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ATIVIDADE DE AUTODESENVOLVIMENTO O ‘’PRODUTO’’ DO MARKETING POLITICO

Por:   •  28/5/2018  •  4.950 Palavras (20 Páginas)  •  401 Visualizações

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- A trajetória política de Fernando Collor de Mello

Filho de Arnon Affonso de Farias Mello e Leda Collor, Fernando Collor de Mello é proveniente de uma família com grande tradição política. O avô materno, Lindolfo Collor, exerceu vários mandatos políticos e foi ministro do Trabalho no governo Getúlio Vargas, quando elaborou e consolidou o conjunto das leis trabalhistas brasileiras – considerado, na época, um dos maiores avanços sociais da América Latina.

Seu pai, Arnon de Mello, foi senador da República e governador de Alagoas.Casado com a arquiteta Caroline Medeiros Collor de Mello, com quem tem duas filhas – as gêmeas Cecile e Celine – Fernando Collor é pai, também, de Arnon Affonso, Joaquim Pedro e Fernando James.Jornalista e bacharel em Ciências Econômicas, formado pela Universidade Federal de Alagoas, Collor foi presidente do CSA, diretor da Gazeta de Alagoas e superintendente da Organização Arnon de Mello, grupo que congrega as empresas de comunicação da família.Porém, desde pequeno, mostrava sua vocação para a vida pública. Gostava de acompanhar o pai nas atividades políticas e acabou tornando-se o mais jovem prefeito de Maceió, indicado para o cargo pelo então governador Guilherme Palmeira, em 1979, aos 29 anos de idade.

Em 1982, foi eleito deputado federal, e em 1986, elegeu-se governador de Alagoas. Com discurso incisivo e medidas de impacto, como o corte de mordomias e supersalários no serviço público, tornou-se conhecido nacionalmente.Mais que isso, projetou-se como um forte nome na disputa pela Presidência da República e, em 1989, ganhou a eleição contra adversários, como Ulysses Guimarães, Mário Covas, Leonel Brizola e Luiz Inácio Lula da Silva. Foi o mais jovem presidente da história do Brasil – assumiu o mandato com apenas 40 anos de idade – e o primeiro a ser eleito pelo voto direto do povo, após o período do Regime Militar (1964-1985).Governou o país por dois anos e meio. Isolado pela classe política e sem apoio do Congresso Nacional, foi alvo de julgamento político, culminando com a sua renúncia à Presidência da República. Mais tarde (1994 e 2014), seria inocentado nos dois processos que tramitaram no Supremo Tribunal Federal.

Collor conquistou a simpatia da população, que o elegeu com mais de 42% dos votos válidos. Seu discurso era de modernização e sua própria imagem validou a idéia de renovação. Collor era jovem, bonito e prometia acabar com os chamados marajás, funcionários públicos com altos salários, que só oneravam a administração pública.

- Volta do Cruzeiro como moeda;- Congelamento de preços e salários;- Bloqueio de contas correntes e poupanças no prazo de 18 meses;- Demissão de funcionários e diminuição de órgãos públicos;

Seis meses após o primeiro pacote econômico, Collor lançou um segundo plano, o Collor II, que também previa a diminuição da inflação e outros cortes orçamentários. Mas, novamente, não obteve êxito e só fez aumentar o descontentamento da população.

No dia 29 de setembro de 1992 a Câmara dos Deputados se reuniu para votar o impeachment do presidente, ou seja, sua destituição do cargo. Foram 441 votos a favor do impeachment e somente 38 contra. Era o fim do caçador de marajás. No lugar de Collor, assumiu o vice-presidente, Itamar Franco.

- Informações a respeito da campanha presidencial de 1989.

Nunca na história política brasileira uma eleição reuniu personagens tão marcantes quanto o pleito de 1989. Estavam reunidos disputando a Presidência da República lideranças históricas, como Ulysses Guimarães, Leonel Brizola e Mário Covas, e forças políticas emergentes naquele momento, como Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Collor de Mello e Guilherme Afif Domingos. Ainda faziam parte da disputa figuras folclóricas, como Paulo Maluf, candidato derrotado na disputa presidencial de 1985, quando o mandatário brasileiro foi escolhido pelo colégio eleitoral, em uma eleição indireta.

Abaixo estão selecionadas as mais importantes entrevistas e reportagens daqueles meses intensos, que culminaram com uma disputa que marcou e marcará o Brasil por décadas ainda: a batalha entre Lula e Collor no 2º turno. Em cada uma delas é possível mais do que relembrar aqueles dias.

1º turno

Fernando Collor de Mello: O azarão diz a que veio

Nesta entrevista publicada em abril de 1989, quando a corrida eleitoral ao Palácio do Planalto ainda estava morna, com diversos partidos ainda decidindo quem seriam seus candidatos, Fernando Collor já esbanjava confiança. Apesar de liderar as pesquisas de opinião naquele momento, ainda não havia cristalizado o arco de alianças políticas, econômicas e sociais que possibilitariam sua eleição. Ainda assim, afirmava, categórico, que seria o próximo presidente da República

Lula – “Com Quércia, o PMDB cresce”

Em abril de 1989 Lula estava muito mais próximo do líder sindicalista que parou o ABC paulista no fim dos anos 70 do que do presidente da República popular que se tornaria pouco mais de uma decáda depois. Nesta entrevista publicada no dia 12 de abril de 89, o presidente do PT se mostra um candidato ainda atrelado a conceitos ideológicos estanques, apesar de reforçar a todo momento que, eleito, não pretende se tornar uma espécie de ditador socialista à brasileira. Neste momento, quase sete meses antes das eleições, Lula parece não enxergar a força de Collor, ou ao menos procura não transparecer preoucupação com a figura salvadora criada em torno do ex-governador de Alagoas, que meses antes recebera o título de "O Caçador de Marajás".

2º turno

Lula – Espantando os demônios

Lula concedeu esta entrevista à Istoé na semana seguinte às eleições presidenciais no 1º turno. Era final de novembro e naquele momento as negociações partidárias para conquistar apoios para o 2º turno estavam frenéticas. Lá, como cá, o PMDB tinha imensa importância não só na busca pelos votos, como também na composição da bancada parlamentar que garantiria a governabilidade do presidente da República. Após um primeiro turno sangrento, em que foi vítima de uma série de acusações que se mostrariam falaciosas pouco mais de uma década depois, Lula buscava nessa entrevista desmistificar a figura de comunista revolucionário criada por seus adversários.

Fernando Collor de Mello: Dispensando alianças

Depois

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