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Delineamento de experimentos em serviços ecossistêmicos no Campo do Batalha - APA de Baturité

Por:   •  15/12/2017  •  2.598 Palavras (11 Páginas)  •  467 Visualizações

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Por apresentar vestígios de mata atlântica, a região tem importante papel na regulação do clima da região, e na recarga do lençol freático, pois a conservação da mata influencia positi-vamente na manutenção de um clima mais ameno para a região, e um solo com maior capaci-dade de absorção de água, tornando a área, um local de recarga dos lençóis freáticos que abas-tecem a região e todo o maciço de Baturité, sendo estes serviços ecossistêmicos extremamente importantes e que se encaixam em uma das sete categorias principais de serviços ecossistêmicos. Foi encontrado também bambu uma planta da subfamília Bambusoidae da família das gramí-neas, O bambu pode ser considerado um serviço ecossistêmico por ser usado em artesanato, pois possui caules lenhificados utilizados na fabricação de diversos objetos como instrumentos musicais, móveis, cestos e até na construção civil, onde é utilizado em construções de edifí-cios à prova de terremotos. Também é possível produzir a partir desta gramínea, a fibra de bambu.

Bromélias também desempenha um importante serviço ecossistêmico, pois formam Mi-crocosmos naturais, que são pequenas contenções de habitats naturalmente colonizados por pe-quenos animais. Além disso, eles são habitats naturalmente replicados, sendo possível acessar todos os indivíduos que neles ocorrem, tanto quanto as características estruturais e outros fato-res determinantes (Armbruster et al. 2002). Essas plantas possuem interações com muitos ani-mais, essas podem ocorrer em diferentes níveis tróficos (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002), no nível de populações ou comunidades, de maneira obrigatória ou facultativa (Romero

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e Vasconcellos-Neto 2006, 2007, 2008a) e positiva ou negativa (Armbruster et al. 2002, Ro-mero e Vasconcellos-Neto 2005b). A arquitetura em roseta das bromélias fornece micro habi-tats para diversos tipos de organismos que as utilizam como abrigo contra predação e desseca-ção, para reprodução e forrageamento (Cotgreave et al. 1993, Richardson 1999, Mestre et al. 2001, Stuntz et al. 2002, Armbruster et al. 2002, Romero e Vasconcellos-Neton 2004a, 2005a,b,). Onde complexidade estrutural dessas plantas é o principal fator responsável pela variação da fauna associada, com efeitos tanto diretos da arquitetura foliar sobre os organismos, quanto indiretos, quando essa arquitetura promove condições microclimáticas e recursos para eles (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002, Romero e Vasconcellos-Neto 2005b, Srivastava 2006). Além disso, os detritos acumulados nas rosetas são a base da cadeia trófica nesses mi-crocosmos, servindo de alimentos para muitos animais detritívoros encontrados em bromelia-ceas. Dessa maneira exercem uma forte influência sobre a riqueza de espécies associadas às bromeliáceas (Richardson 1999, Armbruster et al. 2002, Srivastava 2006).

A associação entre bromélias e aranhas da família salticidae foi relatada pela primeira vez pelo pesquisador Gustavo Quevedo Romero na tese “Associações entre Aranhas Salticidae e Bro-meliaceae: história natural, distribuição espacial e mutualismos”, defendida por Romero no Ins-tituto de Biologia (IB) da Unicamp, sob orientação do professor João Vasconcellos-Neto. A hipótese é a que a estrutura e localização das bromélias influenciam na disponibilidade de ali-mento, o que está diretamente relacionado a densidade populacional de salticidae no micro-cosmo da bromélia.

Materiais e métodos

Área de estudo:

Este trabalho foi desenvolvido na trilha do campo do batalha, localizada na APA da serra de Baturité, que apresenta uma vegetação característica singular de resquícios de mata atlântica, clima ameno, com elevação de 882 metros nas coordenadas geográficas S 04°14.036' W 038°57.476'.

Delineamento e procedimento experimental:

Para a realização deste trabalho foram utilizados materiais básicos de campo, bloco de papel e lápis para possíveis anotações, com o auxílio do aparelho de GPS delineamos a área de pesquisa, metodologicamente passamos transectos em diferentes áreas considerando a altura das bromélias em relação a serrapilheira da mata que é onde está localizada a maior parte da biomassa, primeiro escolhemos uma área onde as bromélias estavam a uma altura média de 2

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m, na segunda área escolhida as bromélias estavam localizadas a uma altura média de 60 cm. As bromélias foram extraídas e etiquetadas como área 1 e área 2, tomando cuidado necessários para evitar a perda da biomassa usada como alimento pelas aranhas, e a fuga das mesmas. O material foi ensacado e transportado ao laboratório. Foram coletadas 20 bromélias da área 1 e 20 bromélias da área 2, no laboratório, retiramos cuidadosamente as aranhas de cada bromélia e separamos de acordo com a área de coleta, área 1 ou 2. Posteriormente coletamos toda a biomassa acumulada na estrutura de rosseta das bromélias, colocamos toda a biomassa para secar em papel filtro, após 24 de secagem pesamos a biomassa seca de cada bromélia e anotamos os dados (tabela 1). O próximo procedimento foi separar as aranhas presentes em bromélias pesar cada uma e anotar os dados para posteriormente fazer análise. Após o procedimento de extração e pesagem das aranhas, foram determinadas a quantidade de folhas de cada bromélia com seus respectivos comprimentos e área.

Análise dos dados:

Nesta etapa do experimento reunimos todas as informações e relacionamos a altura das bromélias, o comprimento e área das folhas com a biomassa encontrada em cada uma e o peso e abundância de aranhas, considerando sempre a área de coleta 1 e 2. Cada uma das variáveis analisadas tem um valor explicativo capaz de corroborar ou não a hipótese. Nas tabelas 1.1 e 1.2 estão dispostas a biomassa seca de cada bromélia coletada.

Bromélias área 1

Altura em relação

Biomassa seca

Peso da aranha

serrapilheira

1

2,23 m

93,5 g

0,00072g

2

2,05

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