Doutrina de Choque e complexo industrial militar

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No governo de Reagan e antes dele percebe-se o típico discurso americano em que eles são a nação que levará os valores democráticos e liberais ao Mundo, um povo predestinado a dominar o mundo, a disseminação do discurso do medo no contexto da Guerra Fria, nesse período os Estados Unidos executou diversas intervenções militares no globo e onde também possuí inúmeras bases espalhadas e o aumento excessivo em gastos militares, garantindo sua segurança, e a sensação de invulnerabilidade e liberdade para realizar seus interesses políticos e econômicos. Sempre com a necessidade de um novo inimigo, usando os valores de justiça, levar a ‘democracia’ aos povos, como forma de convencer a sociedade americana a apoiar os conflitos e intervenções como foi na guerra do Iraque e Afeganistão, a guerra ao terrorismo transformando os assuntos de segurança nacional numa grande indústria, com os incentivos a instabilidades dos países do Oriente Médio onde é um ponto de grande interesse, com todo esse discurso de segurança nacional, guerra ao terror, ao tráfico de drogas, a sociedade americana está cada vez mais militarizada.

Essa grande indústria de segurança, esse complexo industrial militar está cada vez mais sistemático, na geração de empregos desde o alistamento de pessoas, até os setores industriais voltados para o desenvolvimento e emprego de tecnologias no setor e alimentação dessas industrias pelo setor prímario, no congresso para a aprovação de projetos, e também nas universidades onde as instituições recebem altos investimentos para a criação e projeção de novos equipamentos e tecnologias, “os think tanks(os intelectuais e pesquisadores acadêmicos) e sua influência nos assuntos estratégicos de defesa e na política externa, podendo ser: Scholar-Statesman que ocupa altos cargos no governo, no Conselho de Segurança, no Departamento de Estado ou no Pentágono; Policy Specialists atuando nas políticas publicas e em geralmente também estão envolvidos em pesquisas acadêmicas de longo prazo; Policy Consultants são mais voltados para o atendimento de seus clientes e debates para o público em geral; Governants Experts possuem cargos burocráticas para participar dos debates políticos, a partir de uma posição de poder; Policy Interpreters, que buscam espaço nos veículos de comunicação, para dar um tom de profundidade, diversidade, equilíbrio e isenção a sua cobertura diária e os Policy Enterpreneurs, que são dedicados a criação de instituições e a fundação de think tanks”.[1][2] E também na terceirização da guerra, como por exemplo a empresa Blackwaters, que usa seus mercenários prestam serviços como força militar no Iraque após a invasão dos EUA, um dos únicos setores que dentro da filosofia de Milton Friedman que não deveriam ser privatizados.

Bibliografia:

TEIXEIRA,Tatiana. Os Think Tanks e sua influência na política externa dos EUA – a arte de pensar o impensável. Rio de Janeiro: Editora Revan, 2007, 268 páginas.

OESTRANGEIRO, ‘A doutrina do choque’. O tema do novo livro da ativista Naomi Klein. Disponível em:

www.oestrangeiro.net/política/127-adoutrina-do-choque-o-tema-do-novo-livro-da-ativista-naomi-klein Acesso em: 10 de dez. 2014

JUNIOR, Antônio Gasparetto. Ditadura no Chile. Disponível em:

www.infoescola.com/historia/ditadura-no-chile Acessado em: 10 de dez. 2014

JUNIOR, Antônio Gasparetto. Doutrina Reagan. Disponível em:

www.infoescola.com/historia/doutrina-reagan Acessado em: 10 de dez. 2014

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