PROPAGANDA NO BRASIL
Por: eduardamaia17 • 2/1/2018 • 4.370 Palavras (18 Páginas) • 437 Visualizações
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das pessoas os produtos comercializados na época. Há também a identificação do uso de panfletos publicitários.
Interessante que este mesmo modelo de publicidade (pinturas), também foram encontrados na Ásia, África e América do Sul. Posteriormente, quando surgem os jornais, na Inglaterra, estes passam a ser utilizados como meio publicitário.
Vale destacar que aqui começa a aparecer à primeira propaganda enganosa, já que havia certa referência a oferta de serviços por parte de pessoas que não estavam habilitadas a exercerem tais funções.
Ressalta-se que com a Revolução Industrial toda a sociedade se transforma e com o aumento da produção, há a criação de novas empresas e indústrias, consequentemente, percebe-se que a quantidade de produtos circulando no mercado aumenta de forma significativa.
Assim, no ano de 1841 nasce a primeira Agência de Publicidade e Propaganda. Foi criada por Volney Palmer em Boston. Na década de 20, outro fato importante que se destaca é o surgimento do rádio, possibilitando assim, uma nova forma de comunicação. Claro que nesta época, não se contava com equipamentos tão ricos em tecnologias, mas estas foram se aperfeiçoando e sempre atendendo as demandas e exigências da época.
Este fato resulta no investimento por parte de empresas patrocinando programas, que teriam como retorno ao anuncio de seus produtos.
Desta forma, essa prática passa a ganhar popularidade, levando as estações de rádio a cobrarem para fazer anúncios das empresas ou produtos. É possível também dizer que nos dias de hoje, a maior parte das mensagens publicitárias apresentam um caráter sugestivo e têm por base os estudos de mercado. Assim, a publicidade informativa e não deixou de existir de forma plena, entende-se que seu espaço foi completado pelas relações públicas, enquanto isso, a propaganda tomou o lugar da publicidade combativa.
Em resumo, pode-se dizer que no inicio, a publicidade tinha como limite informar o público sobre os produtos existentes, isso se dava sem haver argumentação ou incentivo à compra.
Como ressalta Marcondes Filho, “a publicidade trabalha com modelos: de beleza, de sensualidade, de elegância, de cor, de jeito de falar, de andar, de se alimentar, de namorar, enfim, modelos para todas as situações da vida” (1992, 79).
Posteriormente observa-se que as técnicas de sondagem buscavam entender os gostos dos consumidores e estas pesquisas serviriam para orientar a publicidade, que passa a exercer uma conotação sugestiva. Por fim, já tendo como base os estudos de mercado, na psicologia social, na sociologia e na psicanálise, a publicidade atua sobre as motivações inconscientes do público, obrigando-o a tomar atitudes e levando-o a determinadas ações.
A PROPAGANDA E AS CRIANÇAS
A sociedade na contemporaneidade sofre as consequências de muitas das ações que foram praticadas pós-revolução industrial. Essa alavancada na produção chama cada cidadão a se tornar um consumidor ativo e incapaz de perceber muitas vezes o que é necessário ou supérfluo.
Observa-se que esse crescimento acontece em larga escala e em todos os setores de produção. Certamente, esse é um grande passo para toda sociedade que visa o progresso e desenvolvimento. Contudo, se faz necessário que se tenha um controle da forma de consumo, para que a mesma não se torne desenfreada e isso acarrete danos como produção exagerada de lixo, desmatamento, poluição das aguas, aquecimento global entre tantos outros que já são conhecidos por todos.
Bem presente em meio à sociedade, pode-se ver a força das mídias, e percebe-se que as mesmas se tornaram um veículo de informação amplamente utilizado não somente para entretenimento, e que além de ser excelente fonte de informações atinge todos os níveis socioeconômicos brasileiros. Uma em especial por conta do fácil acesso é à televisão, onde nota-se um aumento expressivo no tempo gasto com o hábito de assistir a mesma, e de certa forma, sofrendo suas influencias.
WEBER (2001) Diz que, a influência da publicidade de marcas famosas são extremamente poderosas e incorporam-se à vida. Influem até mesmo em crianças que não utilizam os produtos
Neste sentido, é importante fazer essa reflexão sobre como a sociedade de consumo e como as mídias impactam na constituição de crianças e adolescentes. Sabe-se que à mídia possui grande poder de dialogar com as crianças e as avaliações apontam que, para uma propaganda influenciar uma criança são necessários apenas 30 segundos.
Segundo Schmidt (1996), uma das principais implicações deste processo relativo ao uso social da televisão como meio de informação é que a TV se transformou numa espécie de corporificação do princípio da realidade nas sociedades contemporâneas, oferecendo a impressão de que ela nos apresenta “uma janela para o mundo”, uma imagem sem mediações, “a vida como ela é”.
(...) a televisão destrói a linha divisória entre infância e idade adulta de três maneiras, todas relacionadas à sua acessibilidade indiferenciada: primeiro, porque não requer treinamento para aprender sua forma; segundo porque não faz exigências complexas nem à mente nem ao comportamento, e terceiro porque não segrega seu público [...]. O novo ambiente midiático que está surgindo fornece a todos, simultaneamente, a mesma informação. Dadas às condições que acabo de descrever, a mídia eletrônica acha impossível reter quaisquer segredos. Sem segredos, evidentemente, não pode haver uma coisa como infância (POSTMAN, 1999: 94).
O forte bombardeamento que ocorre na cabeça dessas crianças é feito de forma intensa por um grupo bem estruturado que se denomina publicidade sendo um dos instrumentos mais utilizados na atualidade para aumentar o lucro das grandes empresas. Algumas pessoas se especializam nessa área e não faltam incentivos para que esta seja cada vez mais desenvolvida.
Consideradas como alvo fácil, até mesmo por passarem grande parte do seu tempo frente à televisão, esse setor ver as crianças como uma grande potência para seus negócios. Acredita-se que pelo fato das crianças, ainda estarem em um processo de desenvolvimento e, parecerem, mais vulneráveis do que os adultos, as mesmas se apresentam como um fácil receptor de informação que pode levar ao consumo daquilo que é mostrado e defendido pela mídia.
Levando em consideração a inocência de uma criança, a mesma é muitas vezes induzida a consumir determinados produtos do que um adulto, as propagandas estão mais voltadas para as crianças e assim, estas aprendem a querer adquirir objetos
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