RESENHA CRÍTICA DO TEXTO: OS SETE SABERES NECESSÁRIOS Á EDUCAÇÃO DO FUTURO

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Afirma o autor que a incerteza é o quinto aspecto a ser considerado, pois julga necessário mostrar o surgimento do inesperado. Demonstra a necessidade de ensinar o que descreve como ‘’ecologia da ação ‘’, explanando-a como a atitude que se toma quando uma ação é desencadeada e escapa ao deseja daquele que a provocou, originando ações que podem resultar até mesmo no oposto ao desejado. Seria possível ensinar a incerteza, pois o imprevisto não é totalmente desconhecido. Sendo necessária a consciência de que as futuras decisões devem ser tomadas contando com o risco do erro e estabelecer estratégias que possam ser corrigidas no processo da ação.

O sexto aspecto levantando pelo autor é o este descreve como ‘’condição planetária’’ ensejando que o ensino não tocou na questão da globalização, na qual tudo está conectado e há uma grande diversidade de informações que não podem não podem ser processadas e organizadas. Devendo segundo o autor, os indivíduos a criar uma consciência planetária, global, pois todos os problemas estariam amarrados, sendo necessário o entendimento por parte de todos de que a humanidade vive um destino comum.

O sétimo e último aspecto levantado por Morim seria o que o mesmo descreveu como antro-poético, relacionados a problemas de moral e ética entre culturas na natureza humana. Descreve o envolvimento com associações não governamentais e que trabalham cima de questões políticas e religiosas como desenvolvimento da ética no ser humano.

Finaliza sua argumentação afirmando que estes setes saberes indispensáveis á educação do futuro deve ser ensinado não para modificar programas, mas para que o mesmo acredita ser a integração das disciplinas de acordo com suas concepções, não permitindo assim uma visão fragmentada, na qual os problemas acabam continuando invisíveis, mas sim possibilitar uma visão ampla e sistêmica do processo que constitui o todo.

CONCLUSÃO E APRECIAÇÃO CRÍTICA

É uma leitura que exige uma releitura detalhada para uma melhor compreensão.

O autor demonstra seus argumentos de forma que nos leva a elevado nível de percepção e compreensão do que é exposto, utilizando princípios filosóficos para contextualizar seus argumentos.

Concluo dessa forma, que sem dúvida, o autor demonstra com muita clareza, fatores importantes a serem considerados no processo de conhecimento.

Porém discordo do autor quanto a definição de qual é a questão principal do sistema educacional do nosso século. Sobre esse aspecto concordo com o posicionamento de Jaime Giolo (2004) em sua obra ‘’Três críticas aos sete saberes necessários á educação do futuro’’.

Para Giolo (2004) a principal questão a ser considerada não seria sobre qual paradigma de conhecimento deveria ser utilizado, se será ou não realizada a reforma do conhecimento. Acredita Giolo, que o problema principal a ser considerado é a democratização do conhecimento, garantir o espaço adequado a tal democratização sem reservas de mercado e sem exclusões.

Sem dúvida, esse aspecto no meu ponto vista, é o elemento central, visto que, isso é demonstrado pelo analfabetismo que ainda é latente no mundo inteiro, confirmando que não há democratização.

Também concordo com Giolo, quando este afirma que mais preponderante do que a reforma do saber seria a relação com o saber. A questão não seria o que o indivíduo receberá na escola, mas crucialmente, este indivíduo terá primeiramente acesso á escola? Como questionar o que será recebido se ao menos sabemos se este indivíduo terá acesso á escola? Afinal, existe escola para todos?

Referências Bibliográficas

MORIN, Edgar. Os sete saberes necessários à educação do futuro. 6ª ed., São Paulo: Cortez; Brasília: Unesco, 2000.

GIOLO, Jaime. Três críticas aos sete saberes necessários á educação do futuro, 2004.

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