As Mulheres presas e seus filhos nascidos na prisao
Por: Kleber.Oliveira • 16/12/2018 • 1.004 Palavras (5 Páginas) • 311 Visualizações
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Um pedido de liberdade provisória indeferido a uma presa que respondia pelos crimes de tráfico de drogas (art. 33 da Lei n. 11.343/06) e corrupção de menor (art. 244-B do ECA). Apesar de o tribunal considerar presentes os requisitos autorizadores da prisão cautelar previstos no artigo 312 do Código de Processo Penal, concedeu a prisão domiciliar, em caráter excepcional, para acolhimento das necessidades da filha da ré. Reconheceu a peculiaridade de se tratar de criança de 2 meses nascida prematuramente e enferma, a necessitar, induvidosamente, da assistência e cuidado materno. (SIMAS, 2015)
A questão da maternidade no cárcere raramente é abordada, o que contrasta com a ampla ocorrência de violações de direitos humanos vivenciadas pelas mulheres e seus filhos no cárcere. Como inicialmente destacado, a questão abordada envolve um conjunto de direitos individuais e sociais reconhecidos constitucionalmente, também contemplados na legislação ordinária específica.
“Aos pedidos de prisão domiciliar, onze foram negados e dois foram aceitos. Proporcionalmente, foram as decisões de liberdade provisória: cinco indeferidas e somente uma aceita.” (SIMAS, 2015). Esses processos envolvem pedidos de concessão ou prorrogação de prisão domiciliar, liberdade provisória e revogação da prisão preventiva. Assim, por exemplo, as características do filho ser nascituro, menor de 7 anos ou portador de deficiência são utilizadas como argumentos e, em alguns casos, justificam a concessão do pedido de prisão domiciliar, mas na maioria dos casos é indeferido o pedido.
A falta de políticas públicas que considerem a prisão sob a perspectiva de gênero acaba por gerar uma verdadeira “sobrepena” para as mulheres. Constata-se uma inadequação estrutural do sistema prisional às necessidades femininas, pois, em regra, as prisões femininas seriam adaptações das masculinas, o que torna os impactos da prisão ainda mais severos, implicando uma sistemática violação dos direitos humanos. A culpabilização sobre o abandono sofrido, abalos na estrutura familiar e a possibilidade do filho desamparado “retroalimentar a carreira do crime”. O estigma social enfrentado, o papel social da mãe no ambiente familiar, os estereótipos aceitos tradicionalmente sobre masculino e feminino, bem como o próprio conceito de família.
4. METODOLOGIA
4.1 MÉTODO DE ANÁLISE
Método de abordagem: indutivo
Método de Procedimento: monográfico
Técnicas de Pesquisa: bibliográfica
4.2 CRONOGRAMA
ATIVIDADES
OUT
NOV
Escolha do tema
Encontros com o professor
Pesquisa preliminar
Elaboração do projeto
Revisão
Entrega do projeto de pesquisa
4.3 ORÇAMENTO
QUANT.
ESPECIFICAÇÃO
VALOR UNITÁRIO
TOTAL
1
Caneta
1,70
1,70
1
Cartucho de tinta
60,00
60,00
2
Folhas brancas
0,05
0,10
10
Passe de ônibus
4,00
40,00
TOTAL
101,80
REFERÊNCIAS
SIMAS, Luciana et al. A jurisprudência brasileira acerca da maternidade na prisão. Rev. direito GV. São Paulo, v. 11, n. 2, p. 547- 572, Dec. 2015. Disponível em: . Acesso em: 15 nov. 2017.
BRASIL. Constituição Federal. Brasília: Congresso Nacional, 1988.
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