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O ILUMINISMO E A QUESTÃO DO CONHECIMENTO

Por:   •  26/4/2018  •  6.127 Palavras (25 Páginas)  •  281 Visualizações

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4 A RAZÃO HISTÓRICA: C. F. HEGEL 17

4.1 O ESPÍRITO QUE SE MOVE 20

CONCLUSÃO

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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INTRODUÇÃO

O presente trabalho objetiva oferecer uma explicação para a compreensão do que foi o movimento cultural e intelectual denominado Iluminismo, Século das Luzes, ou Ilustração (que ocorreu por volta de meados do século XVIII ao começo do século XIX). Nessa época, o desenvolvimento intelectual, que vinha ocorrendo desde o Renascimento, deu origem a ideias de liberdade política e econômica, defendidas pela burguesia. Os filósofos e economistas que difundiam essas ideias julgavam-se propagadores da luz e do conhecimento, sendo, por isso, chamados de iluministas.

Movimento assim denominado pelos próprios escritores do período, convencidos de que emergiam de séculos de obscurantismo e ignorância, para uma nova era, iluminada pela razão, a ciência e o respeito à humanidade. A metodologia adotada foi a pesquisa em livros e sites, de maneira que nos possibilitasse um melhor entendimento sobre o Iluminismo e, que pudéssemos tornar, assim, o trabalho mais claro e completo.

O Iluminismo trouxe consigo grandes avanços que, juntamente com a Revolução Industrial, abriram espaço para a profunda mudança política determinada pela Revolução Francesa. O precursor desse movimento foi o matemático francês René Descartes (1596-1650), considerado o pai do racionalismo. Em sua obra “Discurso do método”, ele recomenda, para se chegar à verdade, que se duvide de tudo, mesmo das coisas aparentemente verdadeiras. A partir da dúvida racional pode-se alcançar a compreensão do mundo, e mesmo de Deus.

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- O ILUMINISMO E A QUESTÃO DO CONHECIMENTO

O Iluminismo foi um movimento intelectual que surgiu durante o século XVIII na Europa, o século da claridade, da iluminação, que, defendia o uso da razão (luz) contra o antigo regime (trevas) e pregava maior liberdade econômica e política. Século este que, agora, não mais no plano divino ( como era para Descartes por exemplo)mas sim no campo da experiência humana, radicalmente humana. O filosofo Frances propôs um pensamento sobre a subjetividade da vida e a existência de Deus. Essa ideia ficou conhecida como cogito cartesiano afirmando “Penso, Logo existo ”.

Este movimento promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. No século anterior os filósofos Descartes e Bacon já anunciavam a razão humana, no sentido racionalista ( Modo de pensar que atribui valor ao modo de pensar) e empirismo ( Teoria do conhecimento apartir da experiência sensorial) do século XVIII no sentido de prescindir cada vez mais de um mediação divina apontando somente as possibilidades da razão como seus limites.

No quadro do iluminismo, três pensadores fundamentais para o nosso estudo do conhecimento: D. Hume, I. Kant e G.F. Hegel.

- CONSEQUENCIA DO MOVIMENTO

O movimento causado pelo Iluminismo promoveu mudanças políticas, econômicas e sociais, baseadas nos ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. Principalmente por ter apoio da burguesia, pois os pensadores e os burgueses tinham interesses comuns.

Alguns representantes do despotismo esclarecido foram: Frederico II, da Prússia; Catarina II, da Rússia; e Marquês de Pombal, de Portugal, cuja obra de reconstrução e melhoria em Lisboa após o terremoto, o tornou símbolo de liberdade, cuja estátua está presente hoje na Avenida da Liberdade em Lisboa.

O Iluminismo sintetiza diversas tradições filosóficas, correntes intelectuais e atitudes religiosas. Considerado uma atitude geral de pensamento e de ação, os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condições e possuem o poder de tornar este mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social. Um dos mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, Immanuel Kant, em um texto escrito precisamente como resposta à questão sobre o que é o Iluminismo, descreveu: "O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não de uma deficiência do entendimento, mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da tua própria razão! - esse é o lema do Iluminismo".

A fraternidade humana, os direitos de igualdade, o respeito pela diversidade étnica, religiosa e os valores humanos da atualidade são frutos da separação ocorrida em decorrência desse movimento, mas creio que o poder que ainda persiste na atualidade não preserva como deveria os direitos humanos.

A incapacidade de sair das constantes repetições de padrões, ciclos que não permitem uma evolução, a falta de uma ética aplicada no cotidiano e a moral para que aja respeito, demonstra que possuímos algum tipo de obstáculo que impede a nossa evolução, embora tenhamos o conhecimento de ética, moral e respeito, pouco se percebe implantado com a intensidade que deveria. Hoje em dia, embora tenhamos muita informação, enfrentamos as limitações da consciência humana e seu ego destrutivo e suicida.

Possuímos hoje a sonhada liberdade, o neoliberalismo e a intensa e massiva informação. Dotados de maior liberdade de escolhas, o próprio ser humano se aprisiona, antes vítima de um poder e agora vítima de todos os poderes, inclusive o seu próprio e solitário não consegue integrar a sociedade humana como um todo: cria divisões, partidos, times de futebol, entre vários outros grupos, mantendo o separatismo que existia antes do próprio Iluminismo. O ser humano hoje, e depois do Iluminismo, percebe claramente que ele sempre foi o seu pior inimigo, e embora livre, não sabe lidar com a sua própria liberdade, falta à consciência amorosa e o respeito a todos os níveis deste por si próprio, até para

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