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RESENHA: A PAZ PERPÉTUA

Por:   •  20/12/2018  •  994 Palavras (4 Páginas)  •  534 Visualizações

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No segundo artigo, Kant fala que, para garantir um Estado de paz, é necessário a formação de uma liga de povos, respeitando a individualidade dos povos. Nesta liga, os Estados teriam deveres e direitos igualitários. Ao se criar inicialmente esta liga, uma liga de paz deveria ser criada, resultando na conjunção de todos os Estados, possibilitando o desejo dos povos de atingir uma paz perpétua (expressão que define a busca do autor ao longo do livro).

Para atingir a paz, o autor diz que é necessário aprender a conviver e resolver seus problemas sem violência ou guerras, a partir de uma espécie de contrato, em que todos os envolvidos devem se comprometer. Utiliza como princípio a razão, que deve ser ensinada aos indivíduos em seu processo de educação.

No terceiro e último artigo, Kant fala que o direito cosmopolita deve ser limitado às condições da hospitalidade universal, ou seja, já que todos vivemos em uma superfície limitada, acabamos tendo de conviver pacificamente, tolerantemente. Também nos dá o direito de visita, que nos permite ir à outros lugares e sermos recebidos com hospitalidade, não ser tratado de maneira hostil. Essa tolerância aproximaria cada vez mais os indivíduos de formarem comunidades cosmopolitas.

Por fim, o filósofo nos apresenta o primeiro suplemento, do qual trata da garantia da paz perpétua. Nele, Kant diz que a natureza é quem garante a paz perpétua aos Estados, mesmo que contra a sua própria vontade, a que chama de destino, pois proporciona condições de vida em todos os lugares do planeta (mesmo os países guerras que, em condições adversas, necessitaram de povoar estes locais). O filósofo ainda diz que, quando iniciaram as transações comerciais, foi a natureza quem tornou este movimento favorável, uma vez que para que as relações se efetivassem, era preciso não ser hostil ao visitar se vizinho.

Um ponto interessante que Kant nos traz é a diversidade presente na natureza, com suas diferentes religiões e idiomas e, opostamente, contém vértices de ódio pela diversidade e pela diversidade. Guerras ocorrem pela intolerância destes povos. Esta situação de guerra impede que relações, como o comércio, possam ser efetuadas e, por tanto, não há como ter paz.

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