O presente trabalho tem como tema: Desenvolvimento Intencional.

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O que é importante para Humbertto é perceber o que realmente é importante para ele orientando-o a construir um caminho nessa direcção. Ele diz que tem visto jovens escolherem profissões baseadas em mistificações fantasiosas de ganhos rápidos e fáceis. Ele diz que deve se desconstruir esses mitos junto aos jovens para que suas escolhas sejam efectivas e realizáveis, tal qual como a dele.

André (24 anos)

André tem 24 anos, residente no Bairro do Jardim (Maputo) e é o filho mais novo de uma família de dois filhos. Apaixonado por natação, inscreveu-se para o curso de ensino de educação física na Universidade Pedagógica. Seu pai, que trabalha numa agência de turismo há 4 anos, e também vende roupas para aumentar seu ganho mensal. Sua mãe enforcou-se a dois anos, trabalhava como telefonista, conforme André, sentia-se satisfeita com o trabalho que realizava. André demonstra não estar com muita vontade de começar a trabalhar, sente-se meio preguiçoso.

Depois da morte da mãe, ele recebe uma pensão, utilizada para seus gastos pessoais e para ajudar seu pai e irmão quando eles precisam. Aos 30 anos, embolsará certa quantia em dinheiro relativo à herança, e se questiona se deve pensar em si mesmo, comprando um apartamento, ou ajudar o pai e investir nele. Em relação à mãe, diz que após sua morte resolveu fazer tudo aquilo que ela gostaria que ele fizesse, e ainda melhor: o desejo de sua mãe é que ele estudasse e seguisse o bom caminho.

A escolha profissional está sempre associada a batalha/luta. A dimensão genealógica é primordial. O trabalho é transmitido nesta família sob a forma de uma batalha.

A escolha de educação física pode representar a realização social, o que o diferencia do resto da família que teve de batalhar para sobreviver. Com a educação física ele pode vencer (ser campeão, ganhar medalhas). Ele nunca chegou a falar em vencer pela profissão, mas sempre em sobreviver. Talvez em razão de seu feito (ser campeão), percebe-se diferenciado dos outros membros da família, e tenha se afastado do desporto com a desculpa (racionalizada) a respeito do novo treinador, sendo-lhe difícil suportar vencer numa família de lutadores, e não de vencedores.

A batalha que ele enfrenta em relação a si mesmo está ligada a um conflito do qual não pode falar a ninguém (ou não tem ninguém com quem falar), provavelmente relacionado à morte da mãe e ao rompimento desta primeira e fundamental relação. O luto, não elaborado, o impede de dar continuidade a projectos de vida e aos vínculos, e o mantém preso numa dinâmica de ajudar o pai e batalhar.

A batalha é ainda a batalha familiar, que não parece ter uma conotação agressiva, sendo principalmente um esforço para vencer uma dificuldade. Quanto à agressividade percebe-se que está recalcada. Ele se vê como um bom filho, que não gosta de incomodar a família, que não luta por aquilo que quer.

A batalha representa também um conflito. Podemos pensar que, como efeito desta situação, André se paralisa. De um lado, estão as expectativas dos pais de que ele continue estudando; de outro, a representação familiar que destina os seus ao trabalho pela sobrevivência. Nesta perspectiva, os estudos não representam uma batalha, estando mais próximos da preguiça.

3.Conclusão

A pois a análise do trabalho conclui que a compreensão da acção intencional é um tipo mais primitivo de “teoria da mente.

A escolha da profissão ainda é um dos grandes conflitos nos jovens. No passado, a escolha da profissão praticamente era feita pela família, sempre dentro de um contexto tradicionalista, mais tarde observamos jovens mais contestadores, com profissões diferentes das de sua família, e muitos não atuaram em sua área de formação.

Conclu-se igualmente que as escolhas intencionais do modo de vida e do seu desenvolvimento profissionais nalgumas vezes estao ligadas a necessidade de ajudar a familia a sair da pobreza ou a melhorar as condicoes de vida do agregado familiar onde a pessoa esta incerida.

4.Bibliografia

Brandtstadter, J., Lerner, R. (1999). Introduction. Development, action and intentionality. In

J. Brandtstadter & R. Lerner (Eds.), Action and self-development. Theory and research through the life span. Thousand Oaks: Sage.

Entrevista

André tem 24 anos, residente no Bairro do Jardim (Maputo) entrevistado no dia 05 de Setembro de 2014.

Humberto 19 Anos, Residente no Bairro do Jardim entrevistado no dia 05 de Setembro de 2014.

Joana é uma jovem residente no Bairro de Infulene “A” entrevistado no dia 05 de Setembro de 2014.

Indice

1.Introdução 1

1.1. Metodologia e fontes. 1

2.Desenvolvimento intencional 2

3.Estudo de caso 2

3.Conclusão 6

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