Teoria das Relações Internacionais I

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realidade, prezando pelo

lado empírico e pragmático.

Através dos estudos de acontecimentos de política externa, surge a teoria realista que envolve

6 princípios de base, sugeridos por Morgenthau. O primeiro prega que a política é governada

por leis objetivas com origens na natureza humana; basicamente a objetividade das leis é o

principal guia para a política. Já o segundo princípio disserta sobre a presença do conceito de

poder, e através dele pode-se prever como algum ator irá agir na política externa, não levando

em conta suas preferências ideológicas, além da dinâmica de poder no âmbito internacional,

onde as desigualdades de níveis de poder e influência entre as nações propiciam um sentimento

de falta de cooperação, que propicia a falta de um poder central nas relações internacionais. O

terceiro prega que apesar do conceito do poder ser um conceito válido universalmente, a noção

de interesse faz parte da essência política, e a “identidade dos interesses é o mais seguro dos

vínculos” (MORGENTHAU, 2003, 17). O próximo princípio diz que o realismo considera a

prudência, que é estabelecida pela avaliação das consequências das ações dos atores de extrema

importância, considerando-a como uma virtude na política. O penúltimo expõe uma proposta

do realismo político de não basear a postura internacional de uma nação inteiramente em seu

nacionalismo e moral particular, frisando novamente a importância do distanciamento da

subjetividade, propondo uma reflexão mais racional. Por fim o realista embasa sua teoria pelo

princípio do poder, de que modo algumas ações políticas podem afetar sua manutenção e frisa

a defesa da política como um campo autossuficiente.

Ou seja, a teoria realista tenta justificar os conflitos e acontecimentos políticos com o argumento

de que todas as ações feitas são em nome do poder, e na manutenção do status quo. Segundo o

autor apesar de todos os acontecimentos históricos proporcionados pelas nações apresentarem

diferenças entre eles, é a partir dessa teoria que passa a existir uma forma de conectá-los e achar

uma semelhança, para assim seja possível prever as consequências de acontecimentos futuros.