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O Glossario Marxista

Por:   •  7/5/2018  •  1.515 Palavras (7 Páginas)  •  328 Visualizações

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Sendo considerado Frankfurtiano, Adorno não acredita na real necessidade de uma revolução autoritária e afirma que mudar somente o sistema econômico não é o suficiente, pois antes de tudo, o capitalismo é um conjunto de valores. E são esses valores que são criados para manter o funcionamento do sistema capitalista. Baseado nesse ponto, Adorno constrói sua teoria da Indústria Cultural. Para ele, a indústria cultural cria uma cultura massificada, ou seja, uma cultura para as massas, e não feita por elas. Isso caracteriza a falsa manifestação, a qual faz a classe dominada ter a ideia de que a cultura surge deles, porém, quem detém tal cultura são as classes dominantes e usam dela para manter o pensamento homogeneizado e o sistema desigual. Além disso, segundo Adorno, a cultura já é produzida baseada na injustiça, “ela deve sua existência à injustiça cometida na esfera da produção” (ADORNO, 2002). Toda essa análise constitui, além da desigualdade e da injustiça, a falta de liberdade intelectual existente no sistema. E assim como Gramsci, Adorno afirma ser na emancipação intelectual do indivíduo a localização da chave para o alcance da justiça, liberdade e igualdade real. A partir do momento em que o homem tem a liberdade de avaliar sob seu modo o que é produzido pela indústria cultural, ele será livre. O homem passa a ter a liberdade de pensar diferente.

Por fim, Habermas analisa o mundo por duas perspectivas, as quais podem ser vistas como analogias para o socialismo e o capitalismo. O socialismo seria representado, pelo autor, como o mundo da vida, no qual o homem vive sua subjetividade, sem ser restrito de nada. Já o capitalismo pode ser comparado com o mundo dos sistemas, o qual é regrado por leis sociais controladoras e organizadoras, que tem como objetivo a não transformação da sociedade em um caos.

O problema, para ele, está no fato de o mundo dos sistemas estar, constantemente, invadindo o mundo da vida, e, assim, limitando a liberdade do individuo. Com isso, o autor propõe salvar os indivíduos da lógica dos sistemas e, para tal, assim como Gramsci e Adorno, Habermas também vê como saída a libertação intelectual do indivíduo. Porém, para ele, a revolução seria baseada na ação comunicativa, que se caracteriza por fornecer uma condição de discussão entre a sociedade, onde haja a participação de todos, a fim de encontrar soluções para problemas comuns que envolvem a sociedade capitalista. Para o autor, o homem só alcançará sua total liberdade quando se libertar do mundo dos sistemas, permanecendo somente no mundo da vida. O mesmo vale para a questão de alcançar a igualdade e a justiça, pois no mundo dos sistemas as regras que são impostas são direcionadas para manutenção da obediência dos proletários e da divisão de classes, criando-se leis que vigorem baseando-se na exploração das classes dominadas, e ocultando sua força para lutar pelos seus direitos.

Referência bibliográfica:

PINTO, J. M. R. A teoria da ação comunicativa de Jürgen Habermas: conceitos básicos e possibilidades de aplicação à administração escolar. Paidéia (Ribeirão Preto) no. 8-9 Ribeirão Preto. Feb/Aug. 1995. Disponível em: > Acesso em: 14 set. 2013

GRUPPI, Luciano. O Pensamento de Lênin. Fundação Lauro Campos. Rio de Janeiro: Edições Graal, p. 297-308, mar. 2010. Disponível em: http://laurocampos.org.br/2010/03/o-pensamento-de-lenin/>. Acesso em: 14 set. 2013

COELHO, M. F. P. A Esquerda Ontem e Hoje: o dilema entre igualdade e liberdade. Sociedade e Estado. Brasília, v. 24, n. 2, p. 514, maio/ago. 2009. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/se/v24n2/07.pdf>. Acesso em: 14 set. 2013.

MARX, K; ENGELS, F. Manifesto do Partido Comunista. Petrópolis: Vozes, 1999. A Ideologia Alemã. 4ª ed. São Paulo: Hucitec, 1984.

LÊNIN, V.I. O Estado e a Revolução: o que ensina o marxismo sobre o Estado e o papel do proletariado na revolução. São Paulo: Hucitec, 1983. O Imperialismo: fase superior do capitalismo. 2ª ed. São Paulo: Centauro, 2003.

LUXEMBURGO, Rosa. Reforma ou Revolução? São Paulo: Global, 1986. Primeira Parte: Cap. 1, 2 e 3; Segunda Parte: Cap. 1 e 2.

GRAMSCI, Antonio. Maquiavel, a Política e o Estado Moderno. 6ª ed. Trad. De Luiz Mário Gazzaneo, Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

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HABERMAS, Jürgen. Teoría de la acción comunicativa I: racionalidad de la acción y racionalización social. Trad. de Manuel Jiménez Redondo. 4 ed. Madrid: Taurus, 1987.

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