Estradas e Seus Condicionamentos Geológicos
Por: SonSolimar • 6/12/2017 • 5.570 Palavras (23 Páginas) • 387 Visualizações
...
REFERÊNCIAS
ANEXOS
---------------------------------------------------------------
1 INTRODUÇÃO
Digite o texto aqui...
---------------------------------------------------------------
2 GEOTÉCNICA APLICADA A ESTRADAS
A área de transportes, sempre foi uma área que chamou muito a atenção dentro da engenharia, porem nem sempre os engenheiros estão aplicando e/ou utilizando o conhecimento geológico dentro da construção dessas obras, sendo que esse tipo de conhecimento e o conhecimento geotécnico são extremamente necessários dentro da construção de estradas.
Usar o conhecimento geológico tanto como geotécnico, permite determinar os melhores e mais seguros locais para a construção de edifícios e outras infraestruturas civis, tornando-se conhecimentos estruturantes da sociedade e estão na base do Ordenamento do Território.
Dentro desse contexto, trabalhar com estradas requer um levantamento geológico, que constitui o elo inicial no encadeamento de etapas de um programa ideal de exploração mineral, de estudo do solo, de melhores ações a serem realizadas de forma que atenda as necessidades da sociedade e é claro de forma que possam ser detalhadas as etapas de cada tipo de obra.
2.1 CONDICIONANTES GEOMORFOLÓGICOS DAS ESTRADAS
Os impactos ambientais causados pela construção de estradas podem ser consideráveis, levando-se em conta que se exige muito de movimentações de terra para aterros, cortes e afins e ainda pela modificação da topografia local da obra. Usando a geologia, podemos dizer que as estradas podem ser construídas junto aos divisores de águas, na meia encosta e nas planícies aluviais.
Estradas feitas junto aos divisores de águas possuem a melhor situação para sua conservação, pois tem sua base soerguida, de preferência acima do nível geral do terreno. O escoamento superficial é mínimo, e existe uma grande dificuldade em existir erosão, o terreno seca rapidamente após as chuvas, não há necessidade de construção de pontes e bueiros, as declividades são menores. Geralmente são construídas sobre o caminho natural do divisor de águas.
Estradas que localizam-se sobre a meia encosta geralmente passam pelas maiores dificuldades e tem mais problemas durante sua construção. Exigem a construção de muitos bueiros, cortes e aterros, desvio de águas que provem de um dos lados, pois com qualquer anomalia no clima ou no terreno, facilmente a água toma o próprio leito da estrada para escoar, além de erosões que frequentemente são mais intensas. Há também a necessidade de estabilização dos taludes tanto nos cortes como nos aterros.
Nas estradas feitas em planícies aluviais, existe a necessidade da construção de pontes para o escoamento da água, assim como uma base soerguida em relação ao nível das inundações.
[pic 4]
Figura 1 - Estrada em planície aluvial
---------------------------------------------------------------
3 TALUDES EM CORTES DE ESTRADAS
Primeiro vamos usar a definição de talude para que possamos entender melhor o funcionamento e a funcionalidade dos taludes na construção de estradas. Entendemos talude qualquer superfície inclinada que limita um maciço de terra, de rocha ou de terra e rocha. Podem ser naturais, casos das encostas, ou artificiais, como os taludes de cortes e aterros. Os taludes projetados em estradas são projetados e calculados através da observação do comportamento de outros taludes que já foram construídos, e são estimados através disso.
Vários autores comparam o comportamento dos taludes pelo comportamento de resíduos materiais provenientes de outros taludes, e essas comparações são colocadas em um estereograma chamado Estereograma de Schimidt-Lambert, facilitando assim o calculo entre os planos considerados dentro da obra.
Através da comparação de taludes, podemos observar vários fenômenos provenientes da inclinação como deslizamentos, escorregamentos de terra, rastejo nas encostas circundantes, desprendimento de blocos. Desconformidades contínuas presentes em taludes em rochas também são motivos para anomalias e fenômenos não esperados em taludes, e em alguns casos extremos onde a altitude do talude é muito elevada, casos de desmoronamentos também ocorrem.
[pic 5]
Figura 2 - Deslizamento de Terra no Mato Grosso
[pic 6]
Figura 3 - Desprendimento de Rochas
Em taludes de rochas sedimentares a queda de detritos são constatadas, também temos queda, tombamento e escorregamentos planares comuns em taludes de rochas vulcânicas, devido a presença de descontinuidades relacionadas a disjunções verticais e horizontais. Em alguns casos como em taludes de folhelhos, observamos o desprendimento de lascas pequenas de rochas, que se soltam e são acumulados na base do talude fazendo com que o sistema de escoamento e drenagem seja obstruído modificando assim o a geometria original do talude.
Usando a conclusão de estudos de muitos autores, podemos considerar que a degradação dos taludes em rochas que possuem mais fissuras provenientes da abertura do corte é maior e mais frequente em rochas de argilosas e esse processo de desagregação da rocha se da pela ação de fatores intrínsecos e fatores extrínsecos. Fato é que deve-se haver um maior cuidado na manutenção do teor de umidade dos tipos de rochas que compõe o talude, que é um dos principais fatores de desagregação do solo nos taludes.
---------------------------------------------------------------
4 MECANISMOS DE ESTABILIZAÇÃO DE TALUDES
Primeiramente, para sabermos os mecanismos de estabilização de taludes precisamos saber o que é um talude, quais são os seus tipos e formas e como ocorre sua desestabilização, para assim entendermos como funcionam seus mecanismos.:
Segundo Antônio Olinto (2001), talude é inclinação, declive que se dá à superfície de uma obra, escarpa, rampa.
[pic 7]
...