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Resumo Os Sete Saberes

Por:   •  31/3/2018  •  1.496 Palavras (6 Páginas)  •  473 Visualizações

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Devemos fazer convergir todas as disciplinas conhecidas para a identidade e para a condição humana. O homem não se define somente pelo trabalho, mas também pelo jogo. Não só as crianças, como também os adultos gostam de jogar. Não vivemos só em função do interesse econômico. Vivemos em função de mitos e crenças.

A Compreensão humana

O quarto aspecto é sobre a compreensão humana. Nunca se ensina sobre como compreender uns aos outros. A palavra compreender quer dizer: colocar junto todos os elementos de explicação, ou seja, não ter somente um elemento de explicação, mas diversos. A compreensão humana comporta uma parte de empatia e identificação. Saber o significado da dor, da emoção. Compreender a compaixão. É isto que permite a verdadeira comunicação humana.

A grande inimiga da compreensão é a falta de preocupação em ensiná-la. Uma vez que, vivemos em uma sociedade individualista, que favorece o sentido de responsabilidade individual, que desenvolve o egocentrismo, o egoísmo e que, consequentemente, alimenta a auto justificação e a rejeição ao próximo. A redução do outro, a visão unilateral e a falta de percepção sobre a complexidade humana são os grandes empecilhos da compreensão, bem como a indiferença.

Estamos adormecidos, apesar de despertos, pois diante da realidade tão complexa, mal percebemos o que se passa ao nosso redor. Por isso, é importante compreender não só os outros como a si mesmo, a necessidade de se auto-examinar, pois o mundo está cada vez mais devastado pela incompreensão.

A Incerteza

O quinto aspecto é a incerteza. Apesar de, nas escolas, ensinar-se somente as certezas, atualmente a ciência tem abandonado determinados elementos mecânicos para assimilar o jogo entre certeza e incerteza. É necessário mostrar em todos os domínios, sobretudo na história, o surgimento do inesperado. As ciências mantêm diálogos entre dados hipotéticos e outros dados que parecem mais prováveis.

Analisando retroativamente a história da vida, constata-se que ela não foi linear, que não teve uma evolução de baixo para cima. Foi uma evolução composta de ramificações. A história da vida foi, na verdade, marcada por catástrofes. As sociedades humanas todas, sofreram o colapso por uma razão ou outra. Isto nos demonstra a necessidade de ensinar o que chamamos de ecologia da ação: a atitude que se toma quando uma ação é desencadeada e escapa ao desejo e às intenções daquele que a provocou.

O inesperado aconteceu e acontecerá, porque não temos futuro e não temos certeza nenhuma do futuro. Essa incerteza é uma incitação à coragem. A aventura humana não é previsível, mas o imprevisto não é totalmente desconhecido. É necessário tomar consciência de que as futuras decisões devem ser tomadas contando com o risco do erro. Estabelecer estratégias que possam ser corrigidas no processo da ação, a partir dos imprevistos e das informações que se tem.

A Condição Planetária

O sexto aspecto é a condição planetária, sobretudo na era da globalização.

Esse fenômeno que estamos vivendo hoje, em que tudo está conectado, é um outro aspecto que o ensino ainda não tocou, assim como o planeta e seus problemas, a aceleração histórica, a quantidade de informação que não conseguimos processar e organizar. O crescimento da ameaça letal se expande em vez de diminuir: a ameaça nuclear, a ameaça ecológica, a degradação da vida planetária.

Faz-se urgente a construção de uma consciência planetária. Conhecer o nosso planeta é difícil: os processos de todas as ordens, são tão complexos, que compreendê-los é um verdadeiro desafio para o conhecimento. É necessário ensinar que não é suficiente reduzir a um só a complexidade dos problemas importantes do planeta. Os problemas estão todos amarrados uns aos outros e a humanidade vive agora uma comunidade de destino comum.

A Antropo-ética

O último aspecto é o que vou chamar de antropo-ético, porque os problemas da moral e da ética diferem a depender da cultura e da natureza humana. Cabe ao ser humano desenvolver, ao mesmo tempo, a ética e a autonomia pessoal bem como a participação social.

A antropo-ética tem um lado social que não tem sentido se não for na democracia. A democracia permite aos cidadãos exercerem suas responsabilidades através do voto. Somente assim é possível fazer com que o poder circule. Não existe, evidentemente, democracia absoluta. Ela é sempre incompleta. Na verdade, o é importante orientar e guiar essa tomada de consciência social que leva à cidadania, para que o indivíduo possa exercer sua responsabilidade.

A ética do ser humano está se desenvolvendo através das associações não-governamentais. Devemos conscientizar a todos sobre essas causas tão importantes, pois estamos falando do destino da humanidade.

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