie, de imediato, manobras de reanimação, fazendo ciclos de 30 compressões torácicas e duas insuflações;

- Se, entretanto, a vítima retomar a consciência, colocá-la em Posição Lateral de Segurança (PLS) e mantê-la confortavelmente aquecida;

- Mantenha as manobras de reanimação na vítima até à chegada de pessoal qualificado que tome conta da situação ou até a vítima começar a ventilar normalmente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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