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Contexto Histórico das Relações Internacionais Contemporâneas - Karen Mingst

Por:   •  3/10/2018  •  1.480 Palavras (6 Páginas)  •  263 Visualizações

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As inovações tecnológicas, somadas ao desejo expansionista europeu, totalizaram nas Grandes Navegações, dispondo a civilização europeia à variados pontos do globo. Entretanto, o poder localizado na Europa não ficou inalterado com a mudança de ares: os monarcas buscavam por mais impostos para manter sua soberania nacional (cujo conceito de Estado Nacional veio a nascer enredado ao Absolutismo Monárquico) e lutar contra os avanços do protestantismo.

III. Tratado de Westphalia.

Surge embasado no conceito de soberania formulado por Jean Bodin, que crê na soberania limitada por leis divinas (ou naturais). O contexto no qual se encontra a Europa é caótico, a Guerra dos Trinta Anos (católicos contra protestantes) devastou o território europeu e só foi contida com a legitimação da territorialidade, o direito estatal de escolher sua própria religião, a permissão de determinar políticas internas livres de pressão externa com total jurisdição dentro de um território geográfico e o direito de não-interferência estatal oriundo do Tratado de Westphalia.2

Consistiu na separação entre a Igreja e a vida política, juntamente à noção e

prática da soberania, que teve como consequência o surgimento do sistema econômico capitalista e o estabelecimento o grupo fundamental de Estados dominantes (Áustria, Rússia, Prússia, Inglaterra, França e Províncias Unidas - atual Holanda e Bélgica) que foram muito marcados por serem Estados absolutistas.

Anos à frente, encontram-se as Revoluções do século XIX, produtos do pensamento iluminista, que reverberaram na descoberta e análise de outros conceitos essenciais das relações internacionais: a legitimidade e o nacionalismo.

O tabuleiro mundial deixado pela Revolução Americana e Revolução[pic 3]

2 MINGST, Karen. Contexto Histórico das Relações Internacionais Contemporâneas. In: Princípios de Relações Internacionais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009, página 23.

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Francesa permitiu a subida de Napoleão Bonaparte ao poder e sua consequente derrota, levando ao Congresso de Viena, que visou reorganizar as fronteiras recém bagunçadas pelo líder político derrotado. Entretanto, após tais acontecimentos, uma paz foi instaurada, seguida de drásticas mudanças político-sociais (elevado crescimento populacional, unificação da Itália e da Alemanha, divisão dos Países Baixos, desintegração do Império Otomano), que indiretamente, foram associadas à Primeira Guerra Mundial, anos depois.

IV. Origens históricas do sistema europeu de equilíbrio de poder.

A hegemonia existente entre os países comunga diretamente das alianças feitas a fim de não haver “sobreposição” de poder estatal, por meio de alianças e tratados. Como é sugerido no texto, os países tinham funções diferentes no equilíbrio do poder.3

Tal meio de conservação da paz foi eficiente até que as alianças se solidificaram no que culminou na Primeira Guerra Mundial (Tríplice Aliança contra a Tríplice Entente).

V. Guerra Fria: confrontações entre os Estados Unidos e a União Soviética e “longa paz”. Como consequência dos países que saíram com “menor nível de devastação” da Segunda Guerra, a Guerra Fria desperta entre os Estados Unidos e a União Soviética. Marcada por ideologias antagônicas e incompatíveis (capitalismo e socialismo) e ações igualmente perigosas ao resto do mundo, era dividida em duas superpotências econômicas e militares que, apesar de seus poderes, eram relutantes. A coexistência das mesmas era inviável. Nesta conjuntura, o mundo não parou. Guerras continuaram a serem travadas (Guerra da Coreia, Guerra do Vietnã) e crises continuaram a serem instauradas (bloqueio de Berlim, crise dos mísseis em Cuba, invasão do Afeganistão pela União Soviética), tendo o apoio de um dos lados do embate[pic 4]

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iminente provocado pela intimidação constante.4

Como tentativa de evitar o conflito com proporções globais, foram realizadas reuniões de cúpula e tratados, vezes obtendo sucesso (limitação de comum acordo às armas nucleares). Denominada de “longa paz” devido à dramatização da ausência de guerra propriamente dita, em campo de combate, mas existente na ameaça na alma nacionalista dos dois combatentes.

VI. Eventos essenciais que moldaram o mundo pós-Guerra Fria.

Encerrada simbolicamente em 1989 com a queda do Muro de Berlim, a Guerra Fria rastejou até anos futuros, com a ruína do Pacto de Varsóvia e dissolução da União Soviética devido à renúncia de Mikhail Gorbachev (em cujo governo foi implementada a glasnot - política de democratização e liberdade nos meios de informação - e a perestroika - política de reforma governamental e reorganização do sistema econômico). O final da Guerra Fria significava o início de uma nova era (globalização), e na nova página das relações mundiais encontrava-se a Nova Ordem Mundial (unipolar), na qual os Estados Unidos tornaram-se o “Estado soberano capitalista” e consolidou a OTAN como o maior e mais poderoso tratado militar internacional. A primeira ação da Nova Ordem Mundial foi a retaliação à invasão e anexação do Kuwait pelo Iraque, que foi repreendido economicamente e depois expulso do Kuwait. Variados conflitos ocorrem, desde a Guerra Civil na Bósnia e no Kosovo e a desintegração da Iugoslávia, até a Guerra ao Terror, resposta aos ataques de

11 de setembro de 2001 em Nova Iorque.5

O ponto de vista que Mingst explicita é que o panorama mundial

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