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BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA PARA O APARELHO LOCOMOTOR PASSIVO

Por:   •  29/1/2018  •  3.889 Palavras (16 Páginas)  •  459 Visualizações

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A osteoporose é um problema clínico e social, pois pode dificultar o desenvolvimento das atividades cotidianas, influenciando o bem-estar e a qualidade de vida relacionada à saúde (ARANHA, 2006). A prática regular de atividade física possibilita a manutenção ou até mesmo a melhora do estado de saúde física e psíquica de indivíduos de qualquer idade, inclusive de pacientes com osteoporose (REBELATTO, 2006). Além de promover a manutenção óssea, o exercício proporciona outros benefícios, como: preservar e melhorar a força muscular; aliviar as dores e manter a flexibilidade; evitar maiores deformidades e desvios posturais; melhorar o condicionamento físico; melhorar o equilíbrio e a marcha; e manter as atividades de vida diária (TEIXEIRA, 2008). Vale ressaltar que, nem todos os 3 exercícios físicos conseguem atingir com excelência e segurança os benefícios citados anteriormente.

Segundo Sousa e Pinto (2012), diversos tratamentos têm sido utilizados objetivando aumento/manutenção da densidade mineral óssea. Entre eles estão à terapia de reposição hormonal, o uso de compostos bifosfonatos, controle nutricional e a atividade física.

Em 1998, o ACSM (American College of Sports Medicine) publicou sua posição oficial sobre treinamento com exercícios para a terceira idade. As principais colocações nessa publicação são:

- A participação em um programa regular de exercícios é uma intervenção efetiva para reduzir e prevenir diversos tipos de declínio funcional associados ao processo de envelhecimento. Indivíduos idosos (inclusive octogenários e nonagenários) adaptam-se e respondem tanto ao treinamento de resistência como ao de força.

- O treinamento de força ajuda a diminuir a perda na massa muscular e na força, tipicamente associada ao processo de envelhecimento normal, e aumenta os níveis de atividade física espontânea.

- O treinamento regular também melhora a saúde óssea, reduzindo o risco da osteoporose.

- A estabilidade postural fica melhorada com a prática regular de exercícios, reduzindo o risco de quedas, lesões e fraturas correlatas.

- O exercício também melhora a flexibilidade e a amplitude de movimentos das articulações em indivíduos idosos.

- Algumas evidências sugerem que o treinamento com exercício proporciona benefícios psicológicos, incluindo preservação da função cognitiva, minimização da depressão e melhora da autoeficiência.

Em indivíduos mais idosos, a debilidade muscular pode comprometer atividades comuns do dia a dia, resultando em dependência da ajuda de outras pessoas. Do mesmo modo, a redução da força nas pernas pode aumentar o risco de lesões por quedas. Percebemos então que, a capacidade dos idosos de permanecer funcionalmente independentes parece subordinar-se menos ao condicionamento cardiorrespiratório do que ao condicionamento muscular, fazendo com que a manutenção da força ao longo da vida fique ligada a uma probabilidade menor de ocorrer limitações funcionais (NIEMAN, 2011). Tomamos como exemplo, um estudo realizado durante cinco anos no Cooper Institute for Aerobics Research (Instituto Cooper de Pesquisa Aeróbia), homens e mulheres com muita força tiveram menor prevalência de limitações funcionais do que indivíduos com pouca força (BRILL, 2000). Os resultados obtidos no estudo somam a favor da posição oficial do ACSM (1998), citados acima, que incentivam todos os adultos a melhorar tanto o condicionamento aeróbio quanto o muscular.

Existem evidências e estudos suficientes que comprovam a melhora de força e volume muscular através de um treinamento de musculação regular. Muitos estudos demonstraram que os idosos respondem ao treinamento progressivo de musculação com melhoras relativas na força e no volume muscular, que se comparam favoravelmente com as respostas observadas em adultos mais jovens (MAZZEO, 1998; VANDERVOOT, 2001, NAIR, 2005).

No geral, os estudos sobre treinamento de musculação envolvendo indivíduos idosos (MAZZEO, 1998; VANDERVOOT, 2001) mostram os seguintes achados:

Esse tipo de treinamento combate a sarcopenia, porque promove aumentos substanciais no vigor, na massa e na potencia dos músculos esqueléticos dos idosos; Melhora a ativação neural em músculos treinados; Ajuda a reduzir alguns fatores de risco de doença, em particular, a pressão arterial elevada e a resistência à insulina; Acumula massa livre de gordura e, dessa forma, aumenta ligeiramente a taxa metabólica em repouso; Ajuda a reduzir tanto a gordura total como a gordura intra-abdominal; Reduz os fatores de risco para quedas; Aumento da densidade mineral óssea.

A perda de massa óssea é uma consequência inevitável do processo de envelhecimento (POLITO, 2010). Entretanto, no indivíduo com osteoporose, a perda é tão importante que a massa óssea cai abaixo do limiar para fraturas, principalmente em determinados locais, como quadril, vértebras e antebraço.

Uma significativa redução de massa óssea pode ocorrer especialmente em mulheres após a menopausa. Além da menopausa, existem outros fatores de risco para ocorrer à osteoporose, como, influência genética, tabagismo, utilização elevada de cafeína, dieta inadequada de cálcio e sedentarismo. O controle dos fatores de 9 risco é a principal estratégia para evitar os problemas decorrentes da osteoporose. Nesse aspecto, a prática regular de exercícios físicos é uma das principais providências sugeridas (POLITO, 2010).

Segundo Nieman (2011), o único modo eficaz de determinar a densidade óssea e o risco de fratura para osteoporose é obter uma medição da massa óssea (também chamada teste de densidade mineral óssea, ou teste de DMO). O teste mede a densidade óssea na coluna vertebral, no quadril e/ou no punho, os locais mais comuns de fraturas causadas por osteoporose. A absorciometria de raios x de dupla energia (Dexa) é o método de uso comum para determinação da DMO.

Para Sousa e Pinto (2012), destacam-se, em relação à atividade física, os exercícios que desencadeiam contrações musculares contra alguma forma de resistência externa, comumente denominados de: treinamento resistido, de força, ou com pesos, exercícios resistidos ou contra resistência. Esses exercícios quando praticados regularmente, são capazes de estimular o organismo a aumentar/manter a DMO, diminuindo os fatores de risco relacionados à osteoporose.

Tipos de Treinamento

Sousa e Pinto (2012) descrevem dois tipos de Treinamento Resistido, o TR seriado e

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