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As propagandas da indústria tabagista traduzem hábitos e posturas da sociedade por longas décadas.

Por:   •  1/9/2018  •  4.564 Palavras (19 Páginas)  •  262 Visualizações

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[pic 1]

Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um bom cigarro? Gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também, leve Vila Rica!.

[pic 2]

—Gerson

Consequencias:

Mais tarde, o jogador anunciou o arrependimento de ter associado sua imagem ao anúncio, visto que qualquer comportamento pouco ético foi sendo aliado ao seu nome nas expressões Síndrome de Gérson ou Lei de Gérson.

O diretor do comercial, José Monserrat Filho, procurando se eximir de responsabilidade, sustenta que o público fez uma interpretação errônea do seu vídeo: "Houve um erro de interpretação, o pessoal começou a entender como ser malandro. No segundo anúncio dizíamos: levar vantagem não é passar ninguém para trás, é chegar na frente, mas essa frase não ficou, a sabedoria popular usa o que lhe interessa". Nos anos 1980 os meios de comunicação em massa brasileiros começaram a divulgar notícias sobre corrupção na política brasileira e a população começou a utilizar o termo "Lei de Gérson".[3]

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lei_de_G%C3%A9rson

Lei de Gerson

O País passou por várias crises de identidade neste século.

"Você gosta de levar vantagem em tudo, certo?" A propaganda não teve uma interpretação pejorativa na época, mas depois virou lei. "Para o período era um jargão superdifundido. A propaganda captou um elemento de identificação que estava no imaginário popular", acredita Maria Izilda Matos, historiadora e pesquisadora da boemia. "A lei de Gerson funcionou como mais um elemento na definição da identidade nacional e o símbolo mais explícito da nossa ética ou falta de ética", completa a historiadora.

http://www.istoe.com.br/reportagens/27207_LEI+DE+GERSON

Gérson de Oliveira Nunes foi um dos melhores meio-campistas de toda a história do futebol brasileiro e teve participação fundamental na conquista da Copa do Mundo de 1970. No entanto, terá seu nome imortalizado não apenas por suas contribuições esportivas, mas também por ter batizado uma das poucas leis que são regiamente respeitadas no Brasil, ao lado da Lei da Gravidade e da Lei de Murphy.

o ex-armador do São Paulo discorre sobre várias vantagens do cigarro que anunciava: “É gostoso, suave e não irrita a garganta”.

Para arrematar sua argumentação em prol da marca, Gérson questiona: “Por que pagar mais caro se o Vila me dá tudo aquilo que eu quero de um bom cigarro?”. Em seguida, com um sorriso malicioso, diz a infame frase que, descontextualizada, tornou-se o bordão definitivo da terra dos espertalhões, das propinas e da generalizada falta de ética neste país: “Gosto de levar vantagem em tudo, certo?”.

http://pensarenlouquece.com/a-origem-da-lei-de-gerson/

Jeitinho

A expressão jetinho brasileiro, ou simplesmente jeitinho, refere-se de modo abrangente à maneira que o povo brasileiro teria de improvisar soluções para situações problemáticas, usualmente não adotando procedimentos ou técnicas estipuladas previamente. Dependendo do contexto, a expressão pode ser utilizada com conotação positiva (ligada à noção de criatividade) ou negativa (ligando-se então às noções de malandragem e corrupção). Relaciona-se de certa forma com o conceito de homem cordialestabelecido pelo historiador Sérgio Buarque de Hollanda em sua obra maior Raízes do Brasil.

Por Chico Bruno

Corriam os anos 70, o país vivia sob um regime ditatorial tocado pelos militares. A propaganda de marcas de cigarro era intensa na mídia.

Fumar, na época, era chique.

A recém-lançada marca de cigarros Vila Rica empreende uma grande campanha publicitária. O garoto propaganda da campanha era o meia-armador Gérson, que havia conquistado junto com Pelé, Rivelino, Clodoaldo, Jairzinho e Carlos Alberto, entre outros, o tri-campeonato Mundial de Futebol.

Campeão mundial com a seleção brasileira, em 1970, ídolo em clubes como Fluminense, Flamengo, Botafogoe São Paulo, Gérson, o canhotinha de ouro, era um dos mais notáveis

jogadores brasileiros daqueles idos. Assim como os ex-colegas da Copa do México, como Rivelino e Pelé, era um requisitado garoto-propaganda, e foi nesse embalo que parou no anuncio doscigarros Vila Rica, algo que o marcaria para sempre.

A frase era icônica. gosto de levar vantagem em tudo, certo? Leve vantagem você também… Mas ressoou completamente diferente fora das revistas e da TV. Era a definição máxima simbólica do jeitinho e da trapaça que permeavam a vida social do brasileiro nas aspirações diárias. Tão provocativa e marcante, a frase ficou conhecida como lei de Gérson, e até hoje é um case de sucesso em fileiras acadêmicas dos cursos de Publicidade e Marketing.

Até hoje, o ex-jogador é rotulado pela infeliz citação, lamentando-se publicamente várias vezes pela ligação equivocada dele com este tipo de pensamento. Sem querer, Gérson soltou uma de sociólogo e, pelo lado distorcido, entrou na sabedoria popular.

A HIPOCRISIA E O ESTIGMA DA “LEI DE GERSON”

Gerson, o Canhotinha de Ouro

A HIPOCRISIA E O ESTIGMA DA “LEI DE GERSON”

Vivemos em um país em que muitas vezes os valores se invertem, cidadãos imorais se tornam paladinos da moralidade, enquanto cidadãos de ilibada moral e reputação caem na vala comum. Até herói vira bandido e vice-versa. É dentro desse contexto que agora refuto – de tanto cansar de esperar pelo tempo e por mudança de comportamento popular em vão – o estigma, a injustiça, a cruz que carrega o cidadão Gerson Oliveira Nunes, o meia Gerson, também conhecido como “canhotinha de ouro”, grande maestro do tricampeonato mundial conquistado pela seleção brasileira de futebol, na memorável campanha no México, em 1970, profissional irrepreensível e cidadão exemplar, que teve a infelicidade de estrelar um comercial de cigarro com frases impensadas, não calculadas, mas nunca maldosas no seu sentido mais amplo, muito menos frases criminosas.

Estávamos

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