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Gruta Rei do Mato

Por:   •  24/8/2018  •  4.031 Palavras (17 Páginas)  •  286 Visualizações

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Objetivo Geral

• Reconhecimento das principais espécies vegetais presentes nas instalações do Monumento Natural Estadual da Gruta Rei do Mato.

Objetivos Específicos

• Fitossociologia das principais espécies vegetais;

• Produção de um trilha sensorial em trilhas da Gruta Rei do Mato.

REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Gruta Rei do Mato

A gruta Rei do Mato é uma unidade de conservação (Monumento Natural Estadual) localizada na porção centro sul do município de Sete Lagoas. É margeada pelas rodovias BR-040 e MG-238 e se encontra a 60 km de Belo Horizonte (Borges et al 2013). Foi criada pela Lei Estadual nº8.670 de 27 de setembro de 1984 e a visitação turística foi permitida a partir de 22 de outubro de 1988 (Soares 2007).

Tem formação de rochas calcárias sedimentares, remanescentes do mar de Bambuí. O mar de Bambuí, que data de cerca de 600 milhões de anos atrás, era um mar raso e de águas quentes, que envolvia os estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás. Após o mar ser extinto rochas calcárias ficaram à mostra, que começaram a ser erodidas pela ação da chuva de caráter levemente ácido, que se infiltrava e dissolvia o calcário o transformando em calcita. É este mineral (calcita), junto com outros minerais que deram origem aos espeleotemas presentes em todo o monumento natural (Resende 2015).

A área da gruta possui uma extensão de 141,1 hectares, onde é considerado, além da caverna, todo o seu entorno imprescindível para a conservação da mesma. A vegetação predominante é a mata seca e isso ocorre pelo fato de o substrato ser predominantemente carbonático (Soares 2009).

No que se diz respeito à estrutura do local, o MNGRM conta com um auditório com capacidade para 120 pessoas, bilheteria, lanchonete, uma sala de exposição permanente, banheiros, vestiários, brigada de incêndio e um estacionamento com capacidade para cerca de 180 a 200 veículos (Borges et al 2013).

A caverna da Gruta Rei do Mato, propriamente dita, possui uma altitude de 867 metros e 998 metros de extensão e se divide em quatro grandes salões para visitação, os quais possuem inúmeros espeleotemas, como estalactites, estalagmites, helictites, colunas e cascatas. Cada salão foi nomeado de acordo com os espeleotemas existentes neles, sendo assim, o primeiro salão é chamado de Salão da Couve-Flor por causa de uma formação de calcário existente no mesmo que faz alusão a uma couve-flor; o segundo salão é denominado Salão dos Blocos Desabados por existirem desmoronamentos no local ocorridos a milhares de anos atrás; o terceiro salão é o Salão Principal, por ser o maior dos salões da gruta; e o quarto é o Salão das Raridades ou Salão dos Castelos por possuir espeleotemas raros, com similaridades conhecidas apenas na Gruta de Altamira, localizada na Espanha (Soares 2007).

Vegetação

A vegetação da Gruta Rei do Mato pode ser dividida em formações florestais e campestres. As formações florestais são representadas por remanescentes de Floresta Estacional Decídua (Matas Secas), com grande representação de “angicos” e “aroeiras”. Ao longo de uma das linhas de drenagem da UC, foi observada uma mancha de Floresta Estacional Semidecídua, justamente por serem locais onde permitem uma maior retenção e disponibilidade de água. A vegetação florestal representa 49,9% da área total de extensão da unidade (IEF 2012).

A vegetação campestre existente representa 33,3% do Monumento Natural (MN), e desta podem ser observadas ilhas de Campo Limpo e Campo Sujo em menor intensidade, enquanto os Campos Cerrados predominam nessa modalidade (IEF 2012).

Principais espécies identificadas nas instalações da Gruta Rei do Mato

Foram identificadas 16 espécies de maior ocorrência nas instalações do MNGRM, pertencentes à classe de Floresta Estacional Decídua, que cobre a maior porcentagem da área de mata da Gruta. Estes dados foram retirados do Plano de Manejo da Gruta Rei do Mato, Encarte I. As espécies principais já descritas pelo Plano de Manejo são: Anadenanthera colubrina (Angico-Branco), Myracrodruon urundeuva (Aroeira), Aspidosperma polyneuron (Peroba-Rosa), Luehea divaricata (Açoita-Cavalo-Miúdo), Astronium fraxinifolium (Gonçalo-Alves), Bauhinia rufa, Dilodendron bipinnatum (Maria-Pobre), Trichilia claussenii (Catiguá), Lacistema cf. pubescens , Helicteres guazumifolia, Cereus cf. jamacaru (Mandacaru), Ficus calyptroceras (Figueira), Coutarea hexandra (Murta-do-mato), Eugenia sp. (Araçás), Piptadenia gonoacantha (Pau-jacaré), Allophylus sericeus (Canela de Velho).

Anadenanthera colubrina (Angico-Branco)

Angico-branco é uma leguminosa muito comum nas regiões de Mata Seca. Chega a medir de 12 a 15 metros de altura e possui uma grande área de copa. Suas folhas são pinadas, com folíolos muito pequenos. Sua floração é branca, com o fruto em forma de vagem. Sua época de floração é em Setembro e a coleta de sementes se dá em Agosto (arvores.brasil).

Figura 1: Leguminosa Anadenanthera colubrina (Angico-Branco). A) Flor da leguminosa. B) Angico-Branco.

Myracrodruon urundeuva (Aroeira)

Aroeira é uma espécie decídua. Seu porte varia de acordo com a região de sua ocorrência, podendo chegar a tingir 30 metros de altura. Sua floração é entre Julho e Setembro e a maturação dos frutos se dá entre setembro e outubro. Vem sofrendo grande exploração devido a sua enorme gama de utilização, podendo ser usada na área farmacológica, na construção civil e para adornos decorativos (NUNES et al 2008).

Figura 2: A) Myracrodruon urundeuva (Aroeira); B) Flor da Aroeira.

Aspidosperma polyneuron (Peroba-Rosa)

A Peroba-Rosa é uma espécie nativa característica da Floresta Estacional Semidecídua. Está ameaçada de extinção devido à sua utilização no mercado na indústria de móveis, carpintaria e construção civil, principalmente, devido à sua madeira de ótima qualidade. É uma espécie que possui um crescimento extremamente demorado e sua coleta é de difícil execução, devido ao seu grande porte. Sua propagação natural também é complicada, pois há uma grande irregularidade na sua frutificação,

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