A COOPERAÇÃO DO FEMINISMO PARA AS RELAÇÕES INTERNACIONAIS
Por: Lidieisa • 9/2/2018 • 7.527 Palavras (31 Páginas) • 477 Visualizações
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“A mulher é uma substância tal, que, por mais que a estudes, sempre encontrarás nela alguma coisa totalmente nova.” ( Léon Tolstoi)
SUMÁRIO
Introdução.
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I. Caminho histórico do feminismo
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1. O que é feminismo
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1.1 O surgimento do movimento feminista na história das relações internacionais
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1.2 O movimento feminista, a crítica feminista e as “ondas” do feminismo
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1.3 Teorias feministas durante a Guerra Fria: liberais, socialistas e radicais
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II. A questão do gênero nas Relações Internacionais
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2. A categoria do gênero e suas teorias
____________________________________________________________________________________24
2.1 Gênero e globalização
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2.2 Gênero e Desenvolvimento
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III. Contribuições feministas para as Relações Internacionais
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Conclusão
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Bibliografia
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SUMÁRIO
Antes do surgimento da teoria feminista nas Relações Internacionais, o movimento feminista foi responsável por inúmeras conquistas de Direitos Humanos por muitos anos ao longo da história e hoje é visível o quanto ele é essencial e inevitável para as relações entre povos, culturas, política e desenvolvimento internacionais.
O campo das idéias do feminismo, passaram por diversas “fases” e também por muitas categorias de gênero em múltiplas esferas globais, desde experiênciasúnicas e isoladas chegando ao pós-modernismo, dessa forma cooperando de maneira rica para as Relações Internacionais. Contudo, tal movimento, desde sua origem, não obteve o reconhecimento e valor devido em comparação à suas contribuições,conquistas e realizações dentro das sociedades.
Só agora,passados três séculos de seu nascimento, estudiosos e diferentes autores começam a reparar e observar sua contribuição ao longo da história, não somente isso mas também sua contribuição política dentro das sociedades pós- modernas.
Uns dos objetivos dessa monografia é justamente desconstruir paradigmas sobre o feminismo, atribundo as devidas conquistas á elas ao longo dos anos, mostrando sua relevância na sociedade contemporânea e sua importância para as Relações Internacionais.
CAPÍTULO I
CAMINHO HISTÓRICO DO FEMINISMO
1 – O QUE É FEMINISMO
A definição de feminismo, segundo o verbete equivalente em inglês é como uma ideologia que objetiva a igualdade - ou o que seria mais preciso - a eqüidade entre os sexos. Contudo, algumas autoras feministas que buscam solidificar como a própria concepção de sexo biológico descende de um entendimento simbólico do mundo que é orientada pela concepção de gênero. Já o verbete equivalente em francês define o feminismo como um conjunto de idéias políticas, filosóficas e sociais que buscam promover os interesses e direitos das mulheres na sociedade civil. Ainda assim, os feminismos, em suas diversas formas (como veremos a seguir), estão relacionados a propósitos, intuítos, políticas e interesses de outros grupos civis, não apenas de mulheres. Autoras e autores como Joan Roughgarden (Department of Biological Sciences Stanford University), Anne Fausto-Sterling (Department of Molecular and Cell Biology at Brown University) e Thomas Laqueur (Department of History, University of California Berkeley), tentam observar a suposta justificativa biológica da divisão binária entre os sexos para compreender os propósitos que sustentariam tal divisão binária fêmea/macho, e subseqüente heterossexualidade, e concluíram cada um à sua maneira, que não há nada material,anterios ao pensamento humano que justifique a divisão binária entre os sexos, mas que essa divisão existe como forma de pensar e dar sentido à experiência.
1.1 – O surgimento do movimento feminista na história das relações internacionais
Embora seja possivel encontrar na historiografia do século XV o surgimento de temas destinados à denúncia da condição de opressão das mulheres, o assunto ainda assim, não pode ser considerado como parte do movimento feminista.
No início da Idade Média na Europa, a mulher tinha participação e acesso à grande parte das profissões, além do direito à propriedade, e também assumia a chefia da família em caso da morte de seu companheiro. Ocorrem registros de mulheres que, inclusive, iam as universidades da época. Entre os séculos XV e XVI, no entanto, começou o período de “caça às bruxas”, com apoio total da Igreja
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