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A República de Platão vs As Redes sociais.

Por:   •  30/4/2018  •  1.745 Palavras (7 Páginas)  •  270 Visualizações

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Outra rede social de suma importância criada há 11 anos atrás por uma dupla de amigos Chad Hurley e Steve Chen onde a principal forma de interatividade é o compartilhamento de atividades através de vídeo, mais conhecida como YouTube. Hoje com mais de um bilhão de usuários, quase um terço de usuários da internet, se rendem a rede e movimentam milhões de visualizações. E com isso conseguem levantar rendas, muitos chegam a se estabelecer financeiramente, através da rede que é pago pelo próprio YouTube por cada visualização dos seus vídeos postados diariamente, dos mais variados temas e assuntos, como Felipe Neto e Kéfera ambos ficaram famosos e foram os pioneiros no assunto, são donos de canais com um grande número de seguidores, e por consequência disso, conseguem atingir um publico considerável. Suas relevâncias na internet acabou chamando a atenção de grandes marcas, ao perceber que a rede seria também um meio eficiente de comunicação, apesar de no início, especialistas não apostavam que poderia ter resultados significativos através do YouTube. Os profissionais de mídias digitais, identificaram que os YouTubers tinha um forte poder de influência e passaram a utilizá-los como formadores de opiniões.

Agora falaremos um pouco da era digital, aonde grandes marcas atuam fortemente, perceberam que anunciar no YouTube, traz resultados extraordinários. A partir do momento que foi notado que pessoas passaram a deixar de lado o velho costume de assistir televisão, essa mudança de hábito forçou as empresas a mudarem a sua estratégia de comunicação e ir atrás do seu público.

Fundado em 2011 por dois alunos de stanford que desistiram de terminar o curso para se dedicar a criação do aplicativo, o Snapchat tem como objetivo criar um chat por imagens e vídeos monitorados a partir do tempo que a imagem fica exposta, visualização de prints tirados e contatos específicos que deseja, o snapchat virou o paradigma da privacidade, voltado para o publico jovem que foge da supervisão dos pais. Atualmente o aplicativo conta com 150 milhões de usuários ativos diariamente. Com a marca, a rede social ultrapassa o Twitter no número de pessoas que publicam ou visualizam conteúdo todos os dias. No Brasil, em um evento social, a cada 10 fotos tiradas 8 delas vão para o snapcha. A empresa, no entanto não divulga seus números oficialmente.

Com isso, o snapchat deu ao seu consumidor o domínio de controlar e manipular tudo em suas mãos, permitindo que qualquer um veja pela perspectiva de uma outra pessoa os acontecimentos pelo mundo e em sua vida contando com o poder dessas fotos e vídeos não poderem ser resgatadas por outro usuário e desaparecem após 24h ou pelo tempo escolhido por quem está publicando o conteúdo. Isso faz com que as pessoas criem imagens idealizadas delas mesmas. Ao invés de expressarem quem realmente são, as pessoas estão construindo uma imagem que acham que os outros querem que elas sejam, criando um ciclo vicioso e ilusório quanto a visão de mundo. O shapchat é marcado por diversos acontecimentos na vida dos usuários dessa rede social como: festas incríveis, livros de cabeceira, drinks e jantares elaborados, janelas de avião, céu azul na praia, piqueniques, risadas. No álbum também estão registradas as passagens por alguma galeria de arte incrível, aeroportos internacionais e até mesmo festas VIP, o que cria uma silenciosa e acirrada disputa entre as pessoas para mostrar quem aparenta ter a vida mais feliz. Pensamos que estamos felizes com o que temos até nos depararmos com uma atualização no snap de uma outra pessoa que sussurra o contrário: você poderia ser mais interessante. Não para você, claro, mas para os outros. De que adianta ser feliz sem plateia? Compartilhar um ideal de vida é a cauda de pavão virtual mas nem sempre corresponde à realidade. Quando compartilhamos uma foto, um link ou um pensamento nas redes sociais, apresentamos fragmentos daquilo que desejamos que nos defina e que defina o mundo que nos rodeia e essa é nossa caverna.

Há a necessidade de compreender como o homem se tornou tão dependente de seu smartphone ao ponto de não conseguir largá-lo por um minuto, ou de visualizar as notificações a cada segundo verificando se recebeu alguma curtida ou comentaram em algum de seus posts. Mesmo que o Facebook venha unindo pessoa geograficamente em tempo real, nota-se o afastamento daqueles que estão próximos. O barulhento som das conversas em mesas de restaurante, intervalos no trabalho ou ate em casa, vem sendo substituído por assobios, vibrações, toque de mensagem, das notificações dos celulares.

A praticidade com que se dá a comunicação entre pessoas de toda parte do mundo, a qualquer instante, cria a ilusão de ausência de barreiras, quando, na verdade, a situação se caracteriza pelo oposto. O indivíduo se distancia do mundo real para se conectar, criando sua própria realidade no ciberespaço e fazendo daquele o seu novo habitat e da linguagem digitalizada sua nova maneira de se comunicar.

Na contemporaneidade, a cultura de massas, que representa uma anti-cultura e decadência social, é transmissora de valores vinculados a uma “ideologia da felicidade”, que alardeia prazeres imediatos, na qual as pessoas se inserem em relações efêmeras, menos densas, mais fúteis, constituídas por bases frágeis e de caráter evasivo, que se dão pela instabilidade das ligações, desprovidas de sentimentos.

A liquidez do homem pós-modernidade está presente no valor que o outro tem em uma relação, relacionada apenas, ao quanto ele pode ser consumido. Portanto, como os objetos de consumo, as relações também se caracterizam como algo que tem que oferecer satisfação quase que automaticamente.

Além disso, ao utilizar o mito da caverna de Platão para analisar o homem nesse contexto, observa-se, o quanto ele é dependente por seu smartphone e o interesse maior que tem pelos posts

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