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Pos graduação em gestão de pessoas e marketing

Por:   •  28/3/2018  •  4.174 Palavras (17 Páginas)  •  293 Visualizações

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As transformações ocorridas no gerenciamento do capital humano nas organizações são tantas que até o nome sofreu alterações. O que antes era chamado de Administração de Recursos Humanos (ARH) hoje recebe o nome de Gestão de Pessoas (GP). Nesta nova visão, as pessoas são vistas como portadoras de aptidões, de talentos e de conhecimento e não mais como meros recursos do processo produtivo. Nesta nova abordagem, as políticas de GP passaram a ser criadas em alinhamento com os objetivos e políticas estratégicas das organizações.

Na busca pelo clima organizacional ideal e motivador e no ambiente de trabalho inspirador, os profissionais de Gestão de Pessoas encontram nas ferramentas de marketing, mais precisamente no endomarketing as ações estratégicas que, bem utilizadas, podem auxiliar em muito na conquista deste diferencial competitivo. Entretanto, por tratar-se de ferramentas pouco utilizadas neste contexto, paira a seguinte dúvida. Como o endomarketing e suas ações podem contribuir para a transformação do ambiente organizacional em um ambiente moderno, motivador e inspirador nas organizações.

Neste artigo, procurar-se-á responder a esta questão através da pesquisa bibliográfica, tanto no que se refere aos conceitos de endomarketing, como também sobre os conceitos de gestão de pessoas, planejamento estratégico e clima organizacional. Assim o objetivo geral deste artigo é esclarecer quais e como as ações de endomarketing podem auxiliar na conquista de um ambiente organizacional inspirador e motivador na busca dos objetivos. Para cumprir este objetivo, será usada a metodologia exploratória através da revisão de literatura dos temas pertinentes e exemplos reais de empresas que utilizaram as ferramentas do endomarketing com sucesso.

A pesquisa exploratória, de acordo com Cervo; Brevian e Da Silva (2007, P 63) “[...] não requer a elaboração de hipóteses a serem testadas no trabalho, restringindo-se a definir objetivos e buscar mais informações sobre determinado assunto” O objetivo principal é familiarizar-se com o assunto ou obter novas percepções. Neste sentido a pesquisa bibliográfica é um dos caminhos indicados, pois ela “[...] procura explicar um problema a partir de referências teóricas publicadas em artigos, livros, dissertações e teses” (CERVO; BREVIAN; DA SILVA, 2007, P 60).

O estudo deste tema ganha uma importância maior no momento atual, uma vez que, pela facilidade de acesso às novas tecnologias, as diferenças entre as diversas versões de um mesmo produto são pouco tangíveis, assim, o que realmente concede à organização um diferencial competitivo é a qualidade e o valor de seu capital humano.

Para transformar o capital humano de uma empresa em algo que realmente faz a diferença, é necessário criar políticas de gestão de pessoas integradas aos objetivos estratégicos, usando ferramentas modernas e inovadoras tanto na criação, como na comunicação ao público alvo, de forma que se sintam recompensados e motivados a desempenharem seus papéis com eficácia.

2. ENDOMARKETING: CONCEITOS E CONSIDERAÇÕES

Conforme explica Berry e Parasuraman (2008), o termo endomarketing remete ao sentido de mercado interno, uma vez que a partícula endo proveniente do grego significa ‘para dentro’, assim considerando o endomarketing como mercado para dentro ou mercado interno.

De acordo com Bekin (2004) o endomarketing é caracterizado por ações organizadas pelo marketing que são dirigidas ao público interno das organizações, ou seja, aos colaboradores das organizações, independente do cargo ocupado por eles, sendo essas ações sempre focadas na missão organizacional da empresa, sendo consideradas, para sua elaboração, condutas de responsabilidade comunitária e ambiental.

A finalidade dessas ações, afirma o autor, é criar e manter entre os funcionários e os diversos departamentos da empresa, os valores destinados a servir o cliente ou ao consumidor. O cliente, nesse caso, transfere-se para o tratamento dado aos funcionários comprometidos integralmente com os objetivos da empresa. Este comprometimento, de acordo com Bekin (2004, p. 3) “[...] implica a adesão aos valores e objetivos da empresa por meio do endomarketing e pressupõe o trabalho em equipe, em um contexto marcado pela cooperação e pela integração dos vários setores da organização”.

2.1 OBJETIVOS DO ENDOMARKETING

Ao falar sobre os fundamentos do endomarketing, Bekin (2004, p.47) esclarece que o objetivo do endomarketing é,

“[...] facilitar e realizar trocas, construindo lealdade no relacionamento com o público interno, compartilhando os objetivos empresariais e sociais da organização, cativando e cultivando para harmonizar e fortalecer essas relações e melhorando assim, sua imagem e seu valor de mercado”. Recuo não tem aspas

Ampliando e esclarecendo um pouco mais a intenção do marketing interno, Grönross (2003, p. 283), elenca dois objetivos centrais do endomarketing:

- Assegurar que os empregados se motivem para uma orientação ao cliente e um desempenho consciente dos serviços e, por conseguinte, desempenhem com êxito suas responsabilidades de ‘marqueteiros de plantão’ em suas tarefas no marketing interativo, e

- Atrair e reter bons empregados, gerenciando e implementando programas internos de ações, de forma que os empregados se sintam motivados a assumir o comportamento desejado.

Além disso, continua ele, quanto mais funcionar o endomarketing, mais atraente será a empresa, como empregador, aos olhos dos funcionários e dos candidatos a futuros cargos na mesma.

2.2 A GESTÃO DE PESSOAS

O setor de recursos humanos de uma empresa seja ela pública ou privada, não deve mais ser visto como um mero departamento pessoal e, sim, como um agente de transformação organizacional, pois a gestão de pessoas deve ser feita de forma a gerar maior comprometimento por parte dos empregados, ao mesmo tempo em que lhes proporciona maior realização pessoal e profissional.

As organizações bem sucedidas tratam seus colaboradores como parceiros de negócios e fornecedores de competências, constituindo seu capital humano e intelectual. Como parceiros da organização eles seriam fornecedores de conhecimento, habilidades, competências e, sobretudo, o mais importante aporte para as organizações: a inteligência que permite decisões racionais alinhados aos objetivos dos negócios (CHIAVENATO 2014).

Na visão do autor no contexto

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