O ESTUDO DE CONCORDÂNCIA ENTRE MICROSCOPISTAS E INCIDÊNCIA DAS ESPECIES DE LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA NO ESTADO DE MATO GROSSO
Por: Jose.Nascimento • 10/12/2018 • 1.888 Palavras (8 Páginas) • 424 Visualizações
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3.2 ESPECÍFICOS......................................................................................................9
4. METODOLOGIA .....................................................................................................10
5. CRONOGRAMA.......................................................................................................11
7. REFERÊNCIAS........................................................................................................12
- INTRODUÇÃO
A Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) é considerada uma zoonose, que causa doenças infeto-parasitarias, não-contagiosa, transmitida ao homem por meio de repasto sanguíneo de dípteros flebotomínios, do gênero Lutzomyia, com ciclo de vida digenético (heteroxênico), que apresenta manifestações clinicas com lesões cutâneas, geralmente ulceradas com bordas elevadas e por vezes acomete a mucosa. (BRASIL, 2005)
Segundo o Ministério da Saúde a leishmaniose ocorre em 88 países e atinge quatro continentes (África, América, Ásia e Europa) porem a notificação mais intensa acomete apenas 30 deles e apresenta de 1 à 1,5 milhões de casos anualmente. Também considerada pela OMS, como uma das seis doenças infecciosas de maior relevância médica, por seu alto grau de abrangência e capacidade de produzir deformidades em pacientes, independe de sua posição social. (BRASIL, 2007)
No Brasil esta enfermidade apresenta ampla distribuição em todas as regiões. As populações rurais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste são as mais afetadas por conta de seu clima tropical, porém, as regiões Norte e Nordeste possuem cerca de 75% dos casos notificados no país. (SILVEIRA, 2004; MARSDEN, 1985)
Esta patologia encontra-se em expansão geográfica, acometendo pessoas que trabalham expostas a florestas, zona rural e com aumento gradativo em áreas periurbanas. Através do comportamento epidemiológico da doença podemos observar que o fruto do surgimento de atividades econômicas, oriundas de desmatamento e condições de trabalho sejam favoráveis para a transmissão da doença, tornando-se assim uma enfermidade ocupacional. (BRASIL, 2005)
As principais espécies vetoras envolvidas na transmissão da LTA no país são: Lutzomyia flaviscutellata, Lu. umbratilis, Lu. intermedia, Lu. wellcome, Lu. migonei e Lu. Whitmani (BRASIL 2005). Também cabe frisar que os papéis vetoriais das espécies citadas vinculam-se as espécies de Leishmania presente no intestino do flebotomínio. (NEVES, 2015).
A transmissão ocorre através da picada da fêmea de insetos dípteros infectados, com período de incubação nos humano que varia de dois a três meses (MURRAY, 2015). Ao inocular reservatórios como roedores silvestres infectados, o flebotomíneo, carregará em seu tubo digestivo a forma flagelada do protozoário (MURRAY, 2008). Desta forma, o vetor poderá transmitir através de um novo repasto sanguíneo o parasito, que assumirá a morfologia flagelada (amastigota) e assim poderá ter tropismo por células do sistema fagocítico mononuclear nos tecidos dos hospedeiros vertebrados (BRASIL, 2005).
Dependendo da espécie transmissora a doença pode manifestar-se de diferentes formas clínicas, mas inicialmente começa na pele podendo variar segundo a resposta imune do hospedeiro, explicitamente o local da inoculação do parasita é limitado, ou chega a atingir novos sítios na pele e nas mucosas do nariz, orofaringe e laringe (MARSDEN, 2004)
O intuito diagnóstico é o encontro do parasito que ocorre através de pesquisa direta por disposição de tecido em lâmina, meio de cultura especifico e inoculação em hamster, além de exame histopatológico e reação em cadeia de polimerase PCR (NEVES, 2005) Entretanto, métodos indiretos como intradermorreação de Montenegro e imunofluorescência indireta também auxiliam com finalidade diagnóstica (GONTIJO, 2003).
HIPÓTESE
Levando em consideração que os profissionais histologistas após exaustivas horas de trabalho possam se confundir no diagnóstico das espécies de forma erronia, realizaremos um estudo de concordância entre microscopistas para a identificação da morfologia das espécies de Leishmaniose e verificar a incidência das espécies circulantes no estado de Mato Grosso.
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2. JUSTIFICATIVA
Levando em consideração que as Leishmanioses são de grande relevância medica e com o passar dos anos houve um aumento gradativo de casos de ambas espécies, devido ao clima tropical e ao desmatamento, que são fatores propícios para o desenvolvimento do vetor que transmite esta zoonose.
Os profissionais histologistas com o passar do tempo e exaustivas horas de trabalho acabam láudano resultados de forma errônea, o que pode acabar dificultando o tratamento do paciente por conta de lâminas com baixa qualidade.
Os diagnósticos em lâminas das espécies de Leishmaniose Tegumentar Americana são feitos através de técnica de coloração Giemsa, que algumas das vezes tem pouca qualidade de reagentes, por conta dos donos de laboratórios que querem economizar e acabam colocando a vida do paciente em risco.
Neste sentido, almejamos realizar um estudo de concordância por meio de lâminas, cedidas pelo Hospital Universitário Júlio Muller no intuito de encontrar falhas no diagnóstico das espécies e verificar se houve falta de profissionais qualificados para a coleta, coloração e leitura microscópica.
3. OBJETIVOS
3.1 GERAL
Verificar a incidência das espécies de Leishmanioses Tegumentar Americana no estado de Mato Grosso, através de lâminas cedidas pelo Hospital Universitário Júlio Muller e realizar um estudo de concordância entre microscopistas, para diferenciar a morfologia das espécies por análise microscópica.
3.2 ESPECÍFICOS
- Através de analise microscópica, identificar quais lâminas estão viáveis para o estudo.
- Realizar um estudo de concordância entre microscopistas para identificar possíveis erros de diagnóstico nas lâminas cedidas pelo Hospital Universitário Júlio Muller.
- Identificar a morfologia das espécies através de lâminas de Leishmaniose Tegumentar
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