Trabalho de Quimíca Organica, compostos da vida
Por: Evandro.2016 • 17/12/2018 • 3.038 Palavras (13 Páginas) • 295 Visualizações
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2. SAIS MINERAIS
São substâncias inorgânicas (ou seja, mais simples que as orgânicas), que são considerados nutrientes com diversas funções. Podem ser encontrados em forma de íons (dissolvidos em água) ou em estruturas esqueléticas, considerados pouco solúveis em água e imobilizados por estarem em um meio de sustentação.
Como os seres vivos não possuem a capacidade de produzi-los, os retiram de nutrientes de fontes alimentares de origem animal ou vegetal.
Não são capazes de fornecer energia como os lipídeos, porém são importantes na formação de ossos e dentes, condução do impulso nervoso, coagulação, equilíbrio metabólico, transferência de substâncias pelas membranas, e no processo de respiração celular. Todos esses fatores são importantes para a manutenção da homeostase dos seres vivos, já que os sais minerais estão diretamente ligados ao metabolismo, sendo fatal a ausência dos mesmos.
Os dois sais minerais indispensáveis para o corpo humano que devem sempre estar em perfeito equilíbrio são o sódio e o potássio, pois os dois fazem parte da Bomba de Sódio/ Potássio, que mantém a distribuição iônica no meio intracelular e extracelular, gerando d.d.p (diferença de potencial elétrico), garantindo a excitabilidade da célula, que é capacidade de responder à estímulos, ou seja, vida.
Além disso, o sódio forma o sal de cozinha e participa da absorção de aminoácidos, glicose e água, e o potássio contribui para o metabolismo, regulação da quantidade de água no organismo, produção de proteínas e glicogênio, excitabilidade neuromuscular, e controle da pressão sanguínea.
Como já dito antes, não são encontrados sais mineiras nas células em meio aquoso, mas sim íons inorgânicos. Alguns desses íons são encontrados em todos os seres vivos, como:
- Cátions: sódio, potássio, magnésio, cálcio, ferro, manganês, cobalto, cobre, zinco.
- Ânions: cloreto, bicarbonato, fosfato, sulfato, nitrato.
Com isso, algumas ações são exercidas devido as especificidades de alguns íons:
- Cálcio: é responsável pincipalmente pela formação dos ossos (por isso é encontrado principalmente no esqueleto); também é um componente indispensável na membrana plasmática, pois estabelece sua permeabilidade seletiva. Além disso, o cálcio é importante para a contração muscular, liberação de hormônios, coagulação do sangue.
- Ferro: está associado no transporte de oxigênio para as células. Está presente nas hemácias formadas pelas moléculas de hemoglobina, que contém o ferro. As alterações na presença ou na deficiência desse ferro pode causar algumas doenças como anemia ou anemia falciforme.
- Magnésio: seus íons apresentam papéis de grande importância na atividade de muitas coenzimas (além de reações que dependem da ATP). Também é encontrado na molécula de clorofila, que é característica como um pigmento fotossintetizante dos vegetais.
- Fosfato: responsável pelo armazenamento de energia por meio de ligações de fosfato na forma de ADP (adenosina difosfato) ou ATP ( trifosfato de adenosina), ou outro nucleotídeo difosfato ou trifosfato presente no tecido muscular.
- Iodo: faz parte dos hormônios tireóideos, ou seja, da estrutura dos hormônios (tiroxinas) que são secretados pela tireoide dos vertebrados.
3. PROTEÍNAS
Para tratar o conceito de proteína, deve se compreender que são macromoléculas biológicas constituídas e formadas por uma ou mais cadeias de aminoácidos; ela é um polímero de aminoácidos que pode atuar como enzimas, catalisando reações químicas e transportando pequenas moléculas ou íons. Apresentam características motoras que ajudam no movimento em células e tecidos e ainda participam na regulação gênica, atuando na ativação ou na inibição, tornando-se assim presentes no sistema imunológico, sendo que todas as funções celulares necessitam de proteínas para intermediá-las e por conta disso, cada uma tem sua especificidade devido a suas características de estrutura e forma.
A proteína pode ser considerada um grande polipeptídio, ou seja, resíduos de aminoácidos ligados entre si (covalentemente), isso é denominado de ligação peptídica (união entre o grupo carboxila de um aminoácido com o grupo amina de um outro aminoácido, que libera água). Cada proteína apresenta uma sequência de aminoácidos especifica que é determinada pelo gene, tendo uma variação característica distinta de uma célula para outra.
Diante tamanha informação, adota-se que as proteínas podem ser classificadas em dois grandes grupos:
- Globulares: formam estruturas com formato esferoide, tais como enzimas e anticorpos.
- Fibrosas: organizam-se em forma estrutural de fibras ou lâminas, e as cadeias de aminoácidos ficam dispostas paralelamente. Diferente das globulares, tem característica de serem pouco solúveis em água.
Além dessas classificações, também há a classificação de proteínas como simples, conjugadas e derivadas.
- Simples: apresentam apenas aminoácidos.
- Conjugadas: além de apresentarem aminoácidos, apresentam um radical de origem não peptídica, denominado de grupo prostético.
- Derivadas: são apenas encontradas através de processos de degradação de proteínas simples ou conjugadas.
Em base a seus níveis de organização, há também classificações de primárias, secundárias, terciárias e quaternárias.
- Primárias: cadeia polipeptídica linear e não apresenta ramificações.
- Secundárias: proteína não está esticada, e sim torcida e dobrada, semelhante a uma estrutura de DNA.
- Terciárias: organização tridimensional globosa, exclusiva de proteínas globulares, como citado acima.
- Quaternárias: formam grandes enovelados, só é classificado como quaternária quando apresentam duas ou mais cadeias polipeptídicas.
Uma grande característica e de extrema importância é a capacidade de desnaturação das proteínas. Ao serem submetidas, por exemplo, a um calor além do suportável, agitação, radiação
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