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A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

Por:   •  1/10/2018  •  2.905 Palavras (12 Páginas)  •  261 Visualizações

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Em termos psicológicos, a gestação na adolescência está associada à noção de risco na medida em que implica na vivência simultânea de dois fenômenos importantes do desenvolvimento: o ser adolescente e o ser mãe. A adolescente que engravida, além de exercer o papel de filha, passa a exercer o papel de mãe, e ressignifica, nesse processo, a sua relação com a própria mãe. (DIAS, TEIXEIRA,2010)

A adolescente e sua família passam por momentos difíceis, seja durante a gestação, seja no momento do parto ou após o nascimento da criança. Precisam enfrentar mudanças na rotina, problemas de ordem financeira e de relacionamento. Isso gera momentos de estresse e de dúvida. A adolescente tem dificuldade de realizar os cuidados necessários a criança dada a falta de pratica, assim como conciliar seu autocuidado. Esses momentos se tornam ainda mais difíceis quando recebem informações antagônicas sobre o cuidado da criança e quando não tem o apoio e a participação do pai nesse processo. (VALILA et al, 2011)

Ao se descobrir grávida, a adolescente enfrenta inúmeras dificuldades dependendo, sobretudo, de sua classe social e são estas dificuldades, aliadas ao entendimento da realidade de cada comunidade, bem como o conhecimento a respeito das mudanças e particularidades implicadas na adolescência que poderá dar aos familiares, à sociedade e aos programas e projetos políticos os subsídios necessários para a adoção de medidas mais assertivas na atenção à adolescência e à gestação na adolescência.(PARIZ, MENGARDA E FRIZZO, 2012)

Além das inquietudes e inseguranças próprias da adolescência, outras condições propiciam a gravidez nessa etapa da vida, como o contexto social no qual a jovem está inserida, baixa escolaridade, desenvolvimento puberal precoce, reduzido conhecimento e ineficiente utilização de métodos contraceptivos, além do estabelecimento de relacionamentos íntimos frágeis. Dessa forma, além de não possuírem independência financeira e ainda necessitarem dar continuidade aos estudos, sentem-se inseguras quanto aos cuidados ao filho, necessitando de apoio e orientações sobre o cuidar, o que as leva a lançar mão do suporte oferecido pela família, em especial da própria mãe. (SANTOS et al, 2015)

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PROBLEMA DE PESQUISA

A gravidez na adolescência traz conflitos para a vida da jovem e para a de seus familiares.

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OBJETIVOS

Geral

- Descrever qual a visão da adolescente diante de uma gravidez precoce.

Específicos

- Descrever a relação da jovem com a família;

- Analisar a visão da adolescente diante da gravidez.

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JUSTIFICATIVA

A gravidez precoce está se tornando cada vez mais comum na sociedade atual, pois os adolescentes estão iniciando suas vidas sexuais muito precocemente, e quando esse fato acarreta uma gravidez indesejada resulta em enormes consequências para todos os envolvidos, tanto os jovens quanto seus familiares

Geralmente devido ao despreparo dos jovens para assumir um filho, muitos acabam largando os estudos, fugindo de casa, cometendo abortos e em casos extremos deixando as crianças em situação de abandono.

Através deste projeto visa-se a compreensão do aumento do número de gravidezes precoces e com isso buscar soluções que assistam aos envolvidos. Além disso este trabalho poderá embasar novas pesquisas sobre o tema que é tão recorrente no país e no mundo.

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REFERENCIAL TEÓRICO

A maternidade adolescente é descrita como um produto de vários fatores de risco, nomeadamente, a história desenvolvimental dos pais, nível socioeconômico, redes de apoio, recursos psicológicos, idade dos progenitores a características de temperamento e desenvolvimentais do bebê (SANTOS et al, 2010).

O ato de maternar gera diversos sentimentos que são evidenciados, principalmente, quando as mães saem do ambiente hospitalar, onde, até então, permaneceram cercadas por profissionais que realizam parte dos cuidados necessários ao bebê. É após essa etapa que elas passam a assumir, com ou sem apoio, as responsabilidades sobre o cuidado de seu filho. (MERINO et al, 2013)

O fenômeno gravidez na adolescência tem chamado a atenção das autoridades dos países subdesenvolvidos e desenvolvidos. No Brasil, a pesquisa realizada pela Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde demonstra o crescimento da fecundidade entre as mulheres de 15-19 anos, em confronto com a queda significativa no grupo de 20-24 anos. Essa tendência é acentuada nas décadas de 80 e 90. A idade média da fecundidade, no Brasil, declinou de 28,9 anos para 26,3 anos 11, 12. O fato vem alertando inúmeros profissionais da área de saúde, tais como: assistentes sociais, psicólogos, médicos, enfermeiros, além dos profissionais da educação e familiares. A gravidez na adolescência procede, muitas vezes, da não utilização ou do uso inadequado de método contraceptivo. Deste modo, as ações de prevenção não devem incluir simplesmente a oferta de preservativo feminino e masculino ou dos demais métodos anticoncepcionais, mas também, garantir a troca de experiências, o relato de suas vidas e a recepção de informações que favoreçam a adoção de hábitos saudáveis de vida. (QUEIROGA et al, 2014)

A compreensão da semiótica dos processos sociais de estar grávida e de ser mãe nessa fase evidencia a importância do acompanhamento adequado de adolescentes grávidas, desde o pré-Natal até o pós-parto, por uma equipe interdisciplinar (médicos, enfermeiros, psicólogos...), de modo a oferecer cuidados congruentes na construção identitária de ser adolescente mãe ou futura mãe (RODRIGUES et al, 2016).

A adolescente que ultrapassa etapas importantes do seu desenvolvimento em função de uma gestação vive, quase sempre, uma experiência emocionalmente difícil, o que é influenciada por diferenças sociais, culturais e econômicas da adolescente que a vivencia. Esse quadro se agrava ainda mais quando a adolescente não dispõe de uma rede social de apoio estável, principalmente da família, dificultando o processo de superação da crise evolutiva vivenciada por esta. Ser mãe na adolescência é assumir novos papéis,

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