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AS PERSPECTIVAS SOCIOLÓGICAS CLÁSSICAS

Por:   •  4/12/2018  •  2.566 Palavras (11 Páginas)  •  233 Visualizações

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1885 e 1894 - Os volumes II e III de O Capital foram editados por Engels

Para ele, a organização de uma sociedade num momento histórico específico é determinada pelas relações de produção, ou a natureza da produção e a organização do trabalho. Assim, a organização da economia é o material-base, ou em seus termos, a infra-estrutura, que descreve e dirige a superestrutura, que consiste de cultura, política e outros aspectos da sociedade. O funcionamento da sociedade humana deve ser entendido por sua base econômica.

Enfim, as normas, os valores, os sentimentos, os modos de pensar e de agir em sociedade são um reflexo das relações entre os homens para conseguir os meios necessários à sobrevivência.

Marx tem como base da contradição nas sociedades humanas as relações entre aqueles que controlam os meios de produção e aqueles que não. Argumentando dessa forma, ele se torna a inspiração para a linha de estudo da sociologia conhecida como “teoria do conflito” ou a “sociologia do conflito”. Desse ponto de vista, todas as estruturas da organização social revelam desigualdades que levam ao conflito, em que aqueles que detêm ou controlam os meios de produção podem consolidar o poder e desenvolver ideologias para manter seus privilégios, enquanto aqueles sem os meios de produção eventualmente entram em conflito com os méis privilegiados. No mínimo, há sempre uma contradição ardente entre as relações de produção nos sistemas sociais, e essa “luta de classes”, ou seja, conforme a percepção de Marx quanto a essa questão, periodicamente explode esse conflito aberto e uma mudança social.

A análise sociológica deve, portanto, concentrar-se nas estruturas de desigualdade e nas combinações entre aqueles com poder, privilégio e bem-estar material, por um lado, e os menos poderosos, privilegiados e materialmente abastados, por outro. Para Marx e as gerações subseqüentes de estudiosos do conflito, “a ação está” dentro da organização social humana.

Luta de Classes

- Pretendendo caracterizar não apenas uma visão econômica da história, mas também uma visão histórica da economia, a teoria marxista também procura explicar a evolução das relações econômicas nas sociedades humanas ao longo do processo histórico. Haveria, segundo a concepção marxista, uma permanente dialética das forças entre poderosos e fracos, opressores e oprimidos, a história da humanidade seria constituída por uma permanente luta de classes, como deixa bem claro a primeira frase do primeiro capítulo d’O Manifesto Comunista: A história de toda sociedade passado é a história da luta de classes.

Materialismo Dialético

- Marx apresentava uma filosofia revolucionária que procurava demonstrar as contradições internas da sociedade de classes e as exigências de superação.

- O materialismo dialético é uma constante no pensamento do marxismo-leninismo

Materialismo Histórico

- Na teoria marxista, o materialismo histórico pretende a explicação da história das sociedades humanas, em todas as épocas, através dos fatos materiais, essencialmente econômicos e técnicos. A sociedade é comparada a um edifício no qual as fundações, a infra-estrutura, seriam representadas pelas forças econômicas, enquanto o edifício em si, a superestrutura, representaria as idéias, costumes, instituições (políticas, religiosas, jurídicas, etc).

Capitalismo ⇒ Socialismo

Socialismo ⇒ Estado ⇒ Comunismo

Dialética

- Tese = Sistema

- Antítese = Crise

- Síntese = Resposta

Alienação do Trabalho

A Revolução Industrial foi responsável por um processo denominado alienação do trabalho, pois com a utilização das linhas de montagem, o operário perde a noção de todo, ou seja, do produto final; deixando este sem o domínio de todas as etapas de produção, e obrigando-o a vender a sua mão-de-obra como forma de sobrevivência.

O capitalismo tornou o trabalhador alienado, isto é, separou-o de seus meios de produção (suas terras, ferramentas, máquinas, etc). Estes passaram a pertencer à classe dominante, a burguesia. Desse modo, para poder sobreviver, o trabalhador é obrigado a alugar sua força de trabalho à classe burguesa, recebendo um salário por esse aluguel. Como há mais pessoas que empregos, ocasionando excesso de procura, o proletário tem de aceitar, pela sua força de trabalho, um valor estabelecido pelo seu patrão. Caso negue, achando que é pouco, uma exploração, o patrão estala os dedos e milhares de outros aparecem em busca do emprego. Portanto é aceitar ou morrer de fome. Com a alienação nega-se ao trabalhador o poder de discutir as políticas trabalhistas, além de serem excluídos das decisões gerenciais.

Mais Valia

Suponha que o operário leve 2h para fabricar um par de sapatos. Nesse período produz o suficiente para pagar o seu trabalho. Porém, ele permanece mais tempo na fábrica, produzindo mais de um par de sapatos e recebendo o equivalente à confecção de apenas um. Numa jornada de 8 horas, por exemplo, são produzidos 4 pares. O custo de cada par continua o mesmo, assim como o salário do proletário. Com isso ele trabalha 6h de graça, reduzindo o custo e aumentando o lucro do patrão. Esse valor a mais é apropriado pelo capitalista e constitui o que Marx chama de Mais-Valia Absoluta. Além de o operário permanecer mais tempo na fábrica o patrão pode aumentar a produtividade com a aplicação de tecnologia. Com isso o operário produz mais, porém seu salário não aumenta. Surge a Mais-Valia Relativa.

Uma outra importante faceta do trabalho de Marx é defesa da função militante do sociólogo. O objetivo da análise é expor a desigualdade e a exploração em situações sociais e, assim fazendo, desempenhar papel militante para superar essas condições. Com esse estudo ele propõe a superação do modo de produção capitalista e uma nova forma de produção com base no coletivismo. Esse programa permanece ainda como fonte de inspiração para muitos sociólogos que participam como militantes no mundo social.

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Max Weber

Principais

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