Obesidade x Atividade Fisica

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Uma forma de medir a distribuição, é a circunferência da cintura, que não apresenta uma relação com altura e fornece um método simples e prático de identificar pessoas com excesso de peso que tem risco acrescido de desenvolver problemas de saúde relacionados com a obesidade. Se a circunferência da cintura for superior a 102 cm para os homens e 88 cm para as mulheres, isto significa que tem excesso de gordura abdominal e que apresentam maior risco de problemas de saúde.

A medição da circunferência da cintura divide as pessoas em duas categorias: os indivíduos com distribuição de gordura androide e os com distribuição de gordura ginoide.

A obesidade androide é predominante no sexo masculino, é caracterizada pelo acumulo de gordura na metade superior do corpo, sobretudo no abdômen. Se assemelha a figura de uma maçã, e oferece maior risco de complicação metabólica.

Já a obesidade ginoide ocorre predominantemente no sexo feminino, e ocorre na metade inferior do corpo, particularmente na região glútea e coxas. Ela se associa a figura de uma pêra, e acarreta num menor risco de complicações metabólicas.

A figura abaixo nos mostra o exemplo de ambas as obesidades.

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Figura 1 - Obesidade Androide (maçã) e Obesidade Ginoide (pêra).

O culto ao corpo e a grande importância atribuída à imagem perfeita, faz com que a obesidade seja também a origem de situações de marginalização social, laboral e até familiar, por isso também está presente na origem de distúrbios psicológicos relacionados à depressão ou falta de autoestima.

A obesidade pode ter várias consequências como:

- Doenças cardiovasculares - hipertensão, insuficiência cardíaca, arteriosclerose,

- Doenças do metabolismo – diabetes, gota, tolerância a glicose,

- Doenças respiratórias – insuficiência respiratória, asma, fadiga, apneia, embolismo pulmonar

- Aparelho urinário e reprodutor – infertilidade, impotência, carcinoma da mama e da próstata,

- Doenças gastrointestinais,

- Dores nas costas, hérnias, enjoos e sensação de desequilíbrio,

- Discriminação e isolamento social,

- Depressão, fraca autoestima, ausência de objetivos.

- Rigidez nas articulações, entre outras.

2.1 Obesidade Infantil

A obesidade infantil já é considerada o distúrbio nutricional mais comum na infância. E ocorre quando uma criança está acima do peso para sua idade e altura.

As crianças se encontram inseridas em uma sociedade, onde a violência os aprisiona em seus próprios lares; antigamente as crianças podiam brincar nas ruas, nos parques, hoje isso é muito raro principalmente em cidade grande, onde a violência toma conta da sociedade, isso faz com elas fiquem presas dentro de casa, restando apenas jogos eletrônicos e televisão para se divertirem, o que praticamente não impulsiona qualquer gasto calórico ou trabalho cardiovascular. As redes de fast food também induzem ao consumo de alimentos nada saudáveis, o que acaba aumentando gradativamente o peso.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde, atualmente uma em cada dez crianças em todo o mundo é obesa, o que representa cerca de cento e cinquenta e cinco milhões de pessoas.

Sedo assim a obesidade é um problema que tem aumentado em todo o mundo, e atinge cada vez mais as crianças, que por sua vez não possuem maturidade suficiente para perceber as graves consequências que uma alimentação desregrada pode trazer a sua saúde física e mental.

A obesidade infantil é uma condição em que o excesso de gordura corporal afeta negativamente a saúde ou bem-estar da criança. É caracterizada pelo excesso de peso entre bebes e crianças de até 12 anos de idade. A criança é considerada obesa quando seu peso corporal ultrapassa em 15% o peso médio correspondente a sua idade.

Nota-se que o consumo alimentar exagerado está presente nas crianças desde muito cedo. Quando o alimento é oferecido de forma indiscriminada, a exemplo de pais ansiosos ou super protetores que não conseguem reconhecer as necessidades do bebe e, ao mínimo sinal de alerta, oferecem algum alimento; com isso a criança passa a associar qualquer sinal de mal-estar com fome. Dessa forma, as crianças passam a descontar suas angustias, medos e frustações na comida.

Para a criança a família é a primeira influencia no desenvolvimento de hábitos alimentares, elas aprendem e imitam os adultos em seus ambientes familiares. Com isso se os pais se alimentam mal, essa criança com certeza vai crescer se alimentando incorretamente.

Quando o pai e a mãe são obesos, há cerca de 80% de chance de seus filhos também o serem. Se apenas um deles for obeso, ou o pai ou a mãe, essa chance é reduzida a algo em torno de 50%. E se não houver obesidade entre os pais, provavelmente não haverá mais do que 10% de probabilidade de os filhos serem obesos. (Gorgatti e Costa, 2008, p.478)

O que nos leva a concluir que filhos de pais obesos sofrem mais com esse problema, muito provavelmente pela aquisição de hábitos alimentares errados e falta de exercício físico.

O impacto que as doenças e complicações da obesidade causa na vida de uma criança interfere diretamente na autoestima e pode gerar distúrbios psicológicos, depressão, isolamento, ausência de convívio social, agravos da dependência de álcool ou drogas a medida que se desenvolve. (Mendonça, 2014, p.72)

Além de todos os problemas que a obesidade infantil pode causar, essas crianças estão mais sujeitas a ataques de bullying e outros tipos de discriminação. O que poderá provocar consequências diretas na sua autoestima e a quebra no seu rendimento escolar, além de transtornos como bulimia e anorexia. Se não receberem apoio especializado poderão sofrer ainda de depressão ou outras doenças do foro psicológico quando atingirem a idade adulta.

2.2 Fatores que desenvolvem a obesidade

Segundo Busse (2004, p.18), “Vários fatores podem contribuir para sua origem, desde uma tendência natural para o excesso de peso, facilitada ou dificultada pelos aspectos culturais e comportamentais dos indivíduos,