AVC - ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL
Por: Lidieisa • 24/10/2018 • 8.515 Palavras (35 Páginas) • 412 Visualizações
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2. DEFINIÇÃO DA PATOLOGIA
Segundo Teixeira et al (2003) o acidente vascular cerebral (AVC) é relatado como um déficit neurológico causado por uma alteração na circulação sanguínea.
Dependendo da área afetada e sua extensão pode ocorrer problemas cognitivos e sensor motor.
De acordo com O'Sullivan; Schmitz (2004) o AVC decorre de uma restrição sanguínea ou ruptura de algum vaso sanguíneo levando a uma isquemia ou a um extravasamento de sangue na área cerebral.
Incidência e faixa etária:
Para O'Sullivan; Schmitz (2004) a chance de um homem comparado a uma mulher de sofrer AVC é 19% maior, sendo mais comum em negros do que em brancos.
A incidência relaciona-se com a idade, sendo incomum abaixo dos 50 anos, mas duplicando a cada década após 55 anos. (DELISA et al, 2002, p.1227).
Fatores de risco:
De acordo com O Salivam; Schmidt (2004) existem diversos fatores de risco 15 para as doenças cardiovasculares.
Dentre eles, alguns aumentam significativamente a chance de ocorrência de um AVC.
A aterosclerose é um fator importante para ser avaliado, pois devido ao acúmulo de gordura nas paredes das artérias formam-se as placas de ateroma e de acordo com o tamanho das mesmas poderá ocorrer diminuição ou impedimento da circulação sanguínea, seja pela redução da luz dos vasos ou por obstrução, acarretando o AVC.
Também se destaca a hipertensão arterial sistêmica (HAS) que aumenta o risco do AVC.
O risco vascular está diretamente relacionado com os níveis de pressão arterial, e o controle efetivo da hipertensão arterial tem reduzido a taxa de mortalidade e incidência do AVC.
Estudos demonstram que o decréscimo de 5 mmHg da pressão arterial sistólica reduz em até 30% a incidência de eventos isquêmicos na população com hipertensão arterial. (PRADO; RAMOS; VALLE, 2005, p.1033) O'Sullivan; Schmitz (2004) afirma que além da HAS e das doenças arteriais periféricas, diabetes, doença cardíaca coronariana, insuficiência cardíaca congestiva, problemas valvulares, endocardite, arritmias, cirurgias cardíacas e ataques isquêmicos transitórios são fatores de risco o tabagismo, a obesidade, hereditariedade, envelhecimento, sexo e raça, podendo assim aumentar as possibilidades de ocorrer um AVC.
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3. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ISQUÊMICO
O acidente vascular cerebral isquêmico (AVCI) é consequência da obstrução de uma artéria cerebral ou de algum de seus ramos que irrigam determinada área cerebral, privando essa região de nutrientes e oxigênio. (O´SULLIVAN; SCHMITZ, 2004). 16 Stokes (2000) relata que uma lesão encefálica pode por si só colocar a vida do paciente em risco, e caso ele se recupere, ficará gravemente incapacitado por paralisia dos nervos cranianos, tetraplegia espástica e perda sensorial.
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O AVC É ASSIM CLASSIFICADO:
- AVC TROMBÓTICO: No AVC trombótico, um coágulo (trombo) forma-se no interior de uma das artérias cerebrais, bloqueando o fluxo de sangue. Isto acontece geralmente no interior de uma artéria que se encontra estreitada pela aterosclerose, que consiste na acumulação de depósitos de gordura na parede dos vasos sanguíneos. Os AVCs trombóticos constituem o tipo mais comum de acidente vascular cerebral e correspondem a praticamente metade dos casos desta doença. Podem afetar artérias de grande ou de pequeno calibre no cérebro.
- AVC EMBÓLICO: No acidente vascular cerebral embólico, um coágulo de sangue ou outra massa sólida circula até ao cérebro onde bloqueia uma artéria cerebral. Em muitos casos um coágulo de sangue flutuante, denominado êmbolo, tem origem no interior do coração. Noutro tipo de acidente vascular cerebral embólico, os êmbolos são constituídos por um agregado de bactérias e de células inflamatórias. Este tipo de êmbolo pode formar-se se existir uma infecção bacteriana nas válvulas do coração (endocardite). Em alguns casos não é possível determinar o tipo de acidente vascular cerebral.
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C) AVC LACUNAR: O AVC lacunar ocorre quando uma das artérias que abastecem de sangue as estruturas do interior profundo do cérebro sofre uma oclusão. Estas artérias são pequenas e especialmente vulneráveis.
Ao contrário da maioria das artérias, cujo diâmetro se vai gradualmente reduzindo à medida que se vão bifurcando através do organismo, as artérias onde o AVC lacunar ocorre saem diretamente numa artéria principal, que funciona sob alta pressão sanguínea.
A pressão arterial elevada (hipertensão) pode desencadear um AVC LACUNAR devido à forte tensão a que as paredes arteriais são submetidas. A hipertensão pode danificar estas pequenas artérias, isto porque o seu diâmetro não se reduz gradualmente, ou seja, as paredes interiores destas artérias são submetidas a uma tensão muito elevada.
A hipertensão pode também originar aterosclerose, uma condição caracterizada pela acumulação de depósitos de gordura (placas) ao longo das paredes interiores dos vasos sanguíneos. Num quadro de aterosclerose, um coágulo pode formar-se no interior destas artérias, e bloquear o fluxo de sangue algures ao longo da artéria.
Contrariamente aos outros AVCs que atingem o córtex cerebral, os AVCs lacunares só raramente são causados por um coágulo que se forma noutra parte do corpo, como no pescoço ou no coração, e que viaja através da corrente sanguínea para o cérebro. Uma vez que um coágulo se liberte e comece a circular na corrente sanguínea passa a ser designado por êmbolo.
É difícil a um êmbolo circular através das pequenas artérias onde os AVCs lacunares ocorrem. Portanto, regra geral, o AVC lacunar reflete uma alteração local da circulação cerebral profunda.
4. ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL HEMORRÁGICO.
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O Acidente Vascular Cerebral, ou apenas AVC hemorrágico, também chamado pelos médicos pela sigla AVCH,
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