Condicionamento físico de jogadores de voleibol recreativo
Por: Sara • 12/11/2018 • 3.367 Palavras (14 Páginas) • 314 Visualizações
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O padrão de crescimento e comportamento motor humano se modifica no decorrer da vida. E temos que a grande quantidade de influência que os afeta constitui basicamente diferentes teorias científicas, sustentando a evolução de estudos que se caracterizam pelas técnicas de pesquisa e pelos meios utilizados na obtenção de dados, que são elaborados e discutidos, como forma de elucidar os diferentes vieses que perfazem a existência do homem e sua evolução física, orgânica, cognitiva e psicológica. Os conceitos, ilustrações e teorias adicionam ao contexto, a estrutura necessária para que tais estudos possam legitimar-se e oferecer fundamentos fidedignos sobre as hipóteses que pretendem estabelecer e discutir, sendo importante lembrar que o caráter estatístico de nível normal de referência dos testes não engloba o mesmo valor para todas as populações, tendo em conta os aspectos afetivos e sociais (ROSA NETO, 1996).
Para que tenhamos estas informações deve-se lançar mão de meios auxiliares que seria a utilização de testes. É importante destacar que para esta avaliação não são utilizados somente um único teste e sim um conjunto de testes, a fim de examinarmos o ser humano em todas as dimensões do seu desenvolvimento (ROSA NETO, 1996).
A observação do comportamento humano feito através de testes já se constitui prática antiga. Através de estudos realizados por autores clássicos, testes padronizados, que embora antigos, são frequentemente revisados, destacando-se na avaliação física, afetiva, cognitiva e motora dos seres humanos (ROSA NETO, 1996).
O condicionamento físico é correlacionado com a saúde, dentre esses podendo ser citados como componentes da aptidão física a capacidade cardiorrespiratória, a força muscular e a flexibilidade, sendo o objetivo de qualquer programa de condicionamento, a manutenção em níveis adequados a aptidão física, que é definida por vários estudiosos, como capacidade para o movimento (MONTEIRO, 1996).
E no caso do Voleibol, um dos esportes mais populares atualmente do Brasil, é um esporte que conta como vantagens, a melhora do condicionamento físico e a coordenação motora, além de trabalhar agilidade e senso de equipe, exigindo em suas práticas, capacidade cardiorrespiratória, força e flexibilidade que possibilitem os movimentos para a execução de saques e cortadas, recepção e levantamento de bola; resistência geral para a realização repetitiva de movimentos de curta duração em alta intensidade.
A aptidão cardiorrespiratória, afeta ao sistema cardiovascular respiratório, delimita a resistência geral (FREY, 1977 apud WEINECK, 1999)
Segundo Barbanti (1979), tanto na prática de esporte como na atividade física, a força motora se manifesta no aparelho locomotor, dependendo do sistema nervoso que o dirige, do sistema ósseo que o sustenta e dos sistemas cardiovascular e respiratório, que transportam os nutrientes necessários para o desenvolvimento de suas tarefas.
A definição clássica de flexibilidade, segundo Weineck (1986), é de que é a capacidade e a qualidade que o indivíduo tem de executar movimentos de grande amplitude angular por si mesmo ou sob a influência de forças externas.
Portanto, acredita-se que a prática do Voleibol seja eficaz no aprimoramento do condicionamento dos três componentes da aptidão física considerados, fundamentais na execução dos seus fundamentos técnicos, como os mais importantes no processo de aquisição e manutenção da saúde orgânica (op.cit.), levando-se em conta as considerações que se seguem.
A aptidão cardiorrespiratória em níveis adequados favorece maior eficiência nas atividades do cotidiano e a recuperação mais rápida após a realização de esforços físicos intensos, uma maior capacidade de trabalho e aproveitamento das horas de lazer com redução do risco de doenças (DE VRIES, 1980 apud MONTEIRO, 1996), já que aprimora a capacidade dos músculos em utilizar o oxigênio e, neste trabalho, esse condicionamento será indicado pelo resultado do teste dos 9 minutos, levando-se em conta que a função aeróbia inclui a capacidade de resistência geral considerada como a capacidade de realizar esforços de baixa ou média intensidade por períodos mais ou menos longos de tempo utilizando grandes massas musculares (BRASIL, s/d).
Quanto à força muscular é reconhecido que níveis adequados de força tornam as pessoas capazes de desenvolver tarefas com menor esgotamento fisiológico, o que pode servir como fator preventivo em vários tipos de doenças neuromusculares e musculoesqueléticas (ACSM, 1991 apud MONTEIRO, 1996), fora o fato de que quanto maior a força máxima que um músculo é capaz de exercer, menor será o estresse relativo imposto pelas atividades diárias, uma vez que o mesmo passará a trabalhar a uma porcentagem menor da força máxima, sendo feito no voleibol o treinamento da força através de trabalho dinâmico, o que favorece o ganho de força em variada angulação de movimento.
Com o condicionamento da flexibilidade, músculos, tendões, ligamento e tecidos conectivos tendem a melhorar sua propriedade de elasticidade, sugerindo uma melhor eficiência do aparelho locomotor (menor gasto energético), com menor suscetibilidade a lesões quando da submissão a esforços intensos e menor incidência de problemas ósteo-mio-articulares (CORBIB & NOBLE, 1980 apud MONTEIRO, 1996).
O condicionamento físico sendo alcançado pela manutenção de aptidões físicas que podem ser percebidas a partir da seguinte caracterização: qualidades morfológicas e de composição corporal, capacidades funcionais e intervenientes culturais (CENESP, 2005).
As qualidades morfológicas e de composição corporal se referem às medidas do corpo e são informações referentes às dimensões representadas pela massa (peso corporal), estatura, envergadura e índice de massa corporal (IMC). (CENESP, 2005).
Com relação a esses aspectos:
- crescimento físico: estatura (cm), peso (kg) e Índice de Massa Corporal (IMC);
- adiposidade: estimada através da soma de sete dobras cutâneas (triciptal, subescapular, suprailíaca, abdominal, peitoral, coxa e perna) em mm;
a opção foi não avaliá-los, tendo em vista que, a princípio, não levam a alterações significativas dos demais aspectos a serem estudados.
As capacidades funcionais, por sua vez, podem ser subdivididas em duas subcategorias: orgânicas e motoras.
As capacidades
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