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GOIÁS: PERFIL DE GÊNERO ACOMETIDO POR INTERNAÇÕES/ÓBITOS HOSPITALARES POR QUEIMADURAS ENTRE 2007 E 2015.

Por:   •  30/4/2018  •  1.388 Palavras (6 Páginas)  •  286 Visualizações

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Em relação ao total de óbitos por queimaduras e corrosões, nesse período, foram verificados 182 casos, sendo que 115 eram homens e 67 mulheres. A média das taxas de mortalidade por queimaduras em 9 anos foi de 1% das internações totais por queimaduras em Goiás, apresentou crescimento no decorrer dos anos de 2007, 2008, 2009 e 2014 chegando a 1,46% dos casos no ano. A maior taxa foi revelada em 2007 com 5,63% dos óbitos, apesar de ser o ano com menor número de internações. O ano 2012 apresentou o maior número de internações por queimaduras, porém, mortalidade mostrou-se relativamente inferior à média do período estudado, sendo 0,65%.

Já no Brasil, no período de 2007-2015 foram evidenciadas 200.380 internações por queimaduras e corrosões, sendo que 62% (125.631) das internações foram do gênero masculino e 38% (74.749) pacientes femininos em todo o Brasil. Percebem-se um crescimento de internações em 2007, 2008, 2009, 2010, sendo respectivamente 1.564, 23.759, 25.167, 26.819 internações. Nota-se o decrescimento em 2011, 2012, 2013, 2014 e 2015, sendo respectivamente, 26.039, 25.988, 25.011, 24.321 e 21.712.

Em relação ao total de óbitos por queimaduras e corrosões no Brasil nesse período, foram verificados 5.885 casos, sendo que 3.649 eram homens e 2.236 mulheres. A média das taxas de mortalidade por queimaduras em 9 anos foi de 2,94% das internações totais por queimaduras no Brasil. A maior taxa foi revelada em 2008 com 3.11% dos óbitos. O ano 2010 apresentou o maior número de internações por queimaduras, porém, mortalidade mostrou-se relativamente inferior à média do período estudado, sendo 2.99%.

Diante dos resultados expostos, nota-se que o estado de Goiás é responsável por cerca de 12,60% do total de internações por queimaduras e 3,09% dos óbitos por essa causa, em nosso país.

Segundo Farina Jr, et al., com aumento da idade, o risco de morte cresce significativamente acompanhando o aumento da extensão das queimaduras. Segundo dados recentes do National Burn Repository-2011 da American Burn Association (Canadá, Estados Unidos e Suécia), para queimaduras entre 20% e 30% de SCQ (superfície corporal queimada), a faixa etária de 2-5 anos apresenta cerca de 1% de taxa de mortalidade, enquanto que, para a faixa de 70 a 80 anos, ocorre 35% de mortalidade. Para queimaduras mais extensas, entre 60 e 70% de SCQ, a faixa etária de 2 a 5 anos apresenta cerca de 10% de mortalidade, enquanto que a faixa de 70 a 80 anos apresenta 85% de mortalidade4.

Vários estudos desenvolvidos no Brasil, tanto em hospitais gerais quanto em centros especializados, apontam o sexo masculino como o mais frequentemente atingido. De maneira semelhante, a maioria dos casos de internação e de óbito em Goiás ocorreu com homens, logo, podemos observar que o gênero masculino é o mais exposto a este tipo de acidente tanto em Goiás quanto no Brasil. Além disso, observa-se que as internações por queimaduras no gênero masculino e feminino são semelhantes tanto no estado de Goiás quanto em todo o Brasil. O que pode-se inferir, a necessidade de um estudo descritivo afim de analisar o perfil de faixa etária mais acometido por queimaduras na população de Goiás, com intuito de vislumbrar suas especificidades e assim obter aumento na efetividade das medidas públicas preventivas em queimaduras em suas respectivas faixas etárias.

Conclusão

As queimaduras são consideradas um problema de saúde pública tanto no Brasil como no estado de Goiás, e por constituir um atentado à integridade física e psicológica, com grave envolvimento dos tecidos, órgãos e membros, indicamos a necessidade de um estudo descritivo para analisar o perfil de faixa etária mais acometido por queimaduras na população de Goiás afim de complementar o presente estudo, no intuito de vislumbrar suas especificidades e assim obter aumento na efetividade das medidas públicas preventivas em queimaduras em suas respectivas faixas etárias, pois, é sabido que a melhor formar de evitar queimaduras é a prevenção5.

Referências Bibliográficas:

- LEAO, C.E.G.; et al. Epidemiologia das queimaduras no estado de Minas Gerais. Revista Brasileira de Cirurgia Plástica.v. 26, n. 4, p. 573-577, São Paulo, 2011.

- GAWRYSZEWSKI, V.P.; et al. Atendimentos decorrentes de queimaduras em serviços públicos de emergência no Brasil. Caderno Saúde Pública. v. 28, n. 4, pg. 629-640, 2012.

- SILVA, G.M.A.; et al. Perfil epidemiológico dos pacientes atendidos no pronto-socorro de queimaduras de Goiânia em agosto de 2013. Revista Brasileira de Queimaduras. v.13, n.3, pg.173-176. Goiânia, 2014.

- FARINA Jr, J.A.; et al. Redução da mortalidade em pacientes queimados. Revista

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