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SISTEMA CARDIOVASCULAR: AS ATUAIS CONDIÇÕES DE VIDA E TRABALHO

Por:   •  5/11/2017  •  1.914 Palavras (8 Páginas)  •  568 Visualizações

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são usadas como o principal objetivo de controle das doenças. Percebe-se que a litera¬tura tem privilegiado, sobretudo, a população idosa, os fato¬res relacionados à autopercepção e as diferenças regionais, deixando claro que mesmo tendo informações coerentes os idosos ainda são a maioria em relação às doenças crônicas.

No ano de 2008, especificamente, as DCV foram responsáveis por 34% dos óbitos da população adulta e por 40,8% dos óbitos em in¬divíduos com 60 anos ou mais, tendo entre seus principais subgrupos as doenças cerebrovasculares e as doenças isquê¬micas do coração, que totalizaram mais de 60% dos óbitos no país.

Como resultado a maior proporção dos indivíduos foi do sexo femini¬no, com idade média de 40,3 anos sendo predominante a faixa etária de 50 a 59 anos (28,4%), de cor branca (75,4%), com companheiro Isoladamente, as DCV se apresentaram na seguinte ordem de importância de acordo com a respectiva prevalência: hi¬pertensão arterial (21,6%), angina (5,0%), insuficiência car¬díaca (3,6%), infarto agudo do miocárdio (3,5%) e acidente vascular cerebral (3,2%). Devido a este agravo é necessária mais atenção dos gestores incluindo palestras e seminários para os profissionais de saúde em especial aos médicos e enfermeiros.

Célula endotelial é um tipo de célula achatada de espessura variável que recobre o interior dos vasos sanguíneos, especialmente os capilares sanguíneos, formando assim parte da sua parede que recobre a face interna dos vasos sanguíneos e o coração.

A busca retrospectiva se limitou aos artigos científicos indexados, tendo sido utilizados as seguintes palavras-chave: endotélio; função endotelial; disfunção endotelial e dilatação fluxo-mediada da artéria braquial. *Dilatação fluxo-mediada da artéria braquial (DILA)

O endotélio é um tecido metabolicamente ativo e tem a habilidade de modular o lúmen vascular, pelo controle da dilatação e da contração locais em resposta a alterações do fluxo sanguíneo, como o compartimento adjacente da musculatura lisa vascular, pela produção de substâncias antiproliferativas, sendo o óxido nítrico (ON) a principal substância responsável pela dilatação vascular dependente do endotélio¹, ².

A avaliação da função endotelial permite identificar alterações no endotélio e pode ser avaliada por métodos bioquímicos e biofísicos.

O exame da dilatação fluxo-mediada da artéria braquial para avaliação da função endotelial é considerado um método seguro e de baixo custo, sendo muito aplicado em estudos, permitindo uma investigação precoce da aterosclerose em pesquisa clínica; com resultados confiáveis. A DILA é realizada através de aparelho de ultrassonografia, considerando resultados normais os valores superiores a 8-10 %12.

Embora tenha inúmeras funções, a disfunção endotelial é automaticamente associada à perda da vasodilatação dependente do endotélio, sendo influenciada por vários fatores de risco cardiovascular, como hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, obesidade e tabagismo³.

O levantamento bibliográfico foi realizado de novembro 2011 a agosto 2012, sendo consultadas as bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BIREME) e SciELO, com o interesse de buscar estudos referentes à avaliação da função endotelial pela dilatação fluxo-mediada da artéria braquial foram realizados com seres humanos ─ crianças, adolescentes, jovens e adultos de ambos os sexos ─ avaliando a função endotelial por meio da DILA e utilizando a técnica descrita por Celermajer et al.6, de forma isolada ou correlacionada a outros métodos, tanto biofísicos como bioquímicos, em indivíduos sadios, doentes ou com fatores de risco cardiovascular. A função endotelial vem sendo avaliada em diversos estudos por meio de métodos biofísicos, que foi observado, nesta revisão que no Brasil ainda há carência de estudos relacionados à avaliação da função endotelial através desse método. O primeiro foi publicado em 2004, considerando a sua descrição original por Celermajer et al.6 em 1992 e, desde então, tem sido empregado amplamente em todo o mundo.

*Temos também no quinto artigo a obesidade na infância e na adolescência que é um grande fator de risco na fase adulta, que são: a hipertensão, hipercolesterolêmica (LDL elevado), o tabagismo, o HDL baixo, o diabetes, o sedentarismo e o estresse psicossocial.

Nesses estudos a obesidade ocupa um lugar secundário em relação à dislipidemia, hipertensão e tabagismo. No entanto, este enfoque tem sido modificado e a obesidade passou a ser considerado um fator de risco de primeira linha. Isto se deve a três fatores básicos:

(1) a obesidade está fortemente associada a três grandes fatores de risco: a hipertensão, as dislipidemias e a resistência à insulina;

(2) a obesidade é o fator de risco que mais cresce em prevalência; e

(3) a obesidade do adulto é uma doença de difícil tratamento ou, para alguns, intratável.

Nos últimos anos vêm se acumulando evidências científicas de que a aterosclerose e a

Hipertensão arterial, doenças típicas do adulto, são processos patológicos que, em muitos casos, começam na infância e adolescência.

Ainda nas décadas de 20 e 30 alguns autores descreveram lesões precursoras de aterosclerose na aorta de crianças e jovens (Gerber & Zielisnky, 1997).

O conceito de que a arteriosclerose típica dos idosos era uma doença que se

Iniciava nos jovens foi reforçado pelos estudos de necropsias de soldados americanos mortos na guerra da Coréia que, com idade média de 22,7 anos, já apresentavam lesões.

Arterioscleróticas significativas (Enos et al., 1955).

A prevenção desses fatores de risco, ainda na infância, tem como base uma extrapolação dos dados obtidos em adultos, pois ainda não existem estudos controlados demonstrando que a intervenção na infância altera o risco cardiovascular. Na falta destas evidências ainda não se pode recomendar com certeza o uso indiscriminado de programas populacionais de pesquisa (screening) de rotina de hipertensão e dislipidemia na população infantil, como deve ser feito para a população adulta.

Deve-se considerar que as crianças e adolescentes que apresentam fatores de risco bem estabelecidos não estão sob risco imediato. Assim, a estratégia pediátrica deve ser a de oferecer sempre, verbalmente e por escrito, recomendações profiláticas universais e

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