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A Guide for Social Science Students and Researchers

Por:   •  12/4/2018  •  3.070 Palavras (13 Páginas)  •  293 Visualizações

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É defendido no texto que as comparações devem ser traçadas dentro dos grupos que se encaixam na mesma estrutura. Ainda que os grupos de controle sejam mais comuns na pesquisa quantitativa, podem ser úteis na pesquisa qualitativa para se compreender o impacto da matéria de estudo central da pesquisa nessas populações.

Construindo estudos de caso e conexões no desenvolvimento da pesquisa qualitativa: o termo “estudo de caso” é fortemente associado com a pesquisa qualitativa mesmo que seja usada de diversas formas. Ainda assim é usada algumas vezes como sinônimo de pesquisa qualitativa. A definição do estudo de caso diz que este deve conter múltiplas perspectivas de um mesmo fato, assim a amostra da pesquisa é estruturada dentro de um contexto ao invés de ser embasada em uma série de participantes individuais. O autor fomenta a necessidade de vários pontos de vista, pois só assim é possível chegar a uma conclusão que uma visão única de um caso não pode fornecer à pesquisa.

O estudo de caso aumenta o número de questões ao longo do desenvolvimento da pesquisa. É necessário que haja um conhecimento prévio à pesquisa para que as decisões sobre a composição de cada caso, como os participantes a ser em envolvidos e quais variáveis escolher entre os casos e locais seja efetuada.

Escolhendo os atributos cronológicos da pesquisa: O estudo de caso envolve decisões sobre qual o período particular de tempo será escolhido na pesquisa, e este virá a decidir quais os aspectos a se considerar e em qual quantidade.

O “timing” da pesquisa: A determinação do período apropriado para se recolher as amostras deve considerar as perspectivas em que o processo ou evento são afetados pelo “objetivo do estudo”.

O número dos episódios da pesquisa e o papel da pesquisa longitudinal:

Pesquisa de únicos episódios: Há várias pesquisas de episódio único em seu desenvolvimento. Esse tipo de abordagem é apropriado quando a manifestação se dá no tema da pesquisa, se o que está sendo estudado é relativamente estável. Ainda que haja uma leve dinâmica de mutação no objeto de estudo, um único episódio pode ser suficiente. Mas o autor afirma que se a diferença na amostra for o aspecto sendo estudado e especialmente se o processo envolvido é complexo ou se o período de tempo da análise é grande, um único episódio não será suficiente.

Estudos de pesquisa qualitativa longitudinal: Esse tipo de pesquisa que inclui mais de um só episódio é muito comum em pesquisas etnográficas, mas relativamente recente em outras formas de pesquisa qualitativa. Tanto nas pesquisas qualitativas quanto quantitativas existem duas vertentes da pesquisa longitudinal: a “pesquisa de painel” onde as mesmas pessoas são entrevistadas mais de uma vez e o “estudo da repetição cruzada transversal” onde as amostras de participantes são trocadas por novas.

Os “estudos de painel” são usados para explorar a mudança à nível “micro” onde o foco da mudança é individual. O autor cita o exemplo da função desse tipo de pesquisa ao se analisar duas organizações diferentes, uma que incentiva a criação da criança com ambos os pais, mesmo depois da separação, e um serviço que ajuda pessoas a passar por suas dificuldades no trabalho. O papel da pesquisa quantitativa não é medir a mudança das organizações, mas sim descrever a mudança dos indivíduos por meio delas, e entender como aconteceram e explicar a razão da diferença entre os membros das diferentes amostras.

A “repetição cruzada transversal” é usada para a compreensão de um nível macro de mudança, onde o foco não é individual, mas engloba um conceito maior onde estes estão situados. Esse tipo de estudo poderia ser usado para estudar as diferenças culturais e de atitude (tendo pontos como atribuição de funções por gênero). A pesquisa qualitativa iria identificar novos fatores e experiências, exploraria como tais questões surgiram e explicaria suas consequências. Algumas pesquisas requerem ambos os tipos de abordagem. O autor cita um exemplo onde ambas abordagens são utilizadas: na medição do bem-estar de trabalhadores deficientes em um programa. Primeiro coletaram amostras dos colaboradores mais antigos, depois pegaram uma amostra de participantes que entraram no programa mais recentemente. Na terceira parte, re-entrevistaram os participantes novamente da primeira e segunda etapa. A pesquisa engloba as duas abordagens por identificar as naturezas dos impactos considerando-se a variável tempo e explicando como e porque as percepções individuais são diferentes, e visualiza a mudança do programa no entretempo pela pesquisa dos participantes em relação ao tempo.

Escolhendo o método de extração de dados: O quarto problema que a pesquisa qualitativa apresenta é a forma de extração de dados.

A escolha entre o “aconteceu naturalmente” e os dados gerados: A primeira consideração básica é sobre a existência dos dados a serem colhidos: existem documentos, interações ou opções onde se dá o fenômeno?

O pesquisador deve levar em conta quais dados se encaixam e tornam mais claro o assunto estudado. Deve-se levar de maneira generalizada em consideração os seguintes aspectos:

A importância do contexto; se a recontagem do fenômeno pesquisado tende a ser detalhada, correta e completa, qual interpretação é suprema.

Escolha entre entrevistas de cunho profundo ou grupos de foco: São estes os dois tipos de dados numa pesquisa qualitativa, eles têm diferentes funções e variam de acordo com três fatores centrais: o tipo de dado procurado, a área de estudo e a natureza do grupo de estudo. Basicamente entrevistas aprofundadas focam-se na visão individual, no “micro”, pois expõem uma perspectiva pessoal, um entendimento profundo de onde o fenômeno ocorre, mas fornece muitos detalhes sobre o estudo.

Grupos de foco oferecem uma limitação maior no que diz respeito a geração de um conhecimento detalhado, mas permite observar a interação entre os participantes.

O assunto importa: sistemas muito complexos, processos ou experiências são usualmente melhor trabalhados pela entrevista aprofundada, pois esta permite uma oportunidade de tornar o assunto claro e permite um entendimento detalhado. Assuntos mais abstratos, intangíveis e tópicos conceituais se situam melhor numa pesquisa grupal.

Procura pela população: como as entrevistas geralmente ocorrem num local onde o participante escolhe, entrevistas aprofundadas são mais acessíveis e têm um potencial

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