Astronomia e as Relações Internacionais

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- DESENVOLVIMENTO

- História e desenvolvimento da Astronomia e sua influência na integração dos povos

Ao longo do desenvolvimento da humanidade, muitos povos manifestaram um comportamento similar: olhar para o céu. Esse hábito por muitas vezes foi uma forma de integração e construção de um saber comum entre esses povos, a astronomia. Dessa forma, pode-se traçar uma análise, similar à que Adam Watson faz no livro “Evolução da Sociedade Internacional”, do desenvolvimento do saber astronômico a partir da construção desse saber pela junção dos conhecimentos de cada povo.

- Antiguidade

Os primeiros povos a manifestar um interesse pelos céus foram os mesopotâmios e os egípcios. Dessa forma, a astronomia nasce no contexto da necessidade de sobrevivência desses povos, nos quais fenômenos celestes ligados às atividades agrícolas e às estações do ano são observados. Muitas vezes, os astros foram identificados como deuses ou como sendo símbolo de deuses, a religiosidade para os sumérios detinha um valor importante sendo que a guerra significava o conflito de deuses, também deve-se ressaltar que os sumérios tiveram uma grande influência na sofisticação da astronomia dos babilônios. Um pensamento similar a esse pode ser percebido na civilização maia, na qual Vênus era o patrono da guerra, e acredita-se que muitas batalhas que foram registradas tenham sido registradas com os movimentos desse planeta. Assim, muitas invenções, que foram consequência da astronomia, mesopotâmicas, como os dias da semana, se propagaram muito pelos povos da Antiguidade, integrando eles. Já os gregos, herdaram certos conhecimentos dos mesopotâmios e egípcios sobre matemática e astronomia, mostrando que o conhecimento sobre as estrelas sempre foi um fator de integração entre os povos. Também é válido ressaltar que muitos conceitos importantes para a astronomia tiveram sua base na Grécia Antiga, contudo, o estudo da astronomia pelos gregos antigos não era limitado somente à Grécia, mas foi posteriormente desenvolvido nos séculos II e III a.C, nos estados helenísticos e em particular na Alexandria, como a base para o conceito do Heliocentrismo (o sol como centro do universo), que será postulado posteriormente Copérnico, surge no século III a.C. com Aristarco de Samos, astrônomo e matemático grego de Alexandria.

- Idade Média

No início da Idade Média o estudo da Astronomia foi abandonado, fato similar acontece com as Relações Internacionais, devido à falta de meios unificadores que integrem os povos. Nesse momento, os árabes foram os responsáveis por conservar e proteger o saber astronômico dos egípcios. Mais uma vez o conhecimento como forma de bem comum é ressaltado. Eles traduziram os textos para o árabe que depois serão traduzidos para o latim pelos estudiosos da Igreja Católica. No final do século X, um grande observatório foi construído perto de Teerã, no Irã, e na Pérsia, Omar Khayyam compilou muitas tabelas e realizou uma reforma no calendário que era um pouco mais preciso que o Juliano e bem próximo ao Gregoriano.

- Renascimento

Com o renascimento do pensamento grego, o estudo dos astros realizado pelos gregos é resgatado com uma influência marcante dos árabes. Entre os astrônomos, podemos destacar Nicolau Copérnico (1473-1543), Galileu Galilei (1564-1641) e Johannes Kepler (1571-1630). Sendo um polonês, outro italiano e um alemão respectivamente. Diferente da religiosidade que era um fator comum entre os maias e sumérios, o fator integrador desse período para o pensamento científico era a racionalidade. No século XVI, o astrônomo dinamarquês Tycho Brahe fez diversas observações precisas sobre os movimentos dos planetas e as localizações das estrelas, dados que mais tarde foram utilizados por outro astrônomo: seu jovem discípulo, chamado Johannes Kepler. Esse momento é categorizado como o início do fim de fronteiras para a ciência e início da integração do mundo, principalmente com as grandes navegações, que a corrida espacial posteriormente estabelecerá uma ideia semelhante em relação a “conquista” do desconhecido para se estabelecer uma hegemonia. Com as grandes navegações, o Brasil é trazido para o âmbito do estudo dos céus, a Astronomia brasileira nasce junto com sua descoberta, em 1500. A partir do século XVII a Astronomia começa a se desenvolver de forma mais intensa no Brasil. Isso se deu por ocasião da invasão holandesa, dessa forma, outra nação influencia o saber astronômico de uma primeira.

- Era Moderna / Atualidade

Os pilares para a Astronomia moderna surgem com Isaac Newton através dadua “Lei da Gravitação Universal”. Já no século XX, século excitante para a astronomia onde cada avanço instrumental levava a uma nova descoberta reformuladora para o entendimento do Universo novas transformações acontecem, uma integração e desenvolvimento maior do sabor astrômico devido as guerras, nas quais, conquistar o espaço e ter tecnologia para isso tona-se uma vantagem para as nações. No início daquele século, a publicação da Teoria da Relatividade, de Albert Einstein (1879-1955), produziu profundas modificações na Física. Por outro lado, foi um período de muitos avanços técnicos para a astronomia onde cada avanço instrumental levava a uma nova descoberta que reformulava o entendimento do Universo. Uma das características desse momento e consequentemente da atualidade, é o fato de que os cientistas de hoje podem trabalhar mais rápido em tais problemas com a ajuda de computadores cada vez mais sofisticados. Estes podem resolver problemas matemáticos extremamente complexos em horas, em vez de semanas, como era normal centenas de anos atrás. Os computadores também permitem que astrônomos em todo mundo se comuniquem de forma a poder trabalhar em conjunto na busca do entendimento do Universo. Dessa forma, o conhecimento sobre as estrelas se desenvolve de uma maneira integrada havendo uma correlação entre os pesquisadores de diferentes nações, algo contrário ao que se acontecia da antiguidade, pois, a integração do conhecimento era, por muitas vezes, feita por acaso.

- A Influência da astronomia nas crenças dos povos

O interesse do ser humano pelos astros perde-se no tempo. Certamente nossos ancestrais mais primitivos usaram a Lua, os planetas e as estrelas como guia e calendário. As mudanças sazonais eram fundamentais para a sobrevivência, por isso as estrelas típicas das estações eram usadas como calendário.