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OS BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FÍSICA NA TERCEIRA IDADE

Por:   •  12/7/2018  •  2.451 Palavras (10 Páginas)  •  340 Visualizações

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DESENVOLVIMENTO

É notório que nas últimas décadas vem-se observando uma grande mudança na pirâmide de crescimento populacional dos países desenvolvidos, com um aumento exponencial da população idosa, contudo, isso não é só uma realidade nesses países. Países em desenvolvimento também apresentam esse fenômeno, porém a falta de estrutura não permite tratamento adequado para esse grupo. E problemática nesse quesito está justamente nessa falta de estrutura, pois boas partes dos indivíduos que englobam o grupo da terceira idade estão sujeitos doenças crônicas e incapacitantes, que levam a maior número de internações. Essa população idosa está crescendo no mundo em tal proporção importante, que o que parecia ser uma tendência apenas de países desenvolvidos também está ocorrendo nas nações menos desenvolvidas. O aumento na expectativa de vida denota uma vitória sobre a mortalidade e está diretamente associada à melhoria no acesso da população aos serviços de saúde e, como consequência, uma maior adesão às campanhas nacionais de vacinação.

Outros fatores que contribuem para um aumento na expectativa de vida são: maior nível de escolaridade da população, maiores investimentos na infraestrutura de saneamento básico e na percepção dos indivíduos com relação às enfermidades, além dos avanços tecnológicos da Medicina (BRASIL, 2010 apud BUCIOLI, 2015).

Estudos demográficos demonstram que em 2025 o Brasil se enquadrará como a sexta maior população de idosos do mundo e que consequentemente implicara um custo maior para um país com péssima distribuição de renda, em transição em sua economia e que apresenta um sistema de saúde inoperante. Associado a isso, temos os efeitos do desenvolvimento industrial, que permitiu o surgimento dos grandes centros urbanos, que trouxe como consequência profundas modificações na sociedade. Os indivíduos tornaram- se mais competitivos ansiosos e preocupados com a sobrevivência. O tempo tornou-se escasso para a prática de atividades físicas associadas a mudanças dos hábitos como alimentação inadequada, obesidade e tabagismo, que são determinantes importantes para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, que podem levar a incapacidade prematura e a dependência de terceiros. Neste cenário, a atividade física vem como uma interessante ferramenta que fornecer as pessoas idosas uma oportunidade de manter a sua saúde física e mental, bem como para assegurar sua independência. Em ordem para alcançar este objetivo, um programa de exercícios deve ser realizado com segurança, geralmente precedido por um teste de esforço e um protocolo personalizado. Benefícios relativos à aptidão física e psicológica são evidentes, proporcionando uma melhor integração social destes indivíduos, podendo prevenir, retardar ou até minimizar a dependência que os idosos necessitam conforme a debilidade que alguns apresentam devido ao acometimento de algumas patologias referentes ao envelhecimento. Segundo Farinatti (2008), envelhecer é uma expressão imprecisa que referencia um estado de percepção difícil, pois deixa-nos o questionamento da idade em que uma pessoa passa a ser considerada idosa – a partir de 50, 60, 65 ou 70 anos? O autor afirma que a velhice não é um fenômeno estatístico e que na, análise da literatura, não existe uma unanimidade que explique o processo de envelhecimento. Assim, envelhecer ultrapassa as barreiras cronológicas. Dessa forma, também não nos prenderemos a conceitos ou teorias sobre a idade cronológica em que tem início a Terceira Idade, mas em dados gerais sobre o crescimento deste público e o envelhecimento global populacional, assim como as projeções percentuais da representatividade destes nas próximas décadas.

É importante lembra que o processo de envelhecimento pode seguir duas vertentes importantes para que possamos elaborar estratégias mais adequadas para cada grupo. Um dos processos é conhecido como senescência e o outro como senilidade. A senescência é um processo de envelhecimento natural, saudável, com autonomia e independência, em que os idosos mantêm preservada sua capacidade de realizar sua higiene, de se alimentar, se vestir, se locomover e se relacionar socialmente de maneira integral, sem comprometimentos patológicos, com resistência a doenças e manutenção da lucidez. Já o envelhecimento senil ou senilidade, é o processo de envelhecimento em que o idoso apresenta diversos comprometimentos biológicos, psicológicos e sociais. Diante disso é importante ressaltar que:

[...] associado a doenças crônicas como hipertensão, diabetes e comprometimento de órgãos e sistemas. Também conhecida como demência senil, traz limitações e dependência, caracterizadas pela incapacidade de relacionamento social, de locomoção, de realizar a auto higiene, além de deficiência de orientação, memorização e entendimento. (MOREIRA, 2001 apud BUCIOLI, 2015).

Neste sentido é necessário que façamos algumas considerações importantes a respeito do assunto em questão para podermos ter subsídios suficientes e para que possamos trabalhar de forma segura e com todas as informações necessárias para um melhor aproveitamento do nosso trabalho como agentes de saúde. Neste sentido, começaremos definindo e classificando os idosos dentro de suas especificidades.

DEFINIÇÕES DE IDADE E CLASSIFICAÇÃO DOS IDOSOS

São considerados idosos aqueles indivíduos que tem idade acima dos 65 anos. Porém, segundo publicação da OMS (Organização Mundial de Saúde) de 1984, essa idade foi diminuída em alguns anos em certos países do Leste Europeu e determinados países em desenvolvimento. Assim, desde a década de 1990, a Organização Mundial da Saúde vem apresentando dados que demonstram um aumento significativo da população acima de 60 anos (idade cronológica adotada pela OMS para iniciar a Terceira Idade). Em 2002, dados já apontavam que até o ano de 2025 existiriam mais de 800 milhões de pessoas na Terceira Idade e que até 2050, em todo o mundo, o número de idosos superaria o de jovens (OMS, 2005). Isso é justificado pela quantidade de pessoas que conseguem atingir faixas etárias mais elevadas nessas regiões e pelas próprias características anatômicas e fisiológicas desses grupos, ligadas intimamente aos fatores sociais, econômicos e culturais. No tocante a classificação são várias as definições utilizadas para definir esse grupo etário. Algumas definições são utilizadas apenas o fator idade cronológica conhecida como conceito cronológico ou calendário e outras a idade fisiológica conhecida também como conceito fisiológico ou funcional. Contudo, ainda existem

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