Trabalho Interdisciplinar

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Percebe-se então depois das análises, que a Universidade não é composta apenas de matérias e aulas, é nelas também que os alunos interagem de certo modo com a sociedade e diversas culturas, costumes. Ajudando assim, no conhecimento do profissional para que ao exercer sua profissão possa ter bases sociais adquiridas na sua graduação.

3 QUAL A IMPORTÂNCIA DA UNIVERSIDADE PARA A FORMAÇÃO DA PESSOA?

A universidade exerce papel fundamental na sociedade e não está acima dela nem desconectada a ela; estão intimamente ligadas. Ela não é absoluta nem incontestável.

As universidades existem para gerar o conhecimento, produzir pensamento crítico, além de desenvolver cidadãos, profissionais e lideranças intelectuais. A questão aqui é que essas funções operam subjetivamente, isto é, são realizadas, mas variam de acordo com a época e a sociedade em que a universidade está inserida. Em certa medida, cada período histórico, cada sociedade e cada Estado têm a universidade que podem ter, por mais que a instituição universitária, tenha autonomia e possa, justamente por isso, operar com alguma liberdade em relação às circunstâncias histórico-sociais que lhe servem como alicerce. É por isso que há determinados períodos em que as universidades passam por uma “crise”, uma fase de reestruturação da produção do conhecimento e organização dos saberes, pois a explicação do mundo, nos hábitos e comportamentos intelectuais, no modo de trabalhar e conceber o trabalho mudam de acordo com o contexto histórico-cultural no qual a universidade está inserida. Ou seja, a realidade do mundo reflete nos ideais das universidades.

Independentemente disso, as universidades continuam sendo capazes de desempenhar suas atribuições e trazer contribuições para a vida da sociedade. De certa maneira, a universidade recebe uma “incumbência” da sociedade, que transfere a ela determinadas responsabilidades. Tudo o que advém da sociedade lhe preocupa e diz respeito, tudo o que há de mais simbólico nas épocas históricas e nas estruturas sociais reflete em seu interior, dando a ela uma existência dinâmica e socialmente referenciada. Absorve demandas e expectativas sociais variadas, às quais precisa contestar, mas, ao mesmo tempo, age para propor pautas e agendas, contribuir para a construção da autoconsciência social, expandir alcances culturais e submeter à crítica a realidade. Mesmo que a sociedade moderna se encontra em um estágio de avanço das ciências e de suas tecnologias, ela vive uma crise de carência da razão e, por conta disso, não é capaz de dar conta de todos os fatores da realidade, de orientar suas conquistas para responder às exigências humanas.

É aí que as universidades entram, através do uso da razão e incentivo à criticidade, contribuem significativamente para a produção de novas ciências, de novas culturas e, principalmente, o conhecimento da verdade, ao permitir que se compreenda o fundamento e significado de toda realidade.

4 POR QUE AINDA EXISTEM TÃO POUCAS PESSOAS COM ACESSO À UNIVERSIDADE?

Apesar que nos últimos 20 anos houve um aumento na entrada de pessoas ao nível superior, o acesso as Universidades ainda é muito limitado. Tendo um crescimento de 19% da entrada de jovens entre 18 à 24 anos as Universidades, o Brasil encontra-se bem para trás nesse requisito. Enquanto isso nos países desenvolvidos como Estados Unidos e Coreia do Sul, os números de jovens dessa mesma faixa etária se encontra de 45% e 69% respectivamente.

Sabe-se que o sistema educacional brasileiro encontra-se em uma situação de precariedade e com isso se torna mais ainda difícil esse acesso ao nível superior, principalmente de pessoas de baixa renda, que são dependentes desse sistema deficiente que é de utilidade para a maioria da população brasileira.

Enquanto isso, a minoria da nossa população, que são os mais ricos, investem em sua educação ao longo do seu ensino médio nas escolas privadas que oferecem ensino de qualidade e eficácia e, com isso acabam garantindo vagas nas universidades públicas que na verdade por uma questão ética e justa, deveriam ser alcançadas pelas pessoas de classe baixa, pois as mesmas não tem condições financeiras de bancar uma universidade privada como a minoria da população.

Apesar que o Governo ofereça programas de apoio que facilitam mais ainda a entrada às universidades como o FIES, PROUNI e SISU, os mesmos ainda não são de total eficácia, como por exemplo, o FIES tem como objetivo inserir pessoas de baixa renda às Universidades particulares, porém nem sempre essa regra é aplicada pois pessoas que possuem uma renda alta aderem ao financiamento, e isso torna-se algo injusto.

Para que se mudanças sejam alcançadas nesse caso, é necessário que haja uma maior atenção ao sistema educacional brasileiro, pelo governo e até mesmo pela própria sociedade, que são os reais prejudicados desse sistema. Porém, é fato que não é de interesse governamental que se faça investimentos na área da educação, pois se a maioria da população obter uma educação eficaz o sistema caí, e isso geraria problemas de interesse individual a esses governos.

5 CONCLUSÃO

Diante do exposto é possível concluir que a realização do presente trabalho foi de grande importância para os integrantes do grupo, uma vez que, por meio dele, tivemos a possibilidade de conhecer mais sobre os diversos aspectos que dizem respeito às universidades, com seus conceitos, qualidades e funções na sociedade que geralmente são desconhecidos pelo próprio universitário, que é essencial para a existência das universidades.

Através deste foi possível então não só compreender a significação do termo universidade, mas suas origens, funções e qual a sua real importância e necessidade para a sociedade em geral.

REFERÊNCIAS

ANDRADE, Cibele Yan de. Acesso ao ensino superior no Brasil: equidade e desigualdade social. Disponível em: . Acesso em: 01 de jun. de 2017.

NOGUEIRA, Marco Aurélio. Universidade, Conhecimento e Opinião. Disponível