O Condicionamento ou Motivação

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O reforço pode deve ocorrer próximo à emissão do comportamento: o passar do tempo enfraquece a associação entre eles e o estímulo, ainda que existam explicações “racionais” para a demora.

Deve ficar perceptível para o indivíduo a vinculação entre estímulo e comportamento, em particular se vários estímulos e comportamentos ocorrerem simultaneamente.

4.4.4 Condicionamento operante por reforço negativo

Nesse método, aumenta-se a freqüência de um comportamento pela retirada de um evento desagradável (aversivo) logo após sua emissão. Por exemplo, o indivíduo compra ou obtém comida (comportamento) para terminar com a fome (evento aversivo). Assim, a pessoa condiciona-se a procurar alimento ao sentir fome.

Duas situações apresentam particular interesse:

- A fuga, em que o indivíduo emite um comportamento por meio do qual elimina o estímulo aversivo presente;

- E a evitação, em que o comportamento impede a ocorrência de estímulo aversivo, real ou imaginário, não presente.

4.4.5 Punição

Na punição, apresenta-se um estímulo aversivo ou retira-se um positivo após o comportamento, para diminuir sua ocorrência(Lundin, 1977:308)

O uso da punição, em geral cercado de componentes culturais, tem sido e continua extenso e intenso em todos os tipos de Organização.

Conduzem a sua adoção, tais como:

- Pouca disposição para correr determinados riscos;

- Urgência na obtenção de resultados para efeito-demonstração; etc.

Toda punição desagrada. Praticada, transforma-se em figura na percepção dos punidos.

4.5 Motivação

Motivação, explica Vergara (1999:42), “é uma força, uma energia, que nos impulsiona na direção de alguma coisa” (...) que “nasce de nossas necessidades interiores”.

Quando ela acontece, as pessoas tornam-se mais produtivas, atuam com maior satisfação e produzem efeitos multiplicadores.

Despertá-la, mantê-la e canalizá-la para os objetivos da Organização tem sido preocupação constante dos Administradores.

4.5.1 Motivação pela deficiência

Essa linha teórica admite que o homem mova-se para completar o que lhe falta.

A Teoria de Herzberg dividiu os fatores que afetam o comportamento do indivíduo em dois grupos: os higiênicos e os motivacionais.

- Os fatores higiênicos, extrínsecos ao indivíduo, compreendem salário, benefícios recebidos, segurança no cargo, relações interpessoais no trabalho.

- Os fatores motivacionais, intrínsecos ao profissional, representados por reconhecimentos, status, responsabilidade, oportunidade de crescimento, riqueza do trabalho e desafios.

4.5.2 Modelos de enriquecimento técnico e social

Incluem fatores ligados às tarefas a ao ambiente social. Além das necessidades (conscientes ou não) de cada indivíduo, outros elementos contribuem para nele despertar a motivação.

Enriquecimento de tarefa de acordo com Hackman e Oldham (Wagner III e Hollenbeck, 1999:161 e 85:70), o indivíduo motiva-se para o trabalho quando cinco fatores concorrem, e conduzindo a estados psicológicos desejáveis e favoráveis a que isso aconteça:

- O desempenho no cargo;

- O resultado final da atividade;

- O produto final;

- Grau de liberdade para decidir sobre programação e procedimentos;

- Feedback – avaliação sobre sua eficácia na realização da atividade;

Conclui-se que os Administradores, à medida que não estimulam o desenvolvimento da perícia entre inúmeras funções de suas estruturas técnicas e administrativas, comprometem a criatividade.

4.5.3 A questão da expectativa

A teoria sustenta que o indivíduo motiva-se mais facilmente quando acredita na recompensa decorrente do esforço.

Existe, portanto, uma combinação entre percepção e conteúdo relacionados com suas experiências anteriores.

Skinner considera que a expectativa não seria uma causa de comportamento, porque ela mesma resultaria de um estímulo ou um conjunto deles.

A teoria da expectativa tem a ver com a fixação de objetivos e metas para o trabalho.

4.5.4 A percepção de justiça

A percepção de justiça é a crença de que seus esforços para produzir o comportamento necessário (ou ir além dele) receberão justa recompensa.

Trata-se de questão complexa, dada a subjetividade que cerca conceitos como justo e valor da ação.

O modelo sugere ao administrador que a promoção de justiça requer a conjugação de sensibilidade, atenção a detalhes, postura ética e cuidados técnicos.

4.6 Perspectiva cognitivo-social do comportamento

Propõe uma teoria cognitivo-social da aprendizagem por observação, compreendendo quatro processos.

- Atenção a um modelo;

- Utilização de habilidade cognitivas para organizar e lembrar do modelo comportamental;

- Habilidade em colocar em prática o que se observa;

- Decisão quanto a repetir ou não o comportamento observado.

De acordo com Bandura, as pessoas nada aprenderão se não perceberem os detalhes significativos do comportamento do modelo.

A importância do modelo estende-se aos conteúdos emocionais das respostas. O pensamento de Bandura não é mecanicista. Ele considera que “as conseqüências comportamentais