FARMACOGENÉTICA: UMA NOVA PERSPECTIVA
Por: Sara • 18/12/2017 • 1.459 Palavras (6 Páginas) • 459 Visualizações
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O polimorfismo que é o gene codificante de proteína que regula reabsorção de sódio e os beta-bloqueadores têm capacidade de antagonizar os receptores beta da noradrenalina. (Sandrim C. V, 2006).
Farmacogenética para tratamento do diabetes
O Polimorfismo no diabetes tipo 1 envolvido com genes do complexo dos antígenos leucocitórios humanos, que representam de 40 a 60% da susceptibilidade genética, onde o polimorfismo na diabete tipo 2 são conhecidos, diferentemente dos determinantes poligênicos; (Hirata,2006)
Farmacogenética para tratamento de doenças oncológicas
As causas do câncer são sabidamente variadas, podendo ser externas ou internas ao organismo. As causas internas são, na maioria das vezes, geneticamente pré-determinadas. Esses fatores causais podem interagir de várias formas, aumentando a probabilidade de transformações malignas nas células normais. Faz-se necessária a pesquisa farmacogenética individual para que a indústria farmacêutica possa desenvolver um quimioterápico preocupado já com essa resposta individual.
Frequentemente o tratamento quimioterápico tem que ser interrompido devido ao aparecimento de sintomas tóxicos inaceitáveis. Porém, aliado a área da farmacogenética, uma outra esperança é na caracterização molecular dos tumores, ou seja na identificação dos principais genes e rotas de sinalização celular alteradas em tumores. Antes de iniciar um tratamento quimioterápico seria ideal saber quais são as pessoas que respondem bem aquele quimioterápico (devido as suas características genéticas), assim como quais são as principais alterações moleculares do tumor, a fim de escolher o melhor tratamento para cada paciente. (Reis,2006).
Farmacogenética do tratamento da depressão
O conhecimento da presença de variantes funcionais nos genes das isoformas envolvidas no metabolismo dos antidepressivos como o CYP2D6, ou nos genes codificando seus sítios de ação como a proteína transportadora de serotonina (5-HTT), podem fornecer importantes subsídios para a personalização da escolha de medicações e dosagens utilizadas no tratamento da depressão, os estudos acerca dos mecanismos moleculares envolvidos na resposta aos antidepressivos podem ainda ser uma fonte de informações importantes para o entendimento da própria neurobiologia da depressão. (Lima,2004)
Perspectivas
A farmacogenética poderá ser uma ferramenta útil no desenvolvimento de novos medicamentos pelas indústrias farmacêuticas. O processo de aprovação de um medicamento poderá ser facilitado ao realizar testes com populações caracterizadas geneticamente. Isso traria um maior sucesso no teste de novos medicamentos e reduziria os custos e riscos, reduzindo o tempo gasto para aprovação de um novo medicamento.
Poderá trazer muitos benefícios à saúde pública, como evitar reações adversas a medicamentos em subgrupos de pacientes geneticamente distintos. Para isto, será necessário traçar o perfil genético de cada paciente com exames que poderão se tornar de rotina. É fundamental notar que muitos genes podem influenciar as respostas aos medicamentos, o que torna bastante complexa a tarefa de identificar quais variações genéticas é mais relevantes. Validar clinicamente os marcadores genéticos de maior relevância clínica talvez seja o mais importante fator limitante do uso da informação genética ao se tomar decisões terapêuticas. (Santos T, 2006).
Potenciais contribuições da farmacogenética na indústria farmacêutica
As companhias farmacêuticas estão em déficit de inovação e procuram um novo caminho para aumentar sua produtividade, o número e a qualidade dos medicamentos. A comunidade financeira estima que a indústria farmacêutica cresça em torno de 13% anualmente, entretanto, é projetado sob modelos tradicionais um crescimento de menos de 8%. Estima-se ainda que companhias farmacêuticas precisariam de 3 a 5 novas substâncias aprovadas por ano para alcançar a taxa de crescimento de 10%, as companhias farmacêuticas que não investirem em pesquisa genômica podem não estar mais no mercado daqui a vinte anos. O problema é que é necessária a descoberta de mais de 60 novos alvos de fármacos para que 20 novos fármacos candidatos sejam indicados para os testes clínicos e a partir daí, produzir 3 novos fármacos que possam ser aprovados para registro. A farmacogenética está se tornando a primeira tecnologia de descobrimento de fármacos a afetar a estrutura e a economia da indústria. Neste contexto de franca expansão da indústria farmacêutica ligada ao conceito de gene molecular, se configura como um período problemático para a farmacogenética. (FONTANA, 2006).
REFERÊNCIAS
- Piranda, D N, Freitas- Alves DR, Vianna Jorge R, Farmacogenética e Implicações Terapêuticas no Câncer de Mama, Revista Brasileira de Cancerologia 2013;
- Gouveia N, Farmacogenómica/Farmacogenética: Realidades e Perspectivas, Prática Clínica, Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra, 2009;
- Kurtz, S G, Instituto Nacional de Câncer , Ciência hoje, vol. 35, nº 208, Rio de janeiro ,setembro de 2004;
- Nogueira, F. B, Almeida R. C, Benquique P. E, Farmacogenética de doenças neurológicas, Ribeirão Preto,out./dez. 2006.
- Sandrim, C. V. Rezende B. V, Santos T. E. J,FARMACOGENÉTICA CARDIOVASCULAR, Ribeirão Preto,out./dez. 2006.
- Hirata, C. D. R, Hirata H. M. FARMACOGENÉTICA DO TRATAMENTO DE DIABETE MELITO, Ribeirão Preto, Simpósio: FARMACOGENÉTICA Capítulo V, Out./dez. 2006.
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